6G: Japão e os Estados Unidos se unem para criar padrões internacionais

A tecnologia 5G mal foi lançada mundialmente, mas o Japão e os Estados Unidos já estão trabalhando em parceria para criar os padrões internacionais do 6G em tecnologias não operadas por humanos.

A intenção dessa parceria é evitar que as empresas chinesas dominem a área que será o futuro dos carros autônomos e das fábricas automatizadas.

Em dezembro do ano passado, o governo do Japão anunciou a construção uma extensa área de testes para rede 5G open RAN em 2022 na região metropolitana de Tóquio.

Open RAN é a sigla para Open Radio Access Networks (Redes abertas de Acesso por Rádio) termo usado pela indústria para mudar a essência do mercado de Redes de Acesso por Rádio, controlado por algumas grandes fabricantes.

O motivo anterior foi o mesmo: coibir o monopólio da China, cujas empresas já estão em estágio mais avançado.

6G Japão Estados Unidos — Em novembro do ano passado, a China lançou o seu primeiro satélite 6G.

No início de janeiro, a um laboratório chines conseguiu lançar um dispositivo tera-hertz baseado em 6G com 200 Gbps de comunicação sem fio. Segundo a China, essa foi a maior velocidade já alcançada na história.

União entre o Japão e os Estados Unidos servirá para desenvolvimento de hardware e software 6G

Agora, o Ministro de Relações Internacionais e Comunicações do Japão deve reunir determinadas empresas privadas para formar um consórcio para fundamentar os padrões do 6G até setembro deste ano.

Desse modo, tal consorcio reunirá empresas de várias indústrias, incluindo as do ramo de telefonia móvel, automóveis, drones e fabricantes de relógios.

A aliança do Japão com os Estados Unidos permitirá que empresas americanas com grandes recursos em termos de software para iniciar uma expansão global.

Assim, os planos dos dois países são de comercializar a tecnologia 6G em relógios atômicos até 2025, que servirão de sensores indispensáveis para o “controle remoto em tempo real”.

Isso porque ao adicionar relógios atômicos a veículos e drones automatizados permitirá determinar a localização e tempo exato dos dispositivos.

No entanto, a adoção do 6G na área de comunicações deve chegar a partir da próxima década. Grandes nomes da indústria chinesa já estão desenvolvendo padrões internacionais para o 6G.

Além das empresas chinesas, a Nokia e a AT&T, respectivamente da Finlândia e dos Estados Unidos, bem como a KDDI e a Docomo, ambas do Japão, também anunciaram iniciativas similares.

A Samsung também deve entrar no jogo, afinal, a empresa sul-coreana iniciou os testes na nova tecnologia em junho do ano passado. Aliás, a Samsung desenvolve o projeto em parceria com uma Universidade dos Estados Unidos.

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Como dito anteriormente, a intenção é competir com as rivais chinesas na corrida para definir os padrões internacionais da tecnologia 6G.

Com isso, o ministério das comunicações do Japão financiará parte da pesquisa e desenvolvimento junto de empresas privadas por quatro anos, começando em 2022.

O ministério do Japão, ao se juntar aos Estados Unidos, irá considerar fornecer tecnologia especializada de semicondutores às empresas que farão parte do consórcio.