Conta aí pra gente: o metaverso vai dar certo?

Conta aí pra gente: o metaverso vai dar certo?

A partir do momento em que o Facebook se tornou Meta e investiu pesado na criação do metaverso, muita gente se perguntou se a novidade vai dar certo ou não.

O que você acha? O metaverso vai dar certo? Vai dar errado? Por qual motivo? Quando? Quem, ou qual empresa, será responsável?

É isso que queremos saber de você no “Conta aí pra gente” desta sexta-feira (14), pois não haveria data melhor para se fazer essa pergunta devido ao retorno do metaverso ao foco da imprensa de tecnologia.

No dia das crianças (12), o Meta lançou o novo headset VR Meta Quest Pro, que, ironicamente, não tem como alvo crianças ou adolescentes.

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O headset Meta Quest Pro

Na verdade, esse novo headset da empresa visa levar o metaverso para o uso profissional, de acordo com o CEO Mark Zuckerberg, que afirmou que o Meta Quest Pro “é um passo em rumo às 200 milhões de pessoas que compram PCs novos todo ano para fins profissionais, em vez de utilizar a realidade virtual para tal”.

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No anúncio do novo headset VR, durante o evento Meta Connect, transmitido na última terça-feira (11), o Meta anunciou uma parceria com a Microsoft, contando com a participação de Satya Nadella, para utilizar o metaverso em ambientes empresariais.

metaverso vai dar certo
O Microsoft 365 com integração ao Meta Quest Pro leva o metaverso ao ambiente profissional.

Portanto, com o Microsoft Teams, a Microsoft e o Meta lançam uma alternativa ao Workrooms do Horizon, o metaverso do Meta. Mas, afinal de contas, o que isso tem a ver com a pergunta: “o metaverso vai dar certo?”.

Para responder isso, precisamos observar as perspectivas favoráveis e contrárias ao metaverso. Uma das perspectivas contrárias é o alto preço, sendo o Meta Quest Pro um exemplo, pois o headset custa US$ 1.499, ou R$ 7.984, na cotação atual.

Desse modo, para dar certo, o metaverso precisa de uma grande base de usuários dispostos a pagar altos valores para acessar todas as possibilidades do universo virtual.

Contudo, financeiramente falando, o metaverso já deu errado, mas Mark Zuckerberg se diz confiante.

Fracasso financeiro ou investimento?

Falando apenas do Meta, a empresa de Mark Zuckerberg já gastou mais de US$ 15 bilhões investindo no Reality Labs, a divisão responsável pela criação do metaverso. Desse ‘investimento’, 5 bilhões foram gastos apenas no primeiro semestre deste ano.

Leia mais: O metaverso custou ao Facebook US$ 10 bilhões em 2021

A empresa não revela como esse dinheiro foi gasto, ou investido, para a criação do metaverso. Entretanto, especialistas financeiros consideram que a empresa esteja desperdiçando dinheiro.

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A divisão Reality Labs emprega 21% dos funcionários do Meta.

Ontem (13), em entrevista ao Business Insider, o analista de tecnologia Dan Ives afirmou que o problema com o Meta é o fato de a empresa gastar dinheiro com o metaverso, mas sem ser transparente com os investidores. 

Para Ives, isso é um risco para Mark Zuckerberg, pois o polêmico magnata aposta, atualmente, no futuro de algo [o metaverso] durante um momento em que há “extremas tempestades” nos seus negócios primordiais.

Em contrapartida, Mark Zuckerberg visualiza um futuro positivo para o metaverso, ressaltando que a realidade aumentada e a realidade virtual são o futuro da tecnologia.

Muita gente concorda com Zuckerberg, mas também há muita gente gabaritada que discorda. Primeiramente, vamos ver quem concorda.

O metaverso vai dar certo

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Errado está aquele que acredita que o metaverso seja algo da cabeça de Mark Zuckerberg. Na verdade, Mark Zuckerberg pode levar a maioria das porradas, mas tem muita gente que acredita que o metaverso vai dar certo.

