O mercado internacional de revenda de placas de vídeo está imundado de VGAs. A queda acentuada no valor de negociação de criptomoedas como Ethereum (ETH), desabou o castelo de cartas dos mineradores, que correm agora para tentar se desfazer das inúmeras peças adquiridas para rigs de mineração.
É uma verdadeira corrida contra o tempo para desovar essas placas que estão perdendo valor rapidamente.
Segundo dados da Bloomberg, com dados contabilizados até o final de maio, o preço de revenda das placas de vídeo vendidas em mercado paralelos já caiu cerca de 50%. Na China alguns mineradores estão recorrendo até mesmo as transmissões ao vivo para tentar captar mais atenção e vender o mais rápido possível os componentes. Vale lembrar que a China fechou o cerco contra a mineração e criptomoedas. No ano passado, o país proibiu a mineração e declarou ilegal transações com criptomoedas.
É sempre importante frisar o risco que é comprar uma placa de vídeo que foi utilizada para a mineração. Segundo dados da fabricante Palit, placas usadas em mineração podem perder até 10% da performance em um ano.
Em alguns casos, a VGA opera sob total estresse. Logo, há uma aceleração na deterioração do sistema de resfriamento da placa e também uma aceleração na oxidação, o que pode causar falha no processador gráfico (GPU) ou dos chips de memória.
Somado a desvalorização, a Etheruem está passando por um momento determinante, a transição do mecanismo de consenso prova de trabalho (PoW) para prova de participação (PoS). Essa troca dará inicício ao Etheruem 2.0.
Como explica o Infomoney, “a mudança permitirá que usuários mantenham moedas depositadas em uma carteira para dar amparo a operações na rede em troca de recompensas em ETH – ou seja, funciona como investimento passivo em cripto”.
Graças a atualização, batizada de The Merge, apontada como o update mais importante da história do protocolo, o processo de mineração será alterado. É um adeus a mineração de ETH descentralizada, com a GPU como um elo fundamental, como conhecemos.
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Com a conclusão da transição, que deve ocorre entre o fim do ano ou início de 2023, a mineração tradicional de Etheruem será apenas uma lembrança, mantida numa outra altcoin que visa preservar este legado, a Ethereum Classic.
Mesmo deixando de lado essa transição, a própria evolução da ETH escancara o crescimento na dificuldade da mineração, em termos de hash rate, já que, quanto mais mineiros estiverem minerando, mais difícil é encontrar um bloco e ser recompensado.