Por um lado, a Qualcomm está buscando maneiras de expandir sua presença no crescente mercado de PCs. Por outro lado, a Intel está passando por desafios financeiros significativos. Embora as possibilidades possam parecer pequenas no momento, uma oportunidade de negócio pode estar emergindo: surge a informação de que a Qualcomm demonstrou interesse em adquirir partes da divisão de design de chips da gigante Intel.
Baseando-se nas informações obtidas pela Reuters, duas fontes com conhecimento próximo ao assunto mencionaram que a Qualcomm explorou (e talvez ainda esteja considerando) a aquisição de determinados segmentos da Intel, com o objetivo de reforçar seu próprio portfólio de produtos e tecnologia.
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Qualcomm mira agora no segmento de desktops
O foco principal da Qualcomm parece recair sobre a divisão de design de chips voltada para PCs da Intel.
No entanto, mesmo que outras unidades da Intel não estejam completamente fora de cogitação, há setores específicos, como o de chips para servidores, que podem não se alinhar estrategicamente com os interesses da Qualcomm, conforme destacado por uma das fontes consultadas pela Reuters.
Para a Qualcomm, a aquisição de uma divisão direcionada para PCs seria uma jogada estratégica neste momento. A empresa já fez movimentos significativos no espaço dos notebooks, lançando recentemente os impressionantes chips Snapdragon X Elite e Snapdragon X Plus, e é evidente que esses esforços estão começando a render frutos. Grandes fabricantes como Asus, Dell e Lenovo já introduziram notebooks equipados com esses novos processadores.
Além disso, indicações apontam que a Qualcomm pode estar planejando uma entrada mais marcante no mercado de desktops. Nesse cenário, adquirir recursos da Intel poderia representar uma vantagem imensa, especialmente levando em conta a experiência mais limitada da Qualcomm nessa área do mercado.
Intel não confirma a informação
Em resposta às especulações, a Intel informou à Reuters que não foi procurada pela Qualcomm e que mantém um compromisso sólido com seu ramo de PC. Essa declaração parece sugerir que a Intel não tem interesse em desmembrar suas valiosas divisões de design de chips para PCs.
Por outro lado, diante da crise econômica que enfrenta, a Intel pode ser forçada a considerar a venda de alguns dos seus negócios para estabilizar suas finanças. Como parte de suas estratégias reativas, a companhia já anunciou uma redução drástica de 15 mil postos de trabalho.
Uma outra medida adotada pela Intel, possivelmente como uma resposta estratégica à crise, é a decisão de pular a implementação da tecnologia 20A e avançar diretamente para o processo de produção de chips 18A, o que provavelmente resultará em economia de custos para a fabricação de semicondutores mais modernos e eficientes.
Existe também a expectativa de que a onda atual de inovações em inteligência artificial possa elevar a demanda por computadores mais poderosos e avançados entre os consumidores. A Intel está atenta a essa tendência, acompanhando de perto concorrentes como AMD e a própria Qualcomm. Isso sinaliza que os próximos meses apresentarão desafios consideráveis para a Intel.
Quanto à Qualcomm, quando contatada pela Reuters, a empresa optou por não fazer comentários a respeito das especulações.
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