Como funciona a cobrança da taxa pelo compartilhamento de senha da Netflix?

Como funciona a cobrança da taxa pelo compartilhamento de senha da Netflix?

A Netflix, plataforma pioneira no streaming, oficializou uma mudança significativa em sua política de compartilhamento de senhas no Brasil. Após muitos rumores e discussões, a empresa confirmou a cobrança de uma taxa para o compartilhamento de senhas.

O compartilhamento de senhas é uma prática comum entre os usuários da Netflix. É uma forma econômica e amigável de permitir que amigos e familiares acessem o conteúdo da plataforma sem a necessidade de pagar o valor cheio da mensalidade.

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Porém, “a mamata acabou”. A nova política da Netflix visa regular essa prática, introduzindo uma taxa de R$ 12,90 por mês para cada assinante extra. Esta medida, que já está em vigor, tem como objetivo garantir que cada usuário da plataforma contribua para a manutenção e o desenvolvimento do serviço.

Neste artigo, vamos explorar em detalhes como funciona a nova política de compartilhamento de senha da Netflix. Vamos abordar desde o preço e os detalhes da assinatura extra até as razões por trás desta mudança. Então, continue lendo para descobrir tudo o que você precisa saber sobre esta nova política.

Como funciona o compartilhamento de senha agora?

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A Netflix sempre permitiu que os usuários compartilhassem suas senhas, mas com a nova política, a empresa está restringindo essa prática. Agora, a plataforma afirma que o titular da conta só pode compartilhar sua senha com pessoas que moram na mesma residência.

Para gerenciar quem usa a conta dentro de uma residência, a Netflix introduziu o conceito de “residência Netflix”. Trata-se da principal localização de uso do streaming. É lá que estarão reunidos todos os dispositivos conectados ao mesmo Wi-Fi na.

A empresa deu mais detalhes em um comunicado:

A residência Netflix pode ser definida usando uma TV. Todos os outros aparelhos que usam sua conta Netflix na mesma conexão com a internet que essa TV farão automaticamente parte da sua residência Netflix”.

Em outras palavras, você precisa conectar sua conta em um dispositivo principal, como uma Smart TV ou computador desktop. A Netflix identificará os dados de rede daquele dispositivo. Daí você pode conectar os demais dispositivos, como smartphones, tablets, notebooks e outros na mesma rede do dispositivo principal.

Preço e detalhes sobre a assinatura extra

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Para os usuários que desejam compartilhar suas contas com pessoas fora de sua residência, a Netflix cobra agora uma taxa de R$ 12,90 por mês para cada assinante extra. No entanto, existem algumas regras.

Apenas o titular da conta pode solicitar um ponto extra para compartilhar sua senha. O assinante extra só pode ativar seu acesso no mesmo país em que a conta foi criada. Ou seja, não é possível compartilhar a conta com um parente que more fora do Brasil.

Vale ressaltar que os assinantes do plano básico com anúncios, que custa R$18,90, não têm a opção de adicionar uma conta extra.

Limite de assinantes extras

O número de assinantes extras permitidos depende do plano que o titular da conta possui.

O plano padrão permite um assinante extra, enquanto o plano premium permite até dois assinantes extras.

No entanto, não é possível adicionar assinantes extras a planos com anúncios, pacotes de parceiros ou contas faturadas por terceiros.

O assinante extra terá as mesmas funcionalidades do titular?

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Sim, o assinante extra terá seu próprio perfil, conta e senha, separados da “residência Netflix”.

Eles terão a mesma qualidade de vídeo que o titular da conta e poderão baixar filmes e séries, embora apenas em um dispositivo de cada vez. Além disso, eles poderão usar o serviço em casa e durante viagens em outros dispositivos conectados à internet. No entanto, o assinante extra não poderá criar perfis adicionais.

Transferência de perfil

Para aqueles que usam a senha de outra pessoa e não desejam se tornar um assinante extra, a Netflix oferece a opção de transferência de perfil. Isso permite que o usuário migre para uma “nova conta” sem perder suas recomendações, histórico de visualização, “Minha lista”, jogos salvos e outras configurações.

Logicamente, as informações de pagamento não são transferidas para a nova conta. Portanto, a pessoa que fizer a transferência terá que adicionar uma forma de pagamento à nova conta.

Motivos da Netflix para cobrar assinatura extra

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Quais foram as motivações da empresa para implementar essa nova política? A resposta reside em uma combinação de fatores, principalmente econômicos e estratégicos.

Uma das razões é a crescente concorrência no mercado de streaming. Novos participantes, como Disney+, HBO Max, Amazon Prime e tantas outras entraram no mercado com ofertas competitivas, levando a Netflix a enfrentar uma pressão financeira significativa. A empresa perdeu quase um milhão de assinantes entre abril e julho de 2022. Um sinal claro de que a situação econômica global e a concorrência intensa estavam impactando seus negócios.

Além disso, a Netflix tentou aumentar seus preços para compensar. Mas isso provou ser insuficiente para permitir que a empresa investisse na criação de novos conteúdos. Afinal, produzir séries e filmes originais custa bastante dinheiro.

Com cerca de 100 milhões de pessoas compartilhando senhas, a empresa viu uma oportunidade de monetizar essa prática e, assim, aliviar a pressão financeira. A nova política de cobrança por compartilhamento de senha é, portanto, uma resposta a esses desafios. A ideia é que, ao cobrar uma taxa dos usuários que compartilham suas senhas, a Netflix possa gerar receita adicional para continuar investindo em novos conteúdos e manter sua posição no mercado altamente competitivo de streaming.

Resta ver se dará certo. Nas redes sociais, só o que vemos é gente dizendo que vai cancelar a conta. No primeiro trimestre de 2023, por exemplo, a plataforma perdeu quase 500 mil assinantes na América Latina. Será que este resultado se repetirá no Brasil?

Sobre o Autor

Avatar de Felipe Alencar
Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
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