Guia completo de processadores AMD Ryzen: entenda as diferenças entre os Ryzen 3, 5, 7, 9 e Z

A família de processadores AMD Ryzen abrange tanto Unidades de Processamento Central (CPUs) quanto Unidades de Processamento Acelerado (APUs) destinadas a PCs e notebooks.

A gama de processadores da AMD oferece aos usuários uma boa diversidade de opções, desde versões voltadas para máquinas mais econômicas até componentes de alta performance para entusiastas de jogos, também conhecidos como gamers.

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Esses componentes Ryzen são categorizados em diferentes classes, como Ryzen 3, Ryzen 5, Ryzen 7 e Ryzen 9, que indicam o grau de eficiência do processador. Além disso, esses chips são organizados em séries distintas, que fazem alusão às suas respectivas gerações. Neste artigo iremos abordar tudo o que você precisa saber sobre os processadores AMD Ryzen. Continue lendo para se familiarizar com os atributos e detalhes técnicos desses dispositivos de processamento.

Surgimento dos processadores AMD Ryzen

A família de processadores AMD Ryzen foi introduzida ao mercado em 2017, começando com os chips da série 1000 destinados a PCs. Esse lançamento foi crucial, já que a AMD possuía uma presença limitada nesse setor até então.

Com o tempo, as versões Ryzen contribuíram para a expansão da AMD no cenário de processadores para computadores pessoais, notebooks e estações de trabalho, sendo hoje uma parte importante da estratégia comercial da empresa.

Anatomia básica de um chip AMD Ryzen

Um processador AMD Ryzen atua decodificando e executando comandos provenientes do sistema operacional do computador através de sua Unidade Central de Processamento (CPU). Esses comandos são, na verdade, programas em funcionamento.

Se o Ryzen possuir uma Unidade de Processamento Gráfico (GPU) embutida, ele também será capaz de realizar tarefas gráficas. A AMD denomina essa fusão de CPU e GPU como Unidade de Processamento Acelerado (APU).

Em outras palavras, uma APU é qualquer componente da AMD que combina as capacidades de uma Unidade Central de Processamento (CPU) com uma Unidade de Processamento Gráfico (GPU). Esse termo serve para distinguir esses dispositivos daqueles que atuam exclusivamente como CPUs. Grande parte dos chips da linha Ryzen é classificada como APU, uma vez que incorpora núcleos Radeon para atividades gráficas.

Os elementos que compõem um chip AMD Ryzen incluem:

• CPU: Cada unidade contém pelo menos dois núcleos de CPU responsáveis pela execução de programas. Para aprimorar a eficiência, muitos desses chips possuem dois threads por núcleo.
• GPU: Encarregada de manipular informações visuais, como renderizações em jogos e conteúdo em programas de edição de vídeo. Versões mais recentes são compatíveis com codecs como H.264 e AV1. A GPU é um componente das APUs da série.
• Memória cache: Proporciona um acesso veloz a informações cruciais para as operações em curso. É segmentada em níveis L1, L2 e L3, sendo que níveis mais baixos oferecem maior rapidez.
• Controladores: São os elementos que permitem ao processador gerenciar recursos específicos, como portas HDMI, USB e SATA, além de memória RAM.
• Infinity Fabric: Trata-se de uma inovação que interliga as várias partes do processador para facilitar a comunicação entre elas.

A configuração desses elementos varia de acordo com a microarquitetura do chip, que é o plano que estabelece seu funcionamento. Na arquitetura Zen 2, o processador é dividido em dois conjuntos de núcleos, cada um com acesso a uma quantidade específica de cache L3.

Nas arquiteturas Zen 3 e Zen 4, os processadores adotaram uma configuração interna conhecida como CCX, que, entre outras melhorias, estabelece uma estrutura unificada de núcleos, permitindo que cada núcleo acesse todo o cache disponível, o que otimiza o desempenho.

Entendendo as diferenças entre cada categoria

As designações Ryzen 3, 5, 7 e 9 servem para categorizar o nível de sofisticação e poder computacional de cada processador dentro da família Ryzen. A escala numérica é um indicativo do grau de complexidade e eficiência do chip. 

