O Spotify anunciou nesta quarta-feira (16) o lançamento de um concorrente para o Clubhouse e o Twitter Spaces. Trata-se do Spotify Greenroom, o mais novo aplicativo de conversas de voz em tempo real com várias pessoas. O serviço de streaming de música comprou, no primeiro trimestre, a rede social Locker Room. Foi a expertise dela que possibilitou a criação do Greenroom.
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O Clubhouse estourou no começo de 2021, virando uma grande febre. A exclusividade para donos de iPhone e a necessidade de convite para entrar na rede social foram os impulsionadores do serviço. Com o sucesso estrondoso do Clubhouse, os grandes players do mercado logo correram para criar suas soluções. Foi o caso do Twitter, Facebook, Telegram e até o LinkedIn.
Mas o Spotify em nenhum momento demonstrou qualquer interesse em criar um aplicativo semelhante. Até que ele comprou o Locker Room. Essa é uma rede social para amantes de esportes. E uma de suas funcionalidades é permitir conversas por voz em tempo real.
O Spotify comprou a ferramenta, a reformulou, adicionou a identidade visual da marca, mudou o nome para Greenroom e fez o lançamento do aplicativo para Android e iOS. O legal é que você pode usar as suas credenciais do Spotify (login e senha) para acessar o Greenroom.
Todos os usuários podem criar e participar de salas. As conversas ocorrem principalmente por áudio, mas é possível escrever comentários em uma área específica para isso. Logo ao fazer o cadastro, você informa quais são suas áreas de interesse. Baseado nisso, o Spotify Greenroom sugere salas de bate papo para você entrar.
Uma funcionalidade bem interessante do Greenroom, é a gravação de todos os sons e conversas que acontecem na sala. Essa é uma função opcional, habilitada pelo criador da sala. As gravações serão usadas para investigação de qualquer incidente, caso eles ocorram. O criador da sala poderá requisitar a gravação a qualquer momento.
Além disso, haverá uma política de monetização do Spotify Greenroom. Similar aos moldes do YouTube, os criadores de conteúdo vão poder se cadastrar no Creator Fund e passar a serem monetizados pelo conteúdo criado e disponibilizado na plataforma. No entanto, há algumas regras que devem ser seguidas. O criador de conteúdo não pode ser:
- Menor de idade;
- Morar fora dos Estados Unidos;
- Participar de algum acordo comercial com o Spotify e que exclui a possibilidade de entrar no Fund;
- Ser funcionário ou contratado pelo Spotify;
- Violar as políticas da plataforma de streaming ou então os direitos autorais.
Essa ferramenta de monetização vai começar a funcionar nos próximos meses. E os ganhos levam em conta a quantidade de pessoas dentro da sala e o consumo do conteúdo que for veiculado na sala.
Fonte: Spotify