CEO da Epic Games afirma que o metaverso pode ser uma indústria trilionária

CEO da Epic Games afirma que o metaverso pode ser uma indústria trilionária

Tim Sweeney, CEO da Epic Games, assim como Mark Zuckerberg, está bastante animado com a iniciativa de criação do metaverso. Aliás, além desses dois grandes nomes da indústria tech, Jensen Huang, CEO da Nvidia, também aposta algumas fichas na criação de espaços ambientados em realidade virtual.

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Sweeney, por sua vez, já possui um grande ponto partida para desenvolver seu metaverso, tendo em vista que Fortnite, de propriedade da Epic Games, se tornou algo maior que apenas um jogo.

O battle royale da empresa se aproxima, cada vez mais, de um espaço em que pessoas se interagem socialmente. Além disso, recentemente, Fortnite se tornou um espaço para shows musicais, contando com apresentações de grandes nomes da música, como o polêmico rapper Travis Scott.

Epic Games metaverso
A Epic removeu os cosméticos do rapper Travis Scott após a tragédia ocorrida em um show do artista que matou 10 pessoas no início deste mês. Créditos: Epic Games

Na última terça-feira (16), em uma conferência realizada em Seul, capital da Coreia do Sul, Sweeney afirmou que, nas próximas décadas, o metaverso tem o potencial de se tornar uma indústria multitrilionária.

Vale ressaltar, no entanto, que o CEO da Epic Games terá um grande trabalho pela frente, pois, no contexto do metaverso em games, a empresa irá competir com outros jogos como Minecraft e Roblox.

A proposito, a Microsoft e a Roblox Corporation, detentoras dos direitos de Minecraft e Roblox, respectivamente, já confirmaram os planos de tornar suas plataformas um ambiente de interação. Isso iria substituir, portanto, navegadores e aplicativos de celular.

“Os próximos três anos serão cruciais para todas as empresas com ambições de criar um metaverso, como a Epic Games, a Roblox Corp., a Microsoft e o Facebook”, afirmou o CEO em uma entrevista após a conferência.

Sweeney ressaltou que, em breve, haverá uma disputa entre essas empresas para alcançar a marca de um bilhão de usuários. “Seja qual for, a primeira empresa a conseguir um bilhão usuários será tida como a liderança em determinar os padrões”.

Para CEO da Epic, a intenção é evitar o monopólio

Nos dias 15 e 16 deste mês, ocorreu a Conferência Global pela Equidade no Ecossistema de Aplicativos Móveis, realizada pela Coalizão pela Equidade de Aplicativos, formada por empresas como o Spotify, o Deezer e a própria Epic Games.

A Conferência teve palestras do Secretário de Transição Digital da França, do CEO do Match Group, Shar Dubey, e do próprio Tim Sweeney. O CEO da Epic Games participou presencialmente do evento.

Epic Games Metaverso
Em seu discurso, Tim Sweeney fez duras críticas à Apple e ao Google.

Segundo Sweeney, durante a palestra, a ideia do metaverso surgiu em meio às batalhas judiciais e verbais da Epic Games com o Google e Apple.

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Há algum tempo, a Epic trava uma briga com essas duas empresas em relação ao sistema de pagamentos das suas respectivas lojas de aplicativos.

A Epic considera um monopólio a forma como o Google e a Apple determinam suas diretrizes de transações financeiras nos aplicativos para Android e iOS.

Portanto, segundo o CEO da Epic, as suas aspirações para o metaverso são para garantir uma concorrência justa entre as empresas que entrarão no jogo.

“Assim como a internet, o metaverso é um termo que nenhuma empresa pode ser dona”, afirmou Sweeney.

No entanto, após Mark Zuckerberg renomear o Facebook Inc. para Meta Inc., será difícil para o público não relacionar o metaverso com a nova empresa, cujo foco principal é a expansão de tecnologias VR e AR.

A estratégia da Epic Games para o metaverso

Há dois pilares que formam a base da estratégia da Epic Games para a criação do metaverso: o primeiro é expansão de Fortnite, que conta com 60 milhões de usuários mensais.

De acordo com Sweeney, a intenção é transformar o jogo em uma experiência virtual que possa alcançar a marca de um bilhão de usuários futuramente.

Além disso, o segundo pilar é encontrar formas de capitalizar as ferramentas de criação de conteúdo da Epic Games, tal como utilizar a Unreal Engine para gráficos 3D.

Isso iria permitir que todas as empresas da indústria tech tivessem recursos de tecnologia 3D em tempo real, segundo Sweeney. No entanto, assim como Fortnite terá como obstáculos Minecraft e Roblox, esse segundo pilar enfrentará uma dura concorrência com a Nvidia.

Se o metaverso não vingar, a Epic participará de outras formas

Desse modo, mesmo se a Epic Games não desenvolva o seu próprio metaverso, o CEO quer que sua empresa forneça ferramentas para construção dos ambientes virtuais.

Sweeney cita as montadoras de veículos como um exemplo. “É possível utilizar a Unreal para visualizar os processos de design e fabricação para, em seguida, produzir anúncios digitais”.

A Epic, segundo Sweeney, trabalha para construir um conjunto de ativos digitais. A intenção é que tais ativos sejam “empregados em filmes e em jogos em tempo real, utilizados desde consoles de alta geração até os smartphones mais básicos”.  Confira abaixo o vídeo da tecnologia MetaHumans, que utiliza a Unreal Engine para criar modelos hiperrealistas.

Além disso, Sweeney afirmou que a Epic Games está colaborando com todas as fabricantes de óculos de realidade virtual e aumentada, embora o CEO suponha que tais hardwares não serão necessários para acessar o metaverso da empresa.

Fonte: CNN

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