Os processadores Ryzen 3 representam a porta de entrada para a série Ryzen, sendo os mais acessíveis em termos de custo. Eles são mais que suficientes para atividades computacionais básicas, como navegação web, edição de documentos e reprodução de conteúdo multimídia de baixa complexidade.

Avançando na escala, temos os chips Ryzen 5, que são uma opção de médio alcance. Eles oferecem uma performance superior aos seus irmãos Ryzen 3 e são mais apropriados para tarefas de produtividade que requerem um pouco mais de poder de processamento.

Subindo ainda mais no espectro de desempenho, encontramos os processadores Ryzen 7. Esses chips são projetados para lidar com aplicações mais intensivas em termos de recursos, como edição de mídia e jogos de alta qualidade gráfica. Vale notar que esses modelos podem ter um consumo energético mais elevado.

No ápice da linha, estão os processadores Ryzen 9, que são os mais robustos e, consequentemente, os mais caros. Eles são voltados para usuários que necessitam de velocidades de processamento extremamente altas para jogos de ponta ou aplicações profissionais especializadas. Estes, por sua vez, são também os que mais demandam energia elétrica.

Entendendo as diferenças entre as séries

As séries dentro da linha de processadores Ryzen da AMD indicam as diferentes gerações desses chips. Naturalmente, séries com números mais altos representam gerações mais recentes e, frequentemente, mais avançadas em termos de tecnologia e desempenho.

Atualmente nós temos as seguintes séries:

• Ryzen 7000;
• Ryzen 6000;
• Ryzen 5000;
• Ryzen 4000;
• Ryzen 3000;
• Ryzen 2000;
• Ryzen 1000.

Agora vamos falar um pouquinho sobre cada uma delas. Começando pela série Ryzen 7000, ela foi apresentada ao público em agosto de 2022 e é equipada com até 16 núcleos de CPU. Ela opera com a arquitetura Zen 4 e oferece compatibilidade com a interface PCIe 5.0. Além disso, essa série introduziu o soquete AM5 e é voltada para alto rendimento, com modelos Ryzen 9 7000 exibindo um TDP (Thermal Design Power) de 170 watts.

Anteriormente, no início de 2022, a série Ryzen 6000 foi lançada com a arquitetura Zen 3+ de 6 nanômetros. Essa série também marcou a estreia das GPUs Radeon RDNA 2 nas APUs, aprimorando o desempenho em atividades gráficas como jogos. Ela também oferece suporte para memórias DDR5 e LPDDR5.

A série Ryzen 5000, revelada em outubro de 2020, é baseada na arquitetura Zen 3 e oferece um aumento de quase 20% na velocidade em comparação com sua antecessora, mantendo a litografia de 7 nanômetros. Ela disponibiliza até 16 núcleos para desktops e oito para notebooks.

Lançada no início de 2020, a série Ryzen 4000 é uma evolução da série 3000 e opera com a arquitetura Zen 2 e um processo de fabricação de 7 nanômetros. Ela oferece até oito núcleos e é vista como uma versão refinada da série anterior.

A série Ryzen 3000, anunciada em 2019, também utiliza a arquitetura Zen 2 e tecnologia de 7 nanômetros. Ela foi a primeira a introduzir o suporte ao PCIe 4.0 e oferece até 16 núcleos. As APUs dessa série para notebooks operam com as arquiteturas Zen+ e Zen.

A série Ryzen 2000, lançada em 2018, é baseada nas arquiteturas Zen e Zen+. Enquanto as versões para notebooks são APUs com GPUs Radeon integradas, nos desktops apenas os modelos Ryzen 2000G possuem capacidades gráficas.

Por fim, a série Ryzen 1000, que marcou o início da linha em 2017, opera com a primeira geração da arquitetura Zen e um processo de fabricação de 14 nanômetros. Ela oferece modelos com até oito núcleos, mas nenhum deles vem com uma GPU embutida.

Entendendo a nomenclatura dos chips AMD Ryzen

Após a designação que indica a classe do processador (como Ryzen 3, 5, 7 ou 9), existe uma sequência numérica de quatro algarismos. O primeiro desses números aponta para a geração ou série do chip.

