O Twitter precisa desesperadamente fazer dinheiro. E uma das formas que a plataforma encontrou para isso foi dar um desconto de 12% na assinatura anual do Twitter Blue. Infelizmente, a promoção só é válida nos Estados Unidos. Mas isso demonstra o momento delicado que a rede social vive. No final do mês vence o primeiro grande pagamento de juros da plataforma.
Talvez você não se lembre, mas para conseguir concretizar a compra da plataforma por US$ 44 bilhões, Elon Musk teve que fazer um empréstimo bancário. Pois é, e os primeiros juros vencem daqui há alguns dias.
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Twitter Blue com desconto, mas só nos EUA
A mensalidade padrão do Twitter Blue, nos Estados Unidos, custa US$ 8 por mês. Ao final de um ano, o usuário terá pago US$ 96. Mas, com esta promoção, ele pode assinar o Twitter Blue pagando US$ 84, o que representa um desconto de 12%.
Mas vale ressaltar que esse desconto só é possível se a pessoa fizer a assinatura na versão web da rede social. Caso a assinatura seja feita direto no aplicativo para iOS, o valor da mensalidade sobe para US$ 11, devido a taxa cobrada pela Apple. Sem falar que assinando direto no iOS não há opção de assinatura anual.
No Brasil, o Twitter Blue ainda não é suportado oficialmente. Mas é possível assinar através do aplicativo para iPhone. Por lá, a mensalidade custa R$ 59,90. Um valor bem salgado para os benefícios oferecidos pelo Twitter Blue: selo de verificado, ícones personalizáveis, upload de vídeos mais longos, temas e outras funções.
A água está batendo na bunda
Embora a plataforma não tenha se pronunciado oficialmente a respeito dos motivos para a mudança de preço, podemos imaginar quais são. O Twitter precisa de receita. E, para isso, precisa de usuários pagantes em sua plataforma. A diminuição do preço da assinatura pode ser um fator atrativo para quem faz questão de ter o selo azul ou quer usufruir de alguns dos benefícios do Twitter Blue, como o upload de vídeos mais longos.
Na última quarta-feira (18), o Financial Times relatou que o Twitter está em uma situação extremamente delicada, beirando ao desespero. Segundo o veículo de comunicação, fontes anônimas informaram que a receita de ano a ano da plataforma de microblogs caiu 40%. A queda foi acentuada desde que Elon Musk assumiu o cargo de CEO.
Para piorar a situação, a primeira parcela dos enormes juros que Musk assumiu para poder comprar o Twitter se vence agora no final de janeiro. Então ele precisa fazer caixa o mais rápido possível. E se ele não tiver o dinheiro para pagar? A rede social corre sérios riscos de falir.
Em novembro o próprio Elon Musk já havia falado sobre esta possibilidade. E em dezembro publicamos um artigo aqui explicando por que a falência do Twitter pode estar cada vez mais próxima. Vale a pena a leitura.
Problemas financeiros
O Twitter passa por sérios problemas financeiros. O que não faltam são relatos que demonstram isso. Por exemplo, o aluguel de vários escritórios da companhia estão atrasados. Devido a isso, os proprietários dos prédios em San Francisco e em Singapura entraram com ações judiciais contra o Twitter e fizeram ameaças de despejo.
A empresa também está diminuindo o que gasta com data centers. Um data center da Califórnia já foi fechado e um outro data center localizado em Atlanta teve os seus recursos reduzidos consideravelmente. Isso provocou até mesmo instabilidade em locais como Austrália e Nova Zelândia agora no começo de janeiro.
Elon Musk também realizou uma série de demissões de funcionários que ele considerava menos relevantes. Agora ele está sem dinheiro para pagar as rescisões contratuais. E a situação está tão ruim que os funcionários que restaram precisam levar seus próprios itens de higiene pessoal, como papel higiênico, por exemplo.
Fontes: The Verge e Platformer