Pesquisadores desenvolvem nova técnica de impressão 3D que pode ser utilizada para imprimir órgãos

Pesquisadores desenvolvem nova técnica de impressão 3D que pode ser utilizada para imprimir órgãos

Desde que a impressão 3D surgiu nós pensamos nas diversas possibilidades de uso na medicina. A impressão de próteses, ossos e até mesmo órgãos e outros tecidos é amplamente estudada por diversos pesquisadores. E os motivos são muitos. As filas de transplantes de órgãos em todo o mundo são gigantescas. A quantidade de órgãos sadios e disponíveis para transplantes é muito pequena, fazendo com que muitas pessoas morram à espera de um transplante.

Pois bem, pesquisadores da Universidade de Buffalo desenvolveram uma técnica de impressão 3D de alta velocidade que pode deixar a medicina mais perto dessa realidade. Talvez em alguns anos órgãos plenamente funcionais estejam sendo impressos em 3D.

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Abaixo você verá um vídeo de uma mão sendo impressa em 3D. O vídeo tem apenas 7 segundos, mas ele está acelerado. O processo todo levou exatos 19 minutos. Obviamente que essa mão não serviria para transplante. No entanto, os pesquisadores revelaram que usando essa técnica, a impressão de uma mão humana toda detalhada e complexa levaria cerca de 6 horas.

Convenhamos, 6 horas para imprimir uma mão que pode ser transplantada em outro ser humano é simplesmente incrível! É viver no futuro, na realidade dos filmes de ficção científica! Agora veja o vídeo:

Os pesquisadores que trabalham nesse projeto dizem que essa nova técnica de impressão 3D é entre 10 e 50 vezes mais rápida do que as técnicas utilizadas hoje na indústria. Além disso, outra vantagem é que é possível trabalhar com amostras de tamanhos grandes. Até hoje essa é uma das grandes dificuldades dos sistemas de impressão 3D.

O nome dessa nova técnica é Estereolitografia. Ela tem como base o uso de hidrogéis. O hidrogel é um material bem gelatinoso que é usado hoje na indústria em diversos segmentos, tais como fraldas descartáveis e lentes de contato.

Há várias vantagens em se usar hidrogel. Por exemplo, eles podem trabalhar com modelos grandes, de vários centímetros. Mesmo em modelos grandes, a técnica consegue imprimir rapidamente. Além disso, o processo reduz significativamente a deformação das peças e as lesões celulares causadas pela exposição prolongada a tensões ambientais observadas em processos de impressão 3D típicos.

Órgãos impressos em 3D
Órgãos impressos em 3D com rede de vasos sanguíneos

Por fim, os pesquisadores disseram que esse novo método, aliado ao uso do hidrogel, é o mais adequado para imprimir células com uma rede de vasos sanguíneos incorporada. E isso é crucial para qualquer órgão ou tecido humano, caso contrário ele não funcionará corretamente.

Fonte: Slashgear via University at Buffalo

Sobre o Autor

Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
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