Executivos da Tesla admitem que Elon Musk exagera em afirmação sobre carros “totalmente autônomos”

Executivos da Tesla admitem que Elon Musk exagera em afirmação sobre carros “totalmente autônomos”

Segundo alguns executivos da Tesla ligados ao desenvolvimento de tecnologias para veículos autônomos, Elon Musk, CEO da empresa, está exagerando em declarações sobre o sistema do software da empresa.

A informação aparece em um documento relacionado a uma reunião do Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia – DMV (uma espécie de Detran americano) com a Tesla.

Recentemente, a Tesla e, consequentemente, Elon Musk, estão no centro de uma polêmica envolvendo um acidente no Texas em que um carro autônomo da empresa matou duas pessoas.

Musk afirmou, em vários tweets, que o sistema avançado de assistência Autopilot, lançado em outubro de 2020 em programa de acesso antecipado, como uma ferramenta perfeitamente funcional.

De acordo com ele, a Tesla realiza a atualização do software de maneira bem “minuciosa”.

O Autopilot permite que os donos de carros da Tesla acessem o sistema Autopilot em vias de determinadas cidades. Em março deste ano, a Tesla informou que 824 veículos estão no programa de acesso antecipado, sendo 753 destes pertencentes a funcionários da empresa.

Elon Musk Tesla
O Sistema Autopilot em 2015. Créditos: Tesla

Em janeiro deste ano, em uma conferência sobre os rendimentos anuais da Tesla, o CEO informou que “estava muito confiante sobre a possibilidade de carros passarem a funcionar sem a necessidade do auxílio humano.”

Contudo, o relatório do Departamento de Veículos Motorizados aponta, segundo CJ Moore, diretor do software Autopilot, as afirmações de Musk não condizem com a realidade.

Além disso, o relatório informa que, atualmente, o Autopilot está no segundo nível de sua tecnologia, o que representa, ainda, um sistema “semi-autônomo” de direção veicular e, portanto, precisa da supervisão de um condutor.

Por fim, segundo os executivos, é improvável que a Tesla alcance o Nível 5 de autonomia veicular neste ano, ou seja, os veículos não estarão aptos para circular de forma “totalmente autônoma”.

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