Requisitos para o Windows 8 serão os mesmos do Windows 7

Requisitos para o Windows 8 serão os mesmos do Windows 7

Durante a Worldwide Partner Conference 2011 (WPC) a Microsoft esclareceu alguns pontos sobre o Windows 8 que ainda geravam dúvidas por quem não vem acompanhando o sistema de perto.

Tela inicial do Windows 8

Os esclarecimentos tentam tranquilizar quem achou o Windows 8 “muito diferente” ao ver as notícias anteriores, como a demonstração e screenshots de versões vazadas.

A melhor delas é a confirmação que o Windows 8 deverá rodar em qualquer computador que já roda o 7, sem precisar de upgrade. Por sua vez, o 7 normalmente é associado ao seu antecessor, o Vista: onde o Vista roda, o 7 geralmente roda também, até melhor. Basicamente algo com processador de 1 GHz ou mais, 1 GB de RAM, uns 16 GB de espaço em disco e GPU compatível com DirectX 9 (para os efeitos gráficos).

Muita gente criticou o Vista pela sua exigência de memória na época em que o padrão era ter 256 MB de RAM, só uns poucos lançamentos vinham com 512 MB ou 1 GB. Todavia a mudança foi feita e beneficiou não só o Windows como também outros sistemas, hoje é impensável usar uma distro Linux atual ou o Mac OS X com menos de 1 GB (não é impossível, mas não se tem a melhor experiência com programas e jogos atuais). Felizmente hoje qualquer computador ou notebook vem com 4 GB a preço de mercado, então este é um problema com o qual não nos preocuparemos tão cedo novamente.

A divulgação dos requisitos do Windows 8 também alivia quem pensa em fazer upgrade ou trocar de computador, já que poderá fazer agora mesmo, sem esperar pelo Windows 8.

Manter compatibilidade com o hardware atual será essencial no ramo corporativo, afinal a MS insistiu para que as empresas adotassem o 7. E ainda insiste, por ela todo mundo deveria usar o 7 sem esperar chegar o 8, exatamente como na época do desenvolvimento do 7 – em que ela recomendava não esperar, partir para o Vista assim mesmo. Segundo a divulgação, dois terços dos computadores corporativos ainda estão com Windows XP. A MS quer que migrem para o 7, o que vai ser difícil agora. Apesar disso, o Windows 7 teve uma boa recepção e já vendeu mais de 400 milhões de licenças.

Outra questão é a compatibilidade com as aplicações. Quando foi divulgado que o Windows 8 rodaria apps feitas em HTML 5 não faltaram comentários de que o desenvolvimento win32/64 estaria morto. Na verdade não é isso, o Windows não pode perder a compatibilidade com os softwares criados há vários anos atrás, senão um dos melhores pontos positivos da plataforma seria desfeito. Como mostrado no vídeo, será fácil alternar para as apps “antigas” com o desktop clássico.

O sistema de arquivos, pastas e tudo mais continuará existindo da mesma forma. O que vai mudar, na verdade ser adicionado, é um novo meio de acessar estes dados. Nas aplicações que usam a nova interface um seletor de arquivos diferente será apresentado. Em vez da tela “abrir”, uma tela diferente, mais amigável ao toque, trará exatamente os mesmos arquivos das pastas tradicionais – claro, provavelmente filtrados dependendo do aplicativo em questão. Não será necessário manter cópias diferentes dos arquivos para as aplicações novas e as tradicionais.

Na questão de aplicações a única dúvida maior que ainda resta é sobre ARM: sabe-se que o Windows 8 rodará em processadores ARM, equipando tablets e talvez outras categorias de dispositivos. Só que estes processadores não rodam os aplicativos compilados para x86. Até o momento não ficou claro se a MS fará um sistema de tradução para as apps antigas funcionarem de forma transparente (similar ao Rosetta, do Mac, que permitia rodar apps PowerPC em processadores Intel; aliás ele foi descontinuado no OS X Lion). É provável que não, aparentemente seria difícil fazer algo considerando o consumo de bateria e desempenho, mas quem sabe, visto que os processadores ARM também evoluem… O Office pelo menos terá versão nativa para ARM, provavelmente as ferramentas atualizadas do Visual Studio facilitarão o port das aplicações de terceiros atuais – deixando de fora as apps criadas por outros compiladores, naturalmente.

Sem as apps clássicas os tablets com Windows precisarão de aplicativos específicos. Aí entra o HTML 5, que permite desenvolver muita coisa com a vantagem de ser multiplataforma. Particularmente ainda sou muito cético quanto ao HTML 5, é difícil imaginar que ele substituirá com eficiência a curto e médio prazo programas compilados (executáveis) ou com interpretadores já bem estabelecidos (como Flash ou Silverlight). De qualquer forma, nos tablets as pessoas não irão fazer tudo o que fazem nos computadores, o desktop não vai morrer tão cedo para executar tarefas pesadas.

Se você quiser acompanhar as divulgações oficiais sobre o Windows 8, um bom local é esta página no site da MS.

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