Essa combinação alfanumérica nos identificadores de modelo dos processadores AMD Ryzen serve para revelar informações como a geração e o grau de eficácia do componente.

A AMD adota um sistema de nomenclatura distinto para os chips Ryzen destinados a desktops e implementou uma nova nomenclatura em 2023 para as versões voltadas para notebooks.

Para os desktops ou notebooks lançados até o ano de 2022, o identificador de um processador Ryzen é formado por uma série de quatro algarismos, cada um com um propósito específico:

• O primeiro número denota a geração ou série à qual o chip pertence. Um valor mais elevado indica uma versão mais atualizada;
• O segundo algarismo serve como um indicador de desempenho. Um número mais alto sugere maior capacidade de processamento;
• Os dois últimos dígitos atuam como elementos distintivos entre os modelos dentro de uma mesma classe ou segmento.

Com base nessa estrutura, é possível discernir que o processador AMD Ryzen 9 7900 pertence à série 7000, conforme indicado pelo número 7, e oferece um nível de desempenho elevado, como sinalizado pelo número 9.

E a nova nomenclatura para os chips mobile?

A nomenclatura usada para os processadores Ryzen mobile lançados até o ano de 2022 segue o mesmo esquema dos modelos para desktops, que acabamos de ver no tópico anterior. No entanto, para os chips de 2023 em diante, a AMD estabeleceu uma nova convenção de nomenclatura:

• O primeiro número serve para indicar o ano de estreia do chip, começando com ‘7’ para os lançados em 2023;
• O segundo algarismo aponta para o nicho de mercado ao qual o chip se destina, com ‘1’ representando as versões de entrada e menos potentes;
• O terceiro dígito revela a microarquitetura na qual o processador foi baseado;
• O quarto número distingue diferentes variantes do mesmo modelo, com ‘0’ representando a opção mais modesta em termos de velocidade e ‘5’ a mais ágil.

Tomando como exemplo o processador AMD Ryzen 5 7640U, podemos decifrar o seguinte:

• O número ‘7’ indica que o chip faz parte da linha lançada em 2023;
• O ‘6’ sugere que se trata de um Ryzen 5 de alta performance;
• O ‘4’ revela que o chip opera com a arquitetura Zen 4;
• O ‘0’ especifica que é uma variante mais contida em termos de velocidade dentro de sua classe;
• O ‘U’ denota que o TDP (Thermal Design Power) do chip varia entre 15 e 28 watts.

E as letras nos nomes de cada processador?

Os quatro números que constituem a identificação de um processador podem ser seguidos por um ou dois caracteres alfabéticos. Esses sufixos servem para especificar o nível de TDP (Thermal Design Power) ou outras particularidades do chip. Confira abaixo o que significa cada uma das letras que você pode ver no nome dos chips AMD Ryzen.

• X: representa processadores com as maiores frequências e o desempenho mais robusto por núcleo;
• G: sinaliza que o componente possui capacidades gráficas embutidas e é comumente encontrado em versões mais acessíveis;
• S: aponta para chips com frequências de clock mais modestas e uma ênfase em conservação de energia;
• GE: denota um chip com frequências de clock mais baixas para economia de energia e também com gráficos integrados;
• XT: identifica CPUs com frequências de clock superiores, frequentemente lançadas como edições limitadas;
• H: sugere uma alta taxa de clock, mas com um TDP moderado, geralmente destinados aos modelos Ryzen para notebooks;
• F: indica a ausência de uma GPU embutida no chip;
• HS: sinaliza um TDP mais contido, normalmente na casa dos 35 watts, para notebooks com foco em eficiência energética;
• HX: revela que o chip possui um TDP de 55 watts ou mais;
• AF: caracteriza processadores Ryzen de baixo custo;
• C: mostra que o chip tem um TDP abaixo de 28 watts e é adequado para Chromebooks;
• U: denota que o chip tem um TDP mais baixo e é voltado para laptops ultrafinos;
• 3D: especifica que o processador vem equipado com a tecnologia AMD 3D V-Cache, que amplia a capacidade da memória cache. Este sufixo pode ser combinado com outros, como no caso do Ryzen 9 7950X3D.

