Bolsonaro: bloqueio do Telegram foi um “crime”

Bolsonaro: bloqueio do Telegram foi um “crime”

Embora o ministro Alexandre de Moraes já tenha revogado a decisão de bloquear o Telegram no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar essa decisão, afirmando que ela foi “um crime”.

O bloqueio do aplicativo aconteceria por causa da extensa disseminação de fake news acontecendo através dele, e com isso o ministro cobrou da empresa medidas para que isso seja controlado. O fundador do Telegram pediu desculpas pelo acontecido e já cumpriu com essas medidas, então o bloqueio não aconteceu.

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Telegram apaga postagens do presidente em seu canal

Entre as medidas tomadas pelo Telegram nesse intuito foi apontar um responsável legal pelo aplicativo aqui no Brasil, adotar novos termos de uso para impedir o compartilhamento de notícias falsas e apagar canais que fazem isso, incluindo algumas postagens feitas no canal de Jair Bolsonaro.

Isso aconteceu de sábado para domingo, quando o ministro deu 24 horas para que o Telegram acatasse com todas as exigências pedidas. A postagem em questão dava acesso a links sobre uma investigação de ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Telegram

Porém, esses dados eram sigilosos, e foram compartilhados no intuito e fomentar algo não comprovado. De acordo com o TSE, esse episódio que aconteceu em 2018 não apresentou nenhum risco à integridade das eleições. Eles ressaltaram ainda que as urnas eletrônicas jamais entram em rede.

“Por não serem conectadas à internet, não são passíveis de acesso remoto, o que impede qualquer tipo de interferência externa. Por essa razão, é possível afirmar, com margem de certeza, que a invasão investigada não teve qualquer impacto sobre o resultado das eleições”.

O presidente Jair Bolsonaro criticou essa decisão do ministro desde a semana passada, e mesmo que ela tenha sido revogada, voltou a falar sobre isso na segunda-feira. Ele argumentou que muitos brasileiros poderiam ser afetados por causa do bloqueio e, por isso, a decisão teria sido um “crime”.

“O nosso AGU, Bruno Bianco, entrou com uma ação – não sei se sexta ou sábado – muito bem fundamentada, levando-se em conta a jurisprudência do próprio Supremo. A ação caiu com a senhora Rosa Weber, que já era autora de uma jurisprudência. Ou seja, o Alexandre Moraes ia perder no plenário isso aí, ele resolveu recuar”.

Segundo ele, dezenas de milhões de pessoas utilizam o Telegram para negócios, tratamentos médicos e defesa civil, então seria errado prejudica-las. “Isso é um crime, é um crime fazer isso aí, é um ato, no meu entender, lamentável, que a tempo ele resolveu recuar”.

Fonte: CNN

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