A Netflix está considerando aumentar seus preços em breve. De acordo com uma matéria do Wall Street Journal, a plataforma de streaming planeja implementar o reajuste após o término das paralisações trabalhistas em Hollywood. Apesar de estarem negociando um acordo, tanto atores quanto roteiristas continuam em greve.
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Aumento de preço ocorrerá primeiro nos EUA e Canadá
A matéria sugere que o reajuste afetaria múltiplos mercados internacionais, iniciando possivelmente pelos Estados Unidos e Canadá. No contexto brasileiro, o último aumento de preços da Netflix ocorreu em julho de 2021, mais de dois anos atrás. E o aumento anterior a esse foi em 2019. Será que a empresa tem um padrão de aumentar seus preços a cada dois anos?
Detalhes específicos sobre o valor do reajuste e sua data de implementação ainda são incertos. Quando questionada pelo Wall Street Journal, a Netflix optou por não emitir comentários. Mas os preços das ações já subiram 3%.
O aumento nos preços da mensalidade está previsto para ocorrer após a resolução das greves envolvendo atores e roteiristas de Hollywood. Enquanto as negociações com os atores estão em andamento, os roteiristas estão prestes a votar em um acordo proposto pelos estúdios de televisão e cinema.
Os acordos, obviamente, devem envolver aumento de salários e melhores condições de trabalho. Os roteiristas, por exemplo, terão um aumento de 18% na remuneração em filmes de alto orçamento e 26% nos ganhos residuais. Provavelmente a Netflix deve usar isso como argumento para o aumento dos preços, embora o custo do novo contrato represente apenas 0,2% da receita anual da plataforma de streaming.
Nos EUA, não existe mais plano básico sem anúncios
Atualmente, nos Estados Unidos, o plano Padrão com Anúncios é a opção mais acessível oferecida pela Netflix. No Brasil, a mensalidade é de R$ 18,90, enquanto nos Estados Unidos, o custo mensal é de US$ 6,99 (cerca de R$ 35 em conversão direta).
Esse plano permite a visualização em duas telas ao mesmo tempo e oferece resolução de 1080p. No entanto, não suporta contas adicionais nem permite downloads, e obviamente inclui anúncios durante a exibição de conteúdo.
No Brasil, a Netflix ainda disponibiliza o Plano Básico, custando R$ 25,90 por mês. Este plano oferece menos funcionalidades, como resolução de 720p e visualização em uma única tela, mas não mostra nenhum anúncio. Nos Estados Unidos, essa opção foi descontinuada.
Aumento de preços virou rotina
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Conforme apontado pelo Wall Street Journal, nos Estados Unidos, as principais plataformas de streaming aumentaram os preços de seus planos sem anúncios em aproximadamente 25%. No Brasil, a HBO Max teve um aumento em fevereiro de 2023, e o Apple TV+ ajustou seus preços em setembro de 2022.
Em contrapartida, a Netflix adotou uma estratégia diferente, combatendo o compartilhamento indevido de senhas. Desde maio, os usuários são obrigados a estabelecer uma residência principal, e aqueles que acessam o serviço fora desse local devem pagar uma taxa adicional.
Essa medida, embora controversa, parece ter surtido efeito. Com a taxa adicional e o plano com publicidade, a Netflix registrou um aumento de 5,9 milhões de assinantes e um lucro de US$ 1,5 bilhão no segundo trimestre de 2023.
Fontes: Wall Street Journal e The Verge