ANÁLISE: DDR4 Pichau Gaming T-Force Vulcan 16 GB (2x 8 GB)

Há alguns meses publicamos a análise dos SSDs PG512X e PG256X, ambos fazem parte da linha Pichau Gaming, uma aposta da loja Pichau Informática em colocar seu nome em alguns produtos. Além de SSDs, essa linha também engloba gabinetes, watercoolers, fontes, cadeiras gamer, mousepads, periféricos e até memórias RAM. Esse último componente é o tema da análise de hoje.

Recebemos da Pichau memórias da linha Pichau Gaming T-Force Vulcan, uma parceria entre a loja de computadores e componentes e a Team Group, marca tradicional nesse universo de memórias RAM. Fundada em 1997, além de memória RAM, a taiwanesa Team Group também tem em seu portfólio SSDs, cartões de memória, pendrives e acessórios para o mercado mobile.

Sua principal família de produtos é a T-Force, ela engloba os componentes gaming da Team Group. Uma das linhas que fazem parte dessa família é a Vulcan, que é justamente essa memória que estamos analisando. 

As memórias Team Group T-Force Vulcan estão disponíveis em cinco opções em termos de frequência: 2400 MHz, 2666 MHz, 2800 MHz, 3000 MHz e 3200 MHz. No caso das versões Vulcan englobadas na linha Pichau Gaming há somente as versões de 2400 MHz, 2666 MHz, 3000 MHz e 3200 MHz. O modelo que recebemos para teste é o de 3000 MHz. 

Design e construção

Em termos de design, as versões Pichau Gaming da linha Vulcan não tem praticamente nenhuma diferença quando comparada aos modelos Vulcan fora dessa parceria. O estilo do heat spreader, o dissipador, é o mesmo. As diferenças ficam por conta da inscrição Pichau Gaming no topo e o logo da Pichau na parte frontal nos dois lados do dissipador de alumínio, e também pelo esquema de cores do dissipador. 

São duas opções de cores exclusivas na linha Pichau Gaming Vulcan. Uma delas, na minha opinião a mais bonita, tem um esquema de cores preto e vermelho com alguns detalhes poligonais. A outra opção tem um estilo camuflado e, ao invés do logo da Pichau na parte inferior do dissipador, há a imagem de uma caveira.

No quesito construção, as memórias Pichau Gaming T-Force Vulcan utilizam uma placa de textolito na cor preta.  “Abraçando” a memória temos o dissipador que é de perfil baixo, o que é muito bom pensando na compatibilidade com os mais variados coolers, até os mais gigantes, como os da Noctua. 

Num dos lados do dissipador da memória há um adesivo com algumas informações, como o número de série, a frequência de operação e seus timings correspondentes, assim como a capacidade do módulo, neste caso 8 GB. 

O conteúdo da embalagem inclui o módulo, alguns papéis e um adesivo da linha T-Force. Vale lembrar que, diferentemente da Team Group que vende as memórias Vulcan em kits de 16 GB (2×8 GB), a Pichau Gaming aposta somente na venda de módulos individuais de 8 GB. 

Performance

Vamos agora verificar do que a memória Vulcan é capaz. O teste foi realizado com dois módulos de 8 GB, numa configuração dual-channel. A configuração utilizada no teste foi a seguinte:

Configuração utilizada no teste

• Placa-mãe: Gigabyte Z370XP-SLI
• Processador: Core i7-8700K
• Cooler: watercooler PCYes NIX RGB 360mm
• Memória RAM: 2x 8 GB Pichau Gaming T-Force Vulcan
• Placa de vídeo: RTX 2080 Ti Founders Edition
• SSD: WD Black SN 750 de 1 TB
• Fonte: Corsair CX650
• Sistema: Windows 10 Pro 64-bit

Os dois módulos da memória utilizados no teste contam com um perfil XMP, o que permite que elas operam com 3000 MHz. Lembrando que o perfil XMP é uma forma de automatizar o processo de overclock, a memória é iniciada com uma frequência mais baixa (no caso desse módulo é 2400 MH), seguindo o padrão JEDEC, mas com o perfil XMP, habilitado na BIOS, você aplica um conjunto de ajustes automáticos de timings e frequência. Caso queira saber mais sobre perfil XMP clique aqui. 

Outro ponto importante a destacar é que o teste foi feito com a versão mais atual da BIOS disponível para este modelo de placa-mãe. 

