Com barreiras que limitam o acesso a tecnologias avançadas, devido a briga colossal contra os EUA, a China vem colocando muito dinheiro na mesa para ser um player importante em dois segmentos que podem ditar o futuro, e, por tabela, elevar o poder que algumas nações terão: inteligência artificial e robótica humanoide.
Essas duas vertentes podem caminhar lado a lado, já que a IA está potencializando robôs para que possam estar inseridos na sociedade de inúmeras maneiras, até mesmo fazendo tarefas básicas como dobrar roupas.
Uma das empresas que tem se destacado nesse ponto é a Tesla, de Elon Musk, com o robô Optimus. Musk está apostando alto no futuro dessas máquinas, inclusive afirmando que esses robôs poderiam vriar uma espécie de babá do futuro.
No entanto, a Tesla não está sozinha nessa. Algumas empresas, como a chinesa Zhiyuan Robotics, também conhecida como Agibot, estão nessa briga por espaço.
Robôs humanoides: a próxima grande disrupção
O governo chinês considera os robôs humanoides um marco tecnológico tão disruptivo quanto os smartphones e os carros elétricos. Segundo o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação, a meta é estabelecer uma produção em massa avançada desses robôs até 2025, com projeção para que eles se tornem motores de crescimento econômico até 2027.
A2: o robô que impressiona pela precisão
A Agibot, fundada por Peng Zhihui, ex-engenheiro da Huawei, vem se destacando com modelos projetados tanto para uso doméstico quanto industrial. Entre eles, o A2 chama atenção:
- Altura e peso: 1,75 metro e 55 quilos.
- Capacidades: Equipado com sensores que permitem ver, ouvir e interpretar dados externos em áudio e texto. Sua precisão é tamanha que consegue realizar tarefas como inserir um fio em uma agulha.
- Foco multimodal: É capaz de executar ações complexas que exigem processamento avançado de dados em tempo real.
Até dezembro de 2024, a Agibot já havia produzido 962 robôs humanoides, superando amplamente sua meta inicial de 300 unidades para o ano.
Concorrência com gigantes globais
A corrida pelos robôs humanoides de uso geral está apenas começando, e a China vem desafiando gigantes como Tesla e Boston Dynamics. Enquanto a Tesla apresentou o Optimus, com preço estimado em US$ 20 mil, outras startups chinesas e americanas, como a Apptronik, também estão entrando na disputa com soluções próprias.
No entanto, a Agibot busca posicionar seus robôs como alternativas tanto para tarefas domésticas quanto comerciais, incluindo operações logísticas e industriais.
Preço da inovação
Embora o custo ainda seja elevado, com robôs como o Expedition A1 da Agibot sendo comercializado por cerca de US$ 26 mil, a tendência é que os preços sejam reduzidos à medida que a tecnologia avance e a produção em massa se consolide.
O futuro
A China aposta alto no desenvolvimento da robótica humanoide como um pilar estratégico para sua economia e como resposta às restrições tecnológicas do Ocidente. Com quase mil robôs já prontos, a revolução que antes parecia ficção científica está cada vez mais próxima de se tornar realidade.
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