Buscas mais inteligentes: Google Brasil lança IA generativa; saiba como usar

Buscas mais inteligentes: Google Brasil lança IA generativa; saiba como usar

Eis que a inteligência artificial está, nem tão gradativamente assim, se entranhando em tudo quanto é canto. O Google anunciou que agora a sua ferramenta de buscas terá a ajuda da IA para fornecer respostas mais acertadas ao que os usuários estão procurando.

Com um funcionamento que lembra o famoso ChatGPT, será possível até mesmo “conversar” com a busca do Google para obter respostas melhores e até mesmo mais detalhes e informações sobre um determinado assunto. Nos próximos parágrafos eu explico como funciona e como experimentar a novidade.

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SGE vai evitar temas como política e medicina

A Experiência de Pesquisa Generativa (SGE, na sigla em inglês), nome dado para a mais recente novidade da Gigante das Buscas, estava inicialmente disponível apenas nos Estados Unidos. Mas agora estende seus tentáculos ao Brasil.

A novidade é acionada quando o Google identifica uma alta probabilidade de enriquecer a experiência do usuário, embora evite tópicos sensíveis como política e medicina. Afinal de contas, o que não falta são fake news acerca destes dois temas.

Dessa forma, se houver qualquer chance da resposta da inteligência artificial generativa ser falsa, a SGE não será acionada: “O SGE é acionado quando temos alta confiança de que proporcionará às pessoas uma boa experiência para o tópico que estão explorando”, explica a companhia em nota à imprensa.

A promessa é de uma busca transformada, onde os avanços da IA dos últimos 12 meses são aplicados para refinar a forma como as informações são procuradas e apresentadas.

Como funciona e como utilizar o SGE?

A Experiência de Pesquisa Generativa pode desempenhar três papéis essenciais dentro da plataforma de buscas:

  • Elaborar resumos automatizadas por IA acerca de temas específicos;
  • Iniciar um diálogo interativo para a aquisição de informações complementares;
  • Apresentar links confiáveis para sites que tratam sobre o tema pesquisado.

A SGE opera através de uma interface que mostra a palavra “Gerando…” antes de apresentar uma resposta elaborada, que pode incluir listas e formatação para facilitar a compreensão. A resposta, que pode variar em qualidade, é acompanhada de cartões com links para sites relacionados, permitindo aos usuários explorar ainda mais o assunto. Além disso, é possível ouvir a resposta ao invés de ler.

Para acessar a SGE, os usuários devem visitar a página do Search Labs do Google, ativando a função que, uma vez habilitada, estará disponível em todos os dispositivos associados à conta do Google. A experiência é inicialmente oferecida no Chrome para desktop e no aplicativo oficial do Google para Android e iPhone (iOS).

A SGE não é apenas uma ferramenta de busca, mas uma nova maneira de interagir com a informação. Ela permite que os usuários obtenham resumos gerados por IA, explorem informações de maneira conversacional e acessem resultados confiáveis com links para fontes de informação.

O SGE também pode combinar perguntas relacionadas para fornecer uma visão mais ampla sobre um tópico. O exemplo dado pela empresa foi para a pergunta “Como ingressar em um time de futebol feminino?”. A ferramenta apresentar resultados que englobam questões relacionadas, como os materiais que a pessoa precisa ter e o passo a passo para fazer uma inscrição nas categorias de base de um clube.

Preocupação com tráfego e receitas para os sites

O Google não detalhou como a SGE afetará o modelo de negócios atual, onde os sites competem por visibilidade nos resultados de busca, esperando atrair usuários e gerar receita com publicidade.

Há uma preocupação entre os produtores de conteúdo de que a SGE possa diminuir o tráfego para os sites, concentrando a audiência no próprio Google. No entanto, o Google reitera seu compromisso com um ecossistema web forte, sugerindo que a SGE é um experimento cuja formatação pode evoluir com o tempo.

Além disso, no encontro com a imprensa promovido pelo Google, Bruno Pôssas, que ocupa a posição de vice-presidente de Engenharia do setor de Buscas, fez questão de diferenciar o SGE do Bard.

Ele apontou que, diferentemente do Bard, que se destina a um uso mais inventivo, o recém-lançado recurso de busca é projetado para enriquecer as pesquisas existentes e segue uma trajetória de desenvolvimