A rede social X, antes conhecida como Twitter, foi suspensa no Brasil por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O bloqueio veio depois que Elon Musk, dono da plataforma, não seguiu várias ordens judiciais, incluindo ter um representante legal no país, como o Marco Civil da Internet exige. Agora, o Brasil se junta a outros países que já proibiram a rede social, cada um por seus próprios motivos.
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Conheça alguns países que bloquearam o X
1. China
Em 2009, a China baniu o X após protestos em Urumqi. Preocupado com a propagação de informações que poderiam incentivar mais manifestações, o governo fechou a rede social. Desde então, a China controla estritamente as plataformas digitais com seu “Grande Firewall”, limitando o acesso a redes sociais ocidentais.
2. Coreia do Norte
A Coreia do Norte bloqueou o X em 2016. O governo restringe muito o uso da internet, permitindo apenas a alguns oficiais e pessoas com permissão especial usá-la sob vigilância. O objetivo é prevenir a influência de informações externas na população.
3. Irã
Durante os protestos da Revolução Verde em 2009, o Irã bloqueou o X. O governo disse que a plataforma estava sendo usada para organizar manifestações contra os resultados das eleições presidenciais. O X, assim como outras redes como o Facebook, segue inacessível para os iranianos.
4. Rússia
A Rússia começou a restringir o X em 2021, dizendo que a rede social espalhava conteúdo ilegal. Com a guerra na Ucrânia em 2022, o governo russo baniu oficialmente a plataforma. Ainda assim, muitos russos acessam o X usando VPNs.
5. Mianmar
Após o golpe militar de 2021, Mianmar bloqueou o X, alegando seu uso para organizar protestos contra o novo regime. O governo militar controla fortemente o acesso à internet para silenciar a oposição.
6. Turcomenistão
Em 2010 o Turcomenistão bloqueou o X e outras redes como parte de uma política de censura. O país limita o acesso à internet, promovendo apenas canais estatais de informação.
7. Paquistão
O X foi bloqueado no Paquistão em 2024, após eleições legislativas. O governo citou “razões de segurança”, pois a rede era usada para denunciar fraudes eleitorais. A suspensão continua até hoje.
8. Venezuela
Em agosto de 2024, a Venezuela suspendeu o X durante protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro. O governo inicialmente impôs um bloqueio de 10 dias, mas a plataforma segue fora do ar. A medida responde às críticas e atos organizados pela oposição através da rede.
9. Brasil
Em agosto de 2024, o Brasil suspendeu o X após a rede, gerida por Elon Musk, desobedecer ordens judiciais repetidas vezes. A falta de um representante legal da plataforma no país motivou a decisão do STF. O bloqueio mostra a preocupação das autoridades brasileiras em fazer grandes empresas de tecnologia cumprirem as leis locais, especialmente em tempos de debates sobre a disseminação de fake news.
O X/Twitter já acatou ordens judiciais
Embora não tenha cumprido as decisões judiciais no Brasil, o X já obedeceu a ordens em outros países sob a direção de Elon Musk.
Índia
Na Índia, o X enfrentou uma disputa legal em 2021, quando o governo pediu o bloqueio de contas apoiando protestos de agricultores contra o primeiro-ministro Narendra Modi. Inicialmente, o Twitter resistiu, mas em 2024, já com Musk no comando, o X bloqueou as contas. Apesar de discordar, a empresa acatou para manter o serviço disponível na Índia.
Turquia
Em 2023, o X seguiu as diretrizes do governo turco, liderado por Recep Tayyip Erdoğan, para restringir contas e posts da oposição antes das eleições presidenciais. A empresa justificou a ação como necessária para manter o serviço no país, apesar das críticas sobre interferir na liberdade de expressão.
Austrália
Na Austrália, o X removeu conteúdos violentos conforme ordens judiciais. O governo exigiu a remoção de postagens e vídeos de ataques em Sydney, vendo-os como inapropriados e nocivos ao público.
Esses casos mostram que, enquanto o X lida com desafios legais em diversos lugares, suas ações variam de acordo com o contexto e a pressão das autoridades locais.
Fonte: Biz Boost