Começamos o teste com o perfil XMP desabilitado, o que significa neste modelo que a memória está operando a 2400 MHz. Vamos checar isso com o software CPU-Z. Primeiro vamos dar uma olhada na aba SPD. O SDP (Serial Presence Detect) é um chip EEPROM que armazena todos os parâmetros sobre como a memória irá operar.

Nesta aba conseguimos ver como a memória irá operar via perfi JEDEC como também quando o XMP estiver habilitado. Lembre-se que os valores precisam ser dobrados já que estamos tratando de memórias DDR. Exemplo, na área XMP, o número 1500 Mhz tem que ser entendido como 3000 MHz.

Na aba memory do CPU-Z podemos conferir como a memória está operando no momento. Observe que é mencionado 1200 MHz (2400 MHz) em DRAM Frequency. Logo abaixo temos os timings: CL16 – 16 – 16 -39. Esses timings estão diferentes do que está no adesivo colado no dissipador da memória: 16-18-18-38, assim como a tensão, que no caso do adesivo é mostrado 1,3v, e no CPU-Z 1,2V. Isso acontece porque o adesivo na memória cita os números de quando a memória está em 3000 MHz, isto é, com o perfil XMP habilitado. Como estamos rodando com uma frequência menos agressiva, há realmente essa diferença nos timings e tensão.

Agora vamos para um olhar mais profundo sobre as especificações das memórias. Para isso, rodamos o software  Thaiphoon Burner. Confira abaixo:

Passamos agora para o AIDA 64. Rodamos a ferramenta de benchmark de memória do software. Essa ferramenta testa a largura de banda da memória – leitura, gravação e cópia. A latência também é verificada. Confira abaixo o resultado, tanto em 2400 MHz quanto em 3000 MHz – com o perfil XMP habilitado.

2400 MHz

3000 MHz

Também aplicamos um overclock manual na memória. Conseguimos manter estável 3300 MHz com CL18. O resultado foi o seguinte:

3300 MHz

Rodamos também o transcodificador de vídeo open-source HandBrake. Encodamos um vídeo Full HD em MKV para MP4 em HD a 30 fps e cronometramos o resultado, afim de verificar as diferenças em relação aos três perfis de frequência – o padrão, o XMP e o overclockado manualmente.

Resultado

2400 Mhz – 10:00.12

3000 MHz – 09:50.23

3300 MHz – 09:27.60

Especificações:

• Marca: Team Group;
• Modelo:TLPBD48G2666HC18H01;
• Tipo: DDR4;
• DRAM: chips Samsung B-Die
• Frequência: 2400 MHz (3000 MHz com XMP habilitado);
• Latência: CL16-18-18-38 (3000 MHz);
• Voltagem: 1.2v;
• Dissipação: dissipador de calor de alumínio;
• Dimensões: 32 x 140 x 7 mm

Pontos positivos

• Design
• Performance

Pontos negativos

• Dissipador não é tão robusto

Veredito

Embora no Brasil não seja tão badalada quanto outras marcas de memória, a Team Group cumpre bem o seu papel, isso ficou evidente nesta análise do modelo Vulcan em parceria com a Pichau. Operando por padrão a 2400 Mhz, conseguimos eleva-la até 3333 MHz de forma estável, sem sacrificar tanto o CL, passamos de CL16 para CL18.

A parceria entre a Pichau e a Team Group teve como resultado duas opções de dissipador que não está normalmente no lineup da linha Vulcan, ampliando o poder de escolha para o usuário. Estamos diante de uma memória que sai totalmente do raio de ação daqueles que procuram um grande destaque na parte visual, já que não há iluminação RGB – recurso cada vez mais comum, não o só em RAM mas em tudo relacionado a hardware. A meu ver, isso é bem interessante, pois garante que todos os perfis de público sejam atendidos.

Além do design mais simplista, a linha Vulcan entrega um dissipador não tão robusto quanto o de outras linhas da própria Team Group, como a Vulcan Z, lançada no ano passado, mas, em termos de performance geral, a Pichau Gaming T-Force Vulcan não decepcionou.

Falando de preço, a Pichau Gaming T-Force Vulcan está alinhada com outras memórias de 3000 MHz disponíveis no mercado, custando na faixa dos R$ 300, inclusive, em determinados momentos é bem possível você encontrar a Vulcan de 3200 MHz com uma diferença de preço bem pequena em relação ao modelo de 3000 MHz. Caso esta memória esteja no seu radar, vale a pena ficar de olho nessas promoções.