Soquetes dos processadores AMD Ryzen

A AMD empregou o soquete AM4 para os processadores Ryzen de desktop das séries 1000 a 6000. No entanto, com o lançamento da série 7000 em 2022, a empresa adotou o soquete AM5 para a linha.

A distinção fundamental entre os dois tipos de soquetes reside na sua configuração física. O AM4 utiliza o formato PGA (Pin Grid Array), que possui cavidades para a inserção dos pinos do chip. Em contrapartida, o AM5 segue o padrão LGA (Land Grid Array), onde os pinos estão localizados diretamente no soquete.

Para determinar com precisão qual é o soquete associado ao seu processador Ryzen, você pode simplesmente consultar o nome do componente no site oficial da AMD. A especificação do soquete é detalhada na descrição do produto.

E os chips AMD Ryzen Z, Pro e Threadripper?

Os processadores AMD Ryzen com as denominações Z, Pro e Threadripper não são destinados a computadores domésticos. Cada um deles foi desenvolvido para um tipo específico de máquina.

A série AMD Ryzen Z foi concebida especificamente para alimentar consoles de jogos portáteis. Os chips inaugurais dessa gama são o Ryzen Z1 e o Ryzen Z1 Extreme, ambos operando com a arquitetura Zen 4 e a tecnologia gráfica RDNA 3. Esses processadores fizeram sua primeira aparição no dispositivo portátil de jogos Asus ROG Ally.

Por outro lado, a AMD Ryzen Pro é uma classe de componentes voltada para o ambiente empresarial. Esses chips são dotados de funcionalidades exclusivas para administração, segurança, otimização de consumo energético e performance, características que não se encontram nos modelos Ryzen padrão. Eles são projetados para rivalizar com os processadores Intel vPro.

Já a AMD Ryzen Threadripper é uma série de CPUs de alta capacidade, destinada a workstations, ou seja, máquinas computacionais projetadas para tarefas profissionais que exigem grande poder de processamento. Como exemplo, temos o Ryzen Threadripper Pro 5995WX, que se destaca por contar com um total de 64 núcleos de CPU.

Competição com os processadores da Intel

A série AMD Ryzen tem como principal concorrente os processadores da Intel, chamados de Intel Core. Cada classe de processadores Ryzen encontra um rival direto em uma série específica da Intel:

• AMD Ryzen 3: corresponde aos modelos Intel Core i3 e Core 3;
• AMD Ryzen 5: análogo aos Intel Core i5, Core 5 e Core Ultra 5;
• AMD Ryzen 7: comparável aos Intel Core i7, Core 7 e Core Ultra 7;
• AMD Ryzen 9: em pé de igualdade com os Intel Core i9 e Core Ultra 9.

Outras informações relevantes sobre os processadores AMD Ryzen

Será que os chips Ryzen são bons para jogos? A grande parte dos processadores Ryzen equipados com GPUs Radeon embutidas são capazes de executar jogos com qualidade visual básica ou intermediária. Para entusiastas que buscam uma experiência gráfica mais rica ou para rodar jogos mais exigentes, a utilização de uma GPU externa de alta performance é aconselhável.

Outro detalhe relevante é que a vasta maioria dos componentes Ryzen permite a realização de overclock, com raras exceções como o Ryzen 7 5800X3D, que enfrenta restrições técnicas. Para efetuar o overclock com sucesso, é necessário possuir uma placa-mãe com um chipset que suporte essa funcionalidade, como os chipsets X570 e B650, por exemplo.

E que fim levaram os processadores AMD Athlon? A linha AMD Athlon, que teve seu lançamento inicial em 1999, evoluiu ao longo dos anos para incluir modelos com diferentes graus de capacidade de processamento. Com a chegada da família Ryzen, a marca Athlon passou a ser reservada para processadores de custo mais acessível.

Por fim, enquanto a família Ryzen abrange uma ampla gama de dispositivos, os processadores AMD Epyc são especificamente projetados para servidores e oferecem desempenho de alto calibre.