Amazon planeja deixar a Alexa mais inteligente, mas cobrará uma taxa mensal para isso

Amazon planeja deixar a Alexa mais inteligente, mas cobrará uma taxa mensal para isso

Ultimamente as assistentes de voz estão ficando cada vez mais capacitadas, principalmente com o avanço de recursos de IA, e por isso a Amazon pode estar de olho nessa evolução para transformar a sua própria assistente de voz, Alexa, que já está no mercado há cerca de uma década.

De acordo com algumas fontes confiáveis, a ideia é que a empresa traga uma atualização significativa para a Alexa, impulsionada por inteligência artificial generativa, para deixa-la ainda mais potente e relevante. Essa evolução, entretanto, vem com um preço: uma taxa de assinatura mensal para compensar os custos da tecnologia avançada.

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Evolução virá com assinatura mensal

dispositivos que rodam a Alexa da Amazon

De acordo com fontes confiáveis da CNBC que pediram para não ter o seus nomes divulgados, a nova Alexa deverá será lançada ainda este ano e promete ser mais conversacional e intuitiva. Essa atualização coloca a Amazon em uma posição estratégica para competir com os chatbots alimentados por IA generativa de gigantes como Google e OpenAI, o que mostra que essas mudanças são exatamente parte de uma resposta ao mercado em rápida evolução, onde a capacidade de IA se tornou crucial e em alta.

Ainda de acordo com essas fontes, a novidade não virá de graça. A nova Alexa fará parte de uma assinatura mensal a parte, ou seja, incluída na assinatura Prime, que custa R$166,80 por ano. No entanto, a Amazon ainda não definiu o preço exato da nova assinatura. Embora a empresa tenha recusado comentar oficialmente sobre os planos, a expectativa é alta entre os consumidores e especialistas do setor.

Alexa é sucesso, mas precisa acompanhar a evolução

Desde seu lançamento em 2014, a Alexa impressionou com suas habilidades controladas por voz. Porém, com os recentes avanços em inteligência artificial, suas funcionalidades começaram a parecer ultrapassadas.

Na semana passada, a OpenAI revelou o GPT-4o, que suporta conversas bidirecionais mais profundas e pode traduzir diálogos em tempo real. O Google também lançou um recurso de voz semelhante para seu modelo de IA generativa, o Gemini.

Com isso, as especulações começaram. O Business Insider foi o primeiro a divulgar os planos da Amazon para reformular a Alexa e introduzir um novo plano de assinatura paga em 2024. Em setembro, David Limp, ex-vice-presidente sênior de dispositivos e serviços da Amazon, mencionou ao The Verge que a empresa estava considerando cobrar por uma versão mais poderosa da Alexa.

Os anúncios recentes de empresas concorrentes foram vistos como uma ameaça a Alexa e ao Siri, o assistente de voz da Apple para iPhones. Scott Galloway, professor da NYU, chegou a descrever essas inovações como “matadores da Alexa e Siri” em seu podcast. Muitos usuários ainda utilizam Alexa e Siri para tarefas simples, como definir alarmes e checar a previsão do tempo.

Isso fez com que a pressão aumentasse na divisão da Alexa, que já foi uma das favoritas do fundador da Amazon, Jeff Bezos. Três ex-funcionários descreveram a Alexa como um projeto de paixão de Bezos, que inicialmente recebeu investimentos significativos sem a pressão imediata por retorno financeiro.

Mas a situação mudou com a chegada de Andy Jassy como CEO em 2021. Jassy foi encarregado de ajustar os negócios da Amazon durante a pandemia, e a Alexa perdeu prioridade. Fontes indicam que Jassy está insatisfeito com as capacidades atuais da assistente de voz, considerando-a aquém do esperado, especialmente quando comparado às capacidades encontradas facilmente online.

Andy Jassy, CEO da Amazon

Por exemplo, Jassy, um entusiasta de esportes, se frustrou ao perguntar a Alexa o placar de um jogo recente e não obter uma resposta precisa. Isso refletiu uma preocupação interna de que a assistente de voz estava se tornando apenas um despertador caro e um dispositivo para tocar música.

Reestruturação e futuro da Alexa

A Amazon está focada em tornar a Alexa um dispositivo relevante e competitivo no cenário de IA atual. A equipe da assistente de voz passou por uma reorganização significativa, com muitos membros sendo realocados para a equipe de inteligência artificial geral (AGI). Apesar de contar com milhares de funcionários, a equipe da Alexa está sendo desafiada a justificar seus recursos e eficácia.

Até 2023, a Amazon vendeu mais de 500 milhões de dispositivos compatíveis com a assistente de voz, garantindo uma base sólida de consumidores. No entanto, a empresa agora busca revolucionar a Alexa para se manter competitiva e relevante em um mercado cada vez mais dominado por inovações em inteligência artificial.

Fonte: CNBC

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