As demissões que se tornaram corriqueiras nas grandes empresas de tecnologia nos últimos meses é apenas uma fração do efeito rebote que o mercado de tech está enfrentando, obviamente gigantes relacionadas ao mundo do hardware não estão de fora dessa crise. Um dos setores que sofreram um revés significativo no ano passado foi o segmento de placas-mãe.
Segundo dados levantados pelo Digitimes, a entrega de placas-mãe para as principais companhias taiwanesas dessa área (ASRock, ASUS, Gigabyte e MSI) registraram um encolhimento combinado de 10 milhões de unidades no ano passado. Assim como no mercado de placas de vídeo, e o de PCs como um todo, a queda está relacionada a um conjunto de fatores, como a dissipação do período forte de consumo de produtos relacionados a esse nicho durante o período da pandemia, o fim da febre da mineração e até mesmo uma mudança de comportamento de consumo.
No ano passado, Jensen Huang, CEO da NVIDIA classificou o declínio das vendas de placas de vídeo como “um vento macroeconômico contrário”, impulsionado pela forte inflação, recessão e uma mudança no padrão do consumidor, que permanece mais tempo com sua configuração, retardando o upgrade. Esse mesmo fator também é observado para o mercado de placas-mãe.
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Muitos usuários não estão com pressa de comprar novas placas-mãe, o que também representa a troca para o novo padrão de memória RAM, DDR5. Entre os principais players taiwaneses de mobos, a ASRock foi a mais prejudicada pela apatia do mercado em 2022. A empresa vendeu 55% menos placas-mãe em 2022 quando comparado a 2021.
A MSI também foi fortemente prejudicada, queda de 42%, seguido pela ASUS com 25% e Gigabyte com 14% de declínio. O gráfico abaixo mostra a comparação entre as remessas de placas-mãe dos principais fabricantes taiwaneses entre 2021 e 2022:
A expectativa dos analistas é que em 2023 o segmento de PCs continue em queda.