Controverso, inovador e persistente, esses são alguns dos adjetivos que podem ser atribuídos a Steve Jobs, o lendário cofundador da Apple, que completaria 65 anos nesta segunda-feira (24). Steven Paul Jobs nasceu em 24 de fevereiro de 1955 em San Francisco.
A história de Jobs é permeada por passagens interessantíssimas, do salto no escuro nos primórdios da Apple em 1976, a demissão da companhia que ajudou a fundar com Steve Wozniack em 1985, devido aos seus problemas com Jonh Sculley, executivo que o próprio Jobs resolveu levar para a Apple, a fundação da Next, empresa de computadores que acabou servindo como trampolim para que Steve retornasse para a Apple em idos dos anos 90, e a sua consolidação como grande visionário do mundo tech, apostando num ecossistema de produtos e serviços que livrou a Apple da falência, e elevou a companhia ao panteão das maiores corporações da era moderna.
Jobs tinha um magnetismo impressionante, uma capacidade de entrar e marcar a vida das pessoas, mesmo que para isso ele tivesse que alterar a realidade ao seu favor e ser cruel e implacável. LarryTesley, cientista da computação que faleceu recentemente dizia que não tinha certeza do significado da palavra carisma até conhecer Steve Jobs. Recentemente Bill Gates declarou que Steve Jobs “enfeitiçava as pessoas”.
Esse magnetismo, que envolvia consumidores e imprensa, tornou Jobs uma figura que transcendeu o cargo, ele foi de executivo à figura pop, estampando camisetas com frases como a clássica “a única maneira de fazer um bom trabalho é amando o que você faz”.
A relação de amor de Steve com a tecnologia, ou qualquer outro assunto em que se aventurava, era nítida, até mesmo quando resolveu investir na Pixar, comprou com afinco o que aqueles animadores brilhantes estavam fazendo. Definitivamente Jobs não era o mais técnico e perspicaz do universo que transitava, mas, sem dúvidas, era o mais persistentes. Um baita diferencial.
Jobs lutou contra um câncer desde 2004 e, cinco anos depois, ele chegou a passar por um transplante de fígado bem-sucedido. Morreu de câncer no pâncreas, em 5 de outubro de 2011, apenas um dia após a introdução do iPhone 4S, iOS 5, iCloud e Siri. Ele foi substituído por Tim Cook, que ainda hoje comanda a Apple.
Na sua despedida da Apple, empresa que nunca saiu da mente de Jobs, mesmo quando foi buscar novos ares em meados dos anos 80, no dia 24 de outubro, em um trecho de uma carta divulgada pela mídia, Steve disse que fez alguns dos melhores amigos de sua vida na Apple e que agradecia por todos os anos em que pôde trabalhar com eles. Essa mesma relação amistosa, muitos consumidores dos produtos da Apple acabaram nutrindo por Jobs ao longo dos anos, talvez seja esse um dos motivos que transforou a Apple no que ela é hoje, além de produtos considerados muito bons, por muitos anos um grande porta-voz soube se comunicar na mesma sintonia do seu público. Esse é o maior legado de Steve Jobs, o de um grande comunicador.
Abaixo separamos algumas matérias interessantes sobre Steve Jobs pubicadas no Hardware.com.br e que você deveria conferir:
O dia em que Steve Jobs surtou com Bill Gates
A história dos truques de Steve Jobs que salvaram a apresentação do primeiro iPhone
Visitamos a exposição “Steve Jobs, o Visionário”, confira as imagens