A Rússia tem acelerado o processo de testar como seria uma realidade em que o país fique desconectado do resto do mundo, em reação à internet global. A Lei “internet soberana”, promulgada pelo governo do país – que permite bloquear o conteúdo on-line em “emergências” – entrou em vigor em novembro passado, e o presidente Vladimir Putin assinou recentemente uma lei que proíbe a venda de equipamentos sem aplicativos russos pré-instalados.
O Ministério das Comunicações da Rússia anunciou essa semana que testou com sucesso uma alternativa à Internet em escala nacional. Como a rede funciona, ninguém sabe, mas o Ministério das Comunicações da Rússia confirmou que os usuários não notaram nenhuma alteração na navegação durante o período de teste.
Países como China, Irã e Arábia Saudita já tinham políticas que restringem o conteúdo que os cidadãos podem acessar e como podem se comunicar com outros na Internet. O projeto RuNet da Rússia, permite ao governo filtrar conteúdo sensível por meio de seus próprios mecanismos de censura. O Runet ” exige que os ISPs e as empresas de telecomunicações configurem a Internet dentro do território nacional como uma intranet gigante, como costuma fazer uma grande corporação” – Professor Alan Woodward, cientista Computador na Universidade de Surrey, disse.
Esse tipo de infraestrutura dificulta o acesso às VPNs ao conteúdo bloqueado. E, de fato, é difícil dizer o quão bem-sucedido o teste foi, ou o quão longe a Rússia foi no processo de avançar em direção ao seu próprio objetivo de criar o Grande Firewall.