Ontem (18), as autoridades de segurança de trânsito do governo americano abriram uma investigação especial sobre o acidente fatal de um carro da Tesla em que morreram três pessoas.
No dia 12 deste mês, um Model S da Tesla de 2022 bateu em um equipamento de construção civil em uma rodovia em Newport Beach, na Califórnia. Os três ocupantes do veículo morreram na hora e três trabalhadores da construção ficaram feridos.
A Agência Nacional de Segurança de Trânsito dos Estados Unidos(NHTSA) suspeita que o veículo estava usando o modo Autopilot durante o acidente.
Autopilot é o sistema da Tesla de assistência avançada ao motorista que executa funções automatizadas, como frenagem, aceleração e conversão em vias.
Desse modo, a Agência Nacional de Segurança de Trânsito dos Estados Unidos (NHTSA) inseriu esse caso mais recente em uma lista de acidentes automobilísticos que órgão investiga a relação entre as colisões e os recursos de direção semiautônoma.
A agência revelou investigar atualmente mais de 30 incidentes em que carros da Tesla estavam supostamente usando o modo Autopilot e resultaram em colisões gravíssimas.
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Alguns dos acidentes inclusos na investigação da NHTSA são de colisões de carros da Tesla que resultaram em fatalidades.
Desde 2016, nos Estados Unidos, o governo realizou 35 investigações especiais de acidentes envolvendo carros da Tesla e o sistema de direção autônoma. Dessas 35, aliás, apenas três constataram que a causa do acidente não foi o Autopilot.
Além disso, essas investigações especiais do governo americano revelam que houve 14 mortes em acidentes envolvendo os carros da Tesla.
O acidente fatal deste mês é o 42º a ser incluído como investigação especial da NHSTA sobre sistemas de assistência avançada ao motorista. A investigação especial começou justamente com um acidente fatal envolvendo um Model S da Tesla, em 2016, na Flórida.
A Tesla, embora afirme em seu site que os “recursos atuais do Autopilot demandam supervisão ativa do motorista e não tornem o veículo autônomo”, a empresa está sendo acusada de enganar os motoristas em relação às capacidades do veículo.
Por exemplo, ao escolher nomes como “Autopilot” (Piloto automático) e “software de direção autônoma total” — sendo o mais novo sistema de assistência avançada da Tesla —, a empresa ilude os motoristas. De acordo com as autoridades de trânsito dos EUA, a Tesla transmite uma falsa sensação de segurança.
Além disso, o governo americano, assim como executivos da própria Tesla, afirmam que a está longe de ser autônoma. O Autopilot da Tesla se enquadra no nível 2 de assistência ao motorista. Para se classificar como autônomo, no entanto, o veículo precisa alcançar o nível 4 ou 5. Portanto, o Autopilot da Tesla está longe de ser um sistema de direção totalmente autônoma.
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Fontes: The Wall Street Journal, Bloomberg
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