Receita propõe cobrança de imposto na hora da compra em sites como AliExpress e Shopee

Receita propõe cobrança de imposto na hora da compra em sites como AliExpress e Shopee

Atenção! Suas compras em sites internacionais estão prestes a ficarem mais caras. O Governo e a Receita Federal estão estudando a implementação de um projeto que prevê a cobrança antecipada de impostos de importação em compras realizadas em plataformas como AliExpress, Shopee, Shein e Wish.

A proposta, que não cria novos tributos, mas altera o momento da cobrança dos já existentes, tem como objetivo agilizar o processo de entrega e evitar gargalos nos centros de distribuição dos Correios. Além disso, visa também aumentar a arrecadação do Governo, já que da forma como está hoje, muitos produtos acabam passando sem a cobrança do imposto.

Leia também
Shein e AliExpress na mira: Governo quer fim da isenção de importações de até US$ 50
Como funciona a taxa de importação de produtos no Brasil

Imposto de Importação será cobrado no momento da compra

Não terá mais pra onde correr. Imposto de Importação será cobrado na hora da compra

O projeto, conhecido como “Remessa Conforme“, está em fase de análise e deve contar com a parceria das próprias varejistas internacionais.

A ideia é que essas empresas emitam o boleto das taxas no momento da compra. Isso permitirá que os produtos sejam liberados de forma automática por meio de um “canal verde”. A medida pode acelerar significativamente o tempo de entrega, uma vez que a cobrança atualmente é feita quando o produto entra no país, o que tem gerado atrasos notórios.

Não à toa que o Centro de Distribuição de Curitiba, que é por onde chegam as remessas internacionais, já virou até meme entre os brasileiros.

Vale ressaltar que a adesão ao projeto por parte das varejistas não é obrigatória. No entanto, aquelas que optarem por não aderir podem ter seus produtos direcionados para o “canal vermelho”, onde o desbloqueio será mais lento e realizado de forma tradicional. 

Novo imposto pode ser inserido na equação

Varejistas chinesas serão as mais afetadas

A cobrança de imposto de importação de 60% sobre qualquer compra, uma taxa já estabelecida em lei, permanecerá inalterada. Além disso, o governo está considerando outras iniciativas para facilitar o desembaraço aduaneiro, como o preenchimento antecipado das declarações de remessa internacional.

Outra mudança prevista é a cobrança automática de ICMS dos estados. Ele possui uma alíquota média de 17% sobre o valor total do produto, que inclui o preço internacional e a taxa federal de 60%. No entanto, ainda não há uma data definida para a implementação dessas novas medidas.

A proposta, que ainda será apresentada ao ministro Fernando Haddad após sua viagem ao Japão, tem como objetivo principal fechar o cerco às compras online que entram no país sem o devido pagamento de impostos. Vale lembrar que em abril o Governo queria taxar todas as compras, mesmo aquelas abaixo do valor limite de US$ 50.

Na prática, muitas varejistas podem optar por embutir os 60% dos impostos no preço dos produtos para evitar que o consumidor tenha que lidar com mais de um boleto de pagamento e possíveis sanções da Receita.

Fonte: Valor Econômico

Sobre o Autor

Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
Leia mais
Redes Sociais:

Deixe seu comentário

X