Placas de vídeo usadas para mineração perdem 10% da performance em um ano, indica Palit

Placas de vídeo usadas para mineração perdem 10% da performance em um ano, indica Palit

A Palit Microsystems, uma das fabricantes de placas de vídeo mais antigas do mercado, fez um alerta sobre a relação entre a mineração e a queda da performance da placa de vídeo – elemento central quando falamos da mineração de altcoins como o Ethereum (ETH).

De acordo com representantes da companhia, em declaração ao site polonês Benchmark.pl, testes independentes mostram que depois de um ano de operação a performance da placa é reduzida em 10%, quando comparada com placas zeradas.

O desapego de placas de vídeo usadas para mineração

Com a desvalorização da, até então, altcoin da vez, Ethereum, centenas de placas de vídeo usadas para mineração estão aparecendo no mercado de usados, principalmente na China.

Aliás, a China vem fechando o cerco quando o assunto é mineração. Algumas províncias do país já proibiram a prática, até mesmo bancos não estão podendo mais utilizar Bitcoin.

Esse desapego de placas de vídeo pode impulsionar ainda mais o mercado paralelo de compra e venda de VGAs usadas.

No entanto, caso a placa tenha sido usada para mineração redobre a atenção ao estado da mesma e esteja a par das consequências.

O ponto central não é nem a mineração em si.

placas de vídeo

“Operações anormais”

Em maio, a taiwanesa GALAX alertou que a garantia de SSDs utilizados para mineração teriam sua garantia negada.

A companhia justificou com o fato de se tratar de uma “operação anormal”, já que o volume de gravação de dados é muito superior ao padrão para o uso diário. A Team Group fala que SSDs convencionais (TBW mais restrito) utilizados para mineração podem ser danificados em 40 dias.

O mesmo argumento vale para as placas de vídeo.

Sob extremo estresse

A mineração coloca a VGA sob uma condição de trabalho que foge completamente do cenário “gamer”, em que a placa de vídeo é estressada por algumas horas durante uma tarefa condizente com seu foco de mercado.

Os representantes da Palit destacam que em determinadas situações os responsáveis pela mineração deixam as placas em condições bem específicas, aplicando até uma redução na frequência de operação.

Isto contribui para a redução da carga de trabalho sobre a placa e também contribui para uma maior eficiência energética.

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Porém, há também o caso em que a placa de vídeo funciona sob total estresse.  Dessa maneira, há uma aceleração na deterioração do sistema de resfriamento da placa e também uma aceleração na oxidação, o que pode causar falha no processador gráfico (GPU) ou dos chips de memória.

Pode ser tentador adquirir uma placa por um preço tão mais baixo do que um modelo novo.

placa de vídeo-mineração

Porém esse ponto de pensar a longo prazo, ainda mais se falarmos em mercado onde tudo é caro, como no Brasil, é essencial.

Vale também pontuar que a Palit é uma fabricante de placas, logo, depende de um giro em relação a esse fluxo de compra de novas VGAs.

Nenhum fabricante iria defender de modo ferrenho o mercado de usados. O ponto da queda da performance não vale apenas para a mineração em si. A mineração é somente mais uma condição adversa de uso para a placa.

Não é possível identificar se placa de vídeo foi utilizada para mineração

placas de vídeo

Os representantes da Palit afirmam que não possuem ferramentas para atestar quando uma placa de vídeo serviu para mineração

Alguns pontos em relação ao estado da placa podem tornar essa avaliação mais claro para a empresa.

A Palit também afirma que à desmontagem da VGA, para a troca do sistema de resfriamento, substituição dos fans, troca de termopads e a substituição da GPU ou dos chips de memória (situação corriqueira das placas de mineração reparadas), anulam a garantia

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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