Google estaria trabalhando em novos óculos para realidade aumentada

Google estaria trabalhando em novos óculos para realidade aumentada

Visando adentrar na onda do metaverso, rumores apontam que o Google estaria trabalhando em novo óculos para realidade aumentada. ‘Novo’ porque, para quem não se lembra, há alguns anos, o Google lançou o Google Glass, um smart óculos que sofreu uma repercussão bastante negativa devido a sua postura em relação à privacidade.

À época, o Google Glass foi considerado um tiro no pé — ou, utilizando um eufemismo, à frente do seu tempo. O Google lançou os óculos de realidade aumentada em 2013, pelo preço de US$ 1.500 (R$ 3.238,95 em conversão cambial direta no período, quando o dólar custava, em média R$ 2,15).

O alto valor não era justificável, pois o Google Glass possuía uma bateria fraca e poucos recursos. Além disso, a câmera imbituba nos óculos geraram preocupações de privacidade por parte do público e da imprensa.

Google óculos realidade aumentada
A primeira versão do Google Glass, lançada em 2013. Créditos: Google

Aliás, os usuários iniciais do Google Glass, que se recusavam a tirar os óculos enquanto interagiam com outras pessoas, foram apelidados de Glassholes, uma combinação entre os termos ‘Glass’ (óculos) e ‘asshole’ (c*zão). Portanto, após tantas repercussões negativas, o produto foi descontinuado para venda aos consumidores em 2015, embora ainda estejam disponíveis para empresas clientes.

Mas, agora, talvez após aprender com os erros do passado, a gigante de Mountain View desenvolve um novo projeto.

Ideia de novos óculos de realidade aumentada do Google surge após aquisição de startup

De acordo com uma matéria do New York Times, o Google adquiriu uma startup chamada North. Essa startup, afinal, havia comprado várias patentes da Intel relacionadas aos óculos inteligentes, sobretudo de realidade aumentada, como o protótipo Vaunt.

Antes da aquisição pelo Google, a North disponibilizou um smart glass aos consumidores, o Focals, que custava US$ 600 (3.417,66), mas já foi retirado das lojas. Também antes da aquisição, a North havia apresentado um protótipo da segunda geração do Focals.

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O Focals, smart glass desenvolvido pela North. Créditos: North

Essa segunda geração, possivelmente, pode ser a base para os óculos de realidade aumentada do Google.

Com isso, os óculos de realidade virtual do Google poderiam projetar imagens digitais diretamente aos olhos de quem usá-los. Embora eles sejam mais pesados que óculos comuns, tais gadgets são razoavelmente confortáveis, de acordo com testes iniciais.

O New York Times informou que o Google se recusou a comentar sobre a matéria.

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Motivos para um novo Google Glass

Como dito acima, a North comprou as patentes da Intel, que encerrou seus trabalhos em realidade aumentada em 2018. No entanto, a Intel fez testes do protótipo dos óculos de realidade aumentada com consumidores.

O líder do projeto Vaunt, Jerry Bautista, afirmou recentemente que esses óculos tinham bastante potencial, não apenas como uma tecnologia pessoal, mas como uma nova forma de plataforma computacional que poderia oferecer novas fontes de renda.

A Intel abandou no protótipo Vaunt em 2018. Créditos: Intel

“Estamos abandonando o hardware, mas lucrando com os dados. Cada dólar que a gente ganhava em hardware, ganhávamos três dólares em software e dados”, afirmou Bautista.

Esse é o motivo pelo qual empresas como Apple, Google, Microsoft, Facebook (Meta) estão explorando tecnologias similares. Para alguns, de acordo com Bautista, isso pode se tornar uma nova forma de vender softwares e serviços. Para outros, pode ser uma forma de vender anúncios.

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Contudo, especialistas afirmam que para aperfeiçoar essa tecnologia precisaríamos de uma década de trabalho, ou mais. Isso porque alguns óculos de realidade aumentada são pequenos e leves, assim como óculos convencionais, mas não dispõe do poder computacional necessário para gerar imagens convincentes e, sobretudo, discretas, para o uso diário.

Além disso, com a crescente onda de regulações governamentais sobre a privacidade online, principalmente na Europa, o projeto dos óculos de realidade aumentada do Google pode ser prejudicial à empresa.

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