Omniverse Avatar: Nvidia entra na onda do metaverso

Em meio ao hype do metaverso, a Nvidia anunciou ontem (9) uma nova plataforma de criação de agentes virtuais chamada Omniverse Avatar.

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A Omniverse Avatar é parte da Nvidia Omniverse, uma plataforma de simulação de mundo virtual e também para criação de projetos em 3D, gratuita e com mais de 70 mil usuários.

A plataforma combina determinadas tecnologias, como reconhecimento facial e de voz, sínteses de fala e animação em 3D. Segundo a Nvidia, a Omniverse Avatar poderá ser utilizada em uma vasta gama de agentes virtuais.

Agentes virtuais são softwares que misturam códigos de programação com inteligência artificial para auxiliar os usuários e consumidores. Chatbots e voice bots são alguns exemplos de agentes virtuais, pois essa tecnologia é mais popular em serviços de ajuda ao consumidor.

De acordo com a Nvidia, a plataforma Omniverse Avatar cria personagens interativos, com gráficos em 3D e tecnologia ray tracing, capazes de “ver, falar, conversar sobre  vários assuntos e compreender os sentimentos de fala”. 

A ferramenta foi apresentada na conferência anual da Nvidia, a GTC, com o próprio CEO da empresa, Jensen Huang, se tornando um personagem similar a um brinquedo na Omniverse Avatar.

Aliás, versão animada de Huang respondeu a perguntas sobre diversos assuntos, incluindo mudanças climáticas e produção de proteína. Confira o vídeo abaixo.

Em outro vídeo, um personagem animado em um quiosque digital apresenta o cardápio a um casal em uma lanchonete. O personagem respondia perguntas sobre os itens do menu, utilizando tecnologia de monitoramento facial para manter contato com os clientes e reagir às suas expressões faciais.

Segundo Huang, essa função será útil para lojas, drive-trhus e outros serviços direcionados aos consumidores.

Elementos da Omniverse Avatar

Como dito acima, a plataforma Omniverse Avatar utiliza elementos de tecnologias de reconhecimento facial e de fala, animação 3D e síntese de fala. Confira abaixo quais são as tecnologias implementadas para dar vida à plataforma:

• Reconhecimento de Fala: para reconhecer a fala, a Nvidia utilizou o seu kit de desenvolvimento de software RIVA, que reconhece a fala em vários idiomas. Além disso, o Riva também consegue responder através da fala perguntas enviadas por texto
• Processamento de Linguagem Natural: para compreender e gerar linguagem humana, a Omniverse Avatar utiliza o modelo Megatron 530B, também da Nvidia, que, com pouco ou nenhum treinamento, pode completar frases, responder a perguntas de vários assuntos, resumir histórias longas, traduzir frases para outros idiomas, além de outros recursos.
• Sistema de Recomendação: Através do framework Merlin, da Nvidia, a Omniverse Avatar permite que empresas criem sistemas de recomendação criados através do deep learning para lidar com grandes quantidades de dados e gerar sugestões mais inteligentes.
• Animação de Avatar: Utilizando as tecnologias Video2Face e Audio2Face, é possível renderizar os avatares em 2D e 3D através dessas duas tecnologias de inteligência artificial.

De acordo com a Nvidia, as tecnologias listadas acimas são reunidas em um software e processadas em tempo real usando o Unified Framework Compute.

Comparação com o metaverso

Obviamente, haverá comparações do Omniverse Avatar com o metaverso proposto pelo Meta, o novo nome do Facebook. Assim como o metaverso, o omniverso é basicamente uma plataforma de realidade virtual para colaboração, socialização ou serviços remotos.

No entanto, a Omniverse Avatar se diferencia do mega projeto proposto por Mark Zuckerberg em muitos fatores. Por exemplo, em vez de transportar o usuário para o ambiente virtual definitivamente, a intenção da Nvidia, aparentemente, é integrar o ambiente virtual ao mundo físico.

Isso fica claro com o uso de avatares para serviços, que, em tese, irão interagir com as pessoas no mundo físico.