Telegram começa a deletar posts do canal oficial de Bolsonaro para continuar no Brasil

Telegram começa a deletar posts do canal oficial de Bolsonaro para continuar no Brasil

Neste domingo (20) o Telegram começou a cumprir as exigências feitas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para continuar funcionando no Brasil. Dentre elas, está o monitoramento dos 100 canais mais populares no país, o que inclui o canal oficial do presidente Jair Bolsonaro. Inclusive, em menos de 24 horas o mensageiro já deletou pelo menos um post de Bolsonaro.

Canal oficial do Bolsonaro tem conteúdos removidos

O canal oficial do Bolsonaro do telegram é um dos maiores (senão o maior) do país. Ele conta com mais de 1,2 milhão de inscritos. O canal é usado pelo presidente para compartilhar as ações do governo e também para mandar mensagens diretamente para os eleitores.

Pois bem, depois de acatar as exigências do STF, o Telegram começou a analisar as postagens compartilhadas no canal oficial do presidente e já removeu algumas que violavam os termos de uso da plataforma.

Canal oficial do Bolsonaro no Telegram
Canal oficial do Bolsonaro no Telegram tem mensagens excluídas

Uma das postagens deletadas, datada de agosto de 2021, tinha links que levavam a um inquérito sigiloso. Esse inquérito investiga a tentativa de um ataque hacker contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No lugar da mensagem original, o mensageiro coloca a seguinte informação: “Esta mensagem não pôde ser exibida por violar a legislação local”.

Além do canal oficial do presidente, o Telegram precisará monitorar diariamente os 100 canais mais populares do Brasil. Esses são alguns dos canais de maior audiência atualmente:

  • Canal Antenados – BBB22;
  • HURB;
  • Crypto Brasil;
  • Alienadinhos;
  • Humberto Volts;
  • Ciência de verdade;
  • MBL News;
  • Sede Criativa;
  • Governo do Estado de São Paulo;
  • O Primo Rico;
  • entre outros.

STF mantém Telegram na rédea curta

Supremo Tribunal Federal

Vale lembrar que o monitoramento dos 100 maiores canais do Brasil é apenas uma das exigências feitas pelo STF. Na última sexta-feira (18) o app chegou a ser banido do Brasil. Tudo por conta de não responder às inúmeras tentativas de contato do Poder Judiciário.

Entretanto, a decisão de banir o mensageiro foi revogada neste domingo pelo ministro Alexandre de Moraes. Segundo ele, o “atendimento integral das decisões proferidas em 17/3/2022 e 19/3/2022” foi suficiente para suspender o bloqueio do aplicativo. Dentre essas decisões destaca-se também o banimento do canal do bolsonarista Allan dos Santos, um dos mais influentes de seu meio.

  • As outras exigências feitas pelo STF incluem:
  • Eleger um representante legal no Brasil (o escolhido foi o advogado especializado em privacidade digital Alan Campos Elias Thomaz);
  • Firmar parcerias com agências de checagem de notícias;
  • Mudar as regras da plataforma para dificultar o disparo de fake news;
  • Acompanhar de perto a mídia brasileira;
  • Promover informações verificadas;
  • Restringir a capacidade de postagem de quem foi banido por espalhar fake news;
  • Melhorar as estratégias de moderação de conteúdo.

O CEO do Telegram Pavel Durov, publicou um comunicado oficial poucas horas depois da plataforma ter sido banida no Brasil. O executivo pediu desculpas ao STF: “Em nome da nossa equipe, peço desculpas ao Supremo Tribunal brasileiro por negligência. Definitivamente, poderíamos ter feito um trabalho melhor”. Depois explicou que houve uma falha na comunicação e por isso não respondeu às tentativas de contato anteriores.

Fontes: Supremo Tribunal Federal

Sobre o Autor

Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
Leia mais
Redes Sociais:

Deixe seu comentário

X