Uma dessas pessoas é Tim Sweeney, CEO da Epic Games. Como todo mundo sabe, além da Unreal Engine, a Epic Games é a desenvolvedora de Fortnite.

Em 2016, um ano antes do lançamento de Fortnite, Tim Sweeney participou da maior conferência da indústria sobre realidade virtual e aumentada, a VRX Expo.

Durante sua participação, Sweeney afirmou a vontade de criar um metaverso, afirmando à época que isso surgiria em menos de dez anos. Sweeney acertou nessa previsão, mas foi ainda mais cirúrgico quando afirmou que o fator “social” seria crucial para o metaverso.

Ou seja, sem usuários, o metaverso não funciona. Oito anos depois, Sweeney ainda continua acreditando no sucesso do metaverso, sendo um grande aliado de Mark Zuckerberg.

Durante uma apresentação dos novos avatares do metaverso, Mark Zuckerberg mostrou o seu avatar com pernas, desenvolvidas através da Unreal Engine em parceria direta com a Epic Games.

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Outra gigante que investe no metaverso é a Nvidia, maior fabricante de placas de vídeo do mundo. No ano passado, Jensen Huang, CEO da NVIDIA, afirmou que o metaverso será “o local onde criaremos o futuro”.

De acordo com Huang, no futuro, o mundo digital, ou virtual, será milhares de vezes maior que o mundo físico. No entanto, para dar certo, o metaverso precisa lidar com a infraestrutura e outros fatores.

O metaverso é uma piada

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Infraestrutura é um dos fatores em que é possível entender porque muitas empresas ainda não entraram na onda do metaverso.

Por infraestrutura, significa tanto hardware quanto software, com o exemplo das pernas no Horizon Worlds sendo nitidamente uma falta de infraestrutura.

Além disso, o metaverso precisa de uma abordagem mais colaborativa, ou seja, mais aberta, em vez de ser um monopólio de Mark Zuckerberg para poder ganhar mais grana com dados dos usuários. 

Outro enorme fator para o fracasso do metaverso é o preço dos equipamentos de realidade virtual, que não são acessíveis para todos os usuários, algo que reflete na ausência de público em tais ambientes.

Agora é a sua vez: o metaverso vai dar certo ou não?

O metaverso, certamente, já é um fracasso financeiro para o Meta. No entanto, isso não significa que o metaverso não vai dar certo. Muitas das empresas por trás da criação do metaverso acreditam em uma nova forma de economia.

Por outro lado, quem tem o pé atrás com o metaverso lembra dos exemplos da evolução tecnológica, como a internet mobile, que demorou 15 anos para se estabelecer.

A firma de pesquisa de mercado Pew Research conduziu um estudo com centenas de experts em tecnologia para aferir a opinião de especialistas sobre o metaverso. 54% dos 624 entrevistados, que incluem desenvolvedores e empresas, afirmaram que o metaverso será real em 2040, com uma experiência totalmente imersiva baseada no conceito das sete camadas.

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O restante dos entrevistados não acreditam que em 2040 o metaverso estará totalmente funcional e presente na vida de meio bilhão de pessoas no mundo inteiro.

Então, daqui a 18 anos o metaverso estará funcionando? Será que vai dar certo? Você concorda com essa estimativa ou acredita que teremos um metaverso totalmente funcional antes de 2040?

Agora é sua vez de opinar. Conta aí pra gente se você acha que o metaverso vai dar certo ou se é mais uma maluquice da indústria. Fique à vontade para também postar mais informações sobre o metaverso, contrárias ou não, esse é o seu momento de falar.

 

A seção “Conta aí pra gente” é um quadro fixo do Hardware.com.br em que temas interessantes sobre o mundo da tecnologia são colocados em pauta para que você, leitor, participe e interaja conosco 😉

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