Vídeo mostra centenas de notebooks que serão utilizados para minerar criptomoeda

Ontem (08) mostramos aqui imagens de uma fazenda de mineração de criptomoedas na China que está utilizando notebooks para essa finalidade. Devido a escassez das placas de vídeo offboard, uma fazenda de mineração começou a adotar clusters de notebooks com chip gráfico dedicado da série RTX 30 para conseguir minerar Ethereum (ETH), a altcoin da vez em termos de hype e corrida por mineração.

Essa fazenda de mineração de critptomoedas na China apareceu na popular rede social chinesa Weibo e repercutiu em diversos sites mundo afora. As imagens mostram cerca de 20 notebooks da marca chinesa Hasee, equipado com RTX 3060, posicionados no modo tenda, isto é em V, pela questão da dissipação do calor, trabalhando num esquema 24/7 para minerar Ethereum. Cada notebook custa o equivalente a US$ 1.000. Com esse cluster de 20 máquinas os ganhos ficam em torno de 0.000265045 ETH por hora, o que equivale a US$ 8.908 por hora. Em 30 dias os ganhos são de US$ $6,413.87. Por ano:US$ 78,035. Valores que levam em consideração a cotação atual do Ethereum.

O mesmo perfil na rede social Weibo responsável por divulgar as imagens agora surgiu com um vídeo, mostrando a dimensão dessa fazenda de mineração de Ethereum baseada em notebooks com RTX 30. O vídeo de 15 segundo, que você pode conferir abaixo, mostra centenas de notebooks espalhados por prateleiras e enfileirados em série. O vídeo também passa a sensação deste espaço ser realmente novo, que o alinhamento dos notebooks para o trabalho da mineração está sendo concluído.

O responsável pela publicação do vídeo, em outra postagem em seu perfil na rede social, disse que costumava trabalhar numa fábrica para sustentar a casa, e agora, através dessa “fábrica cibernética”, que trabalha 24/7, ele pode se deitar todos os dias, ver moedas no fim do mês e pagar a hipoteca. “É lindo”, completou o responsável pelo perfil.

Na China a corrida por placas de vídeo para mineração está intensa. A mídia local comenta que há até histórias de mineradores que estão fazendo fila em frente às fábricas de parceiros da NVIDIA para comprar placas de vídeo antes mesmo que elas cheguem às lojas.

Placas, obviamente, que tem o propósito em termos de mercado de abastecer o público gaming, mas, assim como quando aconteceu com o boom do Bitcoin, as VGAs acabam parando na mão dos mineradores. Alguns fabricantes acabam concordando em vender as placas para aqueles que se habilitam a tentar diretamente nas fábricas, já que essas pessoas estariam pagando cerca de um terço a mais do os distribuidores.

Até agora a NVIDIA ainda não reagiu de maneira enfática com esse panorama atual. Vale recordar que em 2018, com a procura desenfreada por placas de vídeo para a mineração de Bitcoin, a NVIDIA pediu para que os revendedores da linha GeForce limitassem o número de placas vendidas para os mineradores.