Google lança IA Bard no Brasil; veja como usar

O Google Bard, uma inteligência artificial generativa que rivaliza com o ChatGPT, foi oficialmente lançado no Brasil. O Bard foi anunciado pela primeira vez em fevereiro, mas os primeiros testes públicos só começaram em março, apenas nos EUA e Reino Unido.

Devido a isso, a ferramenta já acumulou um grande interesse do público em geral e era ansiosamente aguardada pelos brasileiros. Pois bem, a espera acabou. Os usuários brasileiros podem interagir com a IA em português. Além do Brasil, o Google Bard também foi lançado em outros 27 países da União Europeia. Vale lembrar que em maio a ferramenta de IA do Google já havia sido lançada em 180 países.

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Google Bard já chega “localizado” para o Brasil

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O Google Bard é baseado em um grande modelo de linguagem (LLM – Large Language Model) que permite compreender o que é solicitado pelo usuário e, em seguida, propor respostas. Apesar de ser um experimento, como afirmado repetidamente pelos porta-vozes do Google, a empresa está otimista sobre como a IA generativa pode ajudar as pessoas no dia a dia.

Um ponto positivo é que o Google Bard já chega totalmente “localizado” para o Brasil. Isso significa que ele foi treinado e corrigido nos últimos três meses para compreender nuances e temas sensíveis em cada novo local onde está disponível.

Organizações parceiras apoiaram o Google no processo de “localizar” o Bard, garantindo que a ferramenta esteja adaptada ao público brasileiro. Sobre isso, Bruno Pôssas, vice-presidente global de engenharia para a Busca do Google disse o seguinte:

Revisores brasileiros puseram a mão no Bard nos últimos três meses, o sistema foi testado exaustivamente pela comunidade interna de colaboradores do Google”.

Novas funcionalidades chegam ao Google Bard

bard adjust responses

O Google Bard pode ser usado para uma grande variedade de tarefas, incluindo a criação de textos, como pedidos de desculpas ou convites, pedir dicas de lugares, encontrar orientações para dúvidas do dia a dia, como recomendações para leitura, e buscar passo a passo para explicar um tema a outras pessoas.

Além de sua disponibilidade no Brasil, o Google Bard também recebeu novas funcionalidades. No entanto, vale ressaltar que algumas novidades só estão disponíveis em inglês.

A partir da atualização desta quinta-feira (13), os usuários podem executar as seguintes funções:

  • Fixar e nomear conversas;
  • Ouvir as respostas em voz alta;
  • Escolher entre cinco estilos de resposta: simples, longo, curto, profissional ou casual (disponível apenas em inglês);
  • Exportar código Python para o Replit, além do Google Colab;
  • Enviar imagens para fazer perguntas ou dar comandos ao Bard por meio da tecnologia Google Lens (disponível apenas em inglês).

Como acessar o Google Bard

bard pin conversations

Para acessar o Google Bard, basta entrar no endereço bard.google.com e fazer login com sua conta Google. A interface em português será oferecida por padrão, mas você também pode interagir com o Bard em outros idiomas.

Apesar de ser uma novidade, o Google Bard já se envolveu em algumas polêmicas. Por exemplo, a ferramenta foi acusada de ser “pior que inútil” e um “mentiroso compulsivo” por funcionários da empresa e de favorecer a desinformação. Além disso, houve alegações de que o Bard foi treinado usando o rival da OpenAI, o que o Google negou veementemente.

No entanto, o Google está confiante de que o Bard é capaz de criar conteúdo de maneira responsável, inclusive indicando a fonte de onde vieram as informações geradas. A empresa também garantiu que não usa dados pessoais privados de usuários dos serviços Google para treinar a ferramenta, se limitando apenas à “informação pública disponível na web”.

Com o lançamento do Google Bard no Brasil, a empresa espera ouvir feedbacks de todos os públicos envolvidos com a ferramenta para melhorar ainda mais a experiência do usuário. Ainda é cedo para dizer como o Bard será recebido pelo público brasileiro, mas sem dúvida é um passo significativo na expansão da IA generativa no país.

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Cearense. 37 anos. Apaixonado por tecnologia desde que usou um computador pela primeira vez, em um hoje jurássico Windows 95. Além de tech, também curto filmes, séries e jogos.
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