Na China, mineradores de criptomoeda já estão utilizando notebooks com RTX 30

Na China, mineradores de criptomoeda já estão utilizando notebooks com RTX 30

A escassez de hardware, aliada a um descontrole de preços, agravado pela crise dos semicondutores em virtude da Pandemia, fez com que uma fazenda de mineração da criptomoeda Ethereum (ETH) na China partisse para uma nova abordagem. Ao invés de um conjunto de placas de vídeo offboard, visando o poder de hashrate para a mineração, foi desenvolvido um cluster com 40 notebooks para a mesma finalidade. Notebooks que contam com uma placa de vídeo dedicada da série NVIDIA RTX 30. 

A escassez de placas de vídeo também tem uma relação direta com o próprio propósito de minerar Etherum, já que esta altcoins vem passando por uma alta impressionante. O valor vem crescendo desde novembro do ano passado. Desde o início de 2021 a moeda digital já valorizou mais de 140%, atingindo o valor histórico de US$ 1.761, registrado na última sexta-feira (05). Atualmente, a Ethereum é a segunda maior criptomoeda em valor de mercado, aproximadamente US$ 150 milhões. 

Com o aumento da procura por placas para mineração, cenário parecido quando o Bitcoin teve seu primeiro boom,  aliado aos problemas de demanda que vem se desenrolando ao longo do último ano, os mineradores de plantão foram para os notebooks que também contam com um poderio de processamento elevado, devido a presença de um chip gráfico dedicado, capaz de minerar Ethereum.

Os notebooks gamers com as novas opções gráficas da NVIDIA (RTX 3060, RTX 3070 e RTX 3080) estão no mercado desde o mês passado. E são justamente esses os modelos que agora servem para equipamento para fazendas de mineração de Ethereum. A excassez de placas de vídeo offboard que aflige os puristas da PC Master Race agora pode também afetar quem procura uma plataforma móvel para jogos, caso se popularize o uso de notebooks como meio de mineração.

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Mesmo com o preço elevado dos notebooks, os mineradores consideram viável o investimento, apostando na continuidade da alta da Ethereum e a facilidade na mineração. Vale lembrar que a mineração de Ethereum é mais “democrática” que a do Bitcoin.

Usuários com máquinas com poder computacional mais baixo, quando comparado com as necessidades do Bitcoin, conseguem minerar Ethereum pelo fato da criptomoeda estimular a mineração descentralizada, diferentemente do Bitcoin que, no atual momento, demanda por hardware específico, chamado de ASIC, de alto poder de processamento, capaz de resolver a solução (hash) para os cálculos matemáticos.

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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