Meta (Facebook) contratou 70 funcionários da Microsoft para desenvolver metaverso

As aspirações de Mark Zuckerberg, CEO do Meta (Antigo Facebook) em relação à criação do seu metaverso estão afetando o quadro de funcionários das suas rivais no vale do silício, como a Apple e a Microsoft.

De acordo com uma matéria do The Wall Street Journal, a divisão de Realidade Aumentada (AR) da Microsoft já perdeu mais de 100 funcionários desde o ano passado. A maioria dessas pessoas abandonou a Microsoft em favor do Meta, segundo ex-funcionários da empresa fundada por Bill Gates.

Estamos vivendo, atualmente, a batalha das gigantes da indústria tech por profissionais qualificados para desenvolver o metaverso. É melhor a Microsoft abrir o olho, pois os concorrentes ofereceram o dobro do salário aos membros da divisão responsável pelo HoloLens, o headset de Realidade Aumentada da Microsoft.

Microsoft perdeu funcionários importantes da equipe do HoloLens

Atualmente, há cerca de 1.500 pessoas trabalhando na divisão de realidade aumentada da Microsoft. De acordo com a reportagem, no ano passado, 70 profissionais do time responsável pelo HoloLens. Dentre esses 70 ex-funcionários da Microsoft, 40 estão atualmente trabalhando no Meta, empresa anteriormente conhecida como Facebook.

Como todos sabem, a empresa que mais investe no conceito e no desenvolvimento do metaverso, desde que o seu CEO mudou o nome de Facebook Inc. para Meta Plataforms.

Portanto, os funcionários que deixaram a Microsoft para trabalhar no Meta não são peixes pequenos. Charlie Han, anteriormente responsável por coordenar de gestão de produto do HoloLens, deixou a Microsoft, em julho do ano passado, para se juntar ao Meta (Facebook), conforme o seu perfil no LinkedIn. 

Josh Miller, ex-diretor de engenharia da Microsoft também seguiu o mesmo caminho, se tornando chefe da divisão de Display do Meta desde setembro de 2021.

Curiosamente, ambos os casos dos ex-funcionários da Microsoft ocorreram antes da mudança de nome do Facebook para Meta.

Segundo a Microsoft — que se recusou a detalhar a divisão do HoloLens — atritos entre funcionários é “um desafio regular que a maioria das equipes enfrenta”  e que a Microsoft faz o possível para manter seus funcionários e contratar novos profissionais quando necessário.

Enfim, não é apenas a Microsoft que vem sofrendo com as agressivas propostas de Mark Zuckerberg aos seus engenheiros.

Além da Microsoft, Zuckerberg mira outra gigante da indústria

Em outubro do ano passado, quando o Facebook mudou o seu nome para Meta, a empresa anunciou um reposicionamento de marca focado no metaverso.

À época, o próprio Mark Zuckerberg anunciou que a companhia iria entrar em uma caçada por profissionais qualificados para desenvolver o metaverso, incluindo um projeto de 10 mil engenheiros na Europa nos próximos cinco anos.

Desse modo, assim como aconteceu com a Microsoft, o Meta tentou despertar um êxodo de profissionais em outra gigante do setor, talvez a maior de todas as empresas do Vale do Silício.

No final do ano passado, o Bloomberg reportou que o Meta estava atrás de engenheiros da Apple especializados em realidade aumentada, inteligencia artificial e engenharia de software e hardware.

 

Segundo a matéria, a Apple, já havia perdido mais de 100 funcionários para o Meta. Portanto, para evitar a debandada de mais profissionais, a Maçã resolveu dar aumentos salariais, bônus e, inclusive ações da empresa aos funcionários.

Além disso, rumores apontam que a Apple irá contra-atacar o Meta. De acordo com uma newsletter do Bloomberg, publicada no dia 26 de janeiro do ano passado, a Apple contratou a Diretora de Relações Públicas do Reality Labs, subsidiária do Meta responsável pelo desenvolvimento de tecnologias de realidade estendida.

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Esse fator é importante, pois ocorre antes do lançamento do headset de realidade aumentada da Apple, cuja divisão responsável ganharia um nome de peso.

Assim inicia-se a guerra pela realidade aumentada, tendo em vista que a Apple afirmou não ter interesse no metaverso e a Microsoft já possuir o HoloLens.

Apple, Meta (Facebook) e Microsoft: a corrida pelo domínio da realidade aumentada

Embora o metaverso seja a palavra do momento, os principais nomes da indústria também estão de olho nas possibilidades da Realidade Aumentada.

Diferentemente de um mundo virtual cujo acesso é através de um headset virtual, como o Oculus Quest 2, do Meta (Facebook), óculos de realidade aumentada, como o HoloLens, da Microsoft, sobrepõe o mundo real sem imergir o usuário totalmente.

No quesito headset de realidade virtual, o Oculus domina o mercado, com 75% das vendas, de acordo com a firma IDC. 9,4 milhões de headsets VR foram vendidos no ano passado.

No entanto, a indústria também observa as possibilidades da realidade aumentada, pois o desenvolvimento de hardware VR é bem mais difícil. Por isso, a maioria das grandes empresas de tecnologia planejam lançar seus próprios smart glasses, com recursos de realidade aumentada.

O reflexo disso é a guerra por engenheiros experientes, que estão no olho do furacão, mas no bom sentido, pois os seus salários terão um aumento exponencial enquanto magnatas brigam pelo domínio da tecnologia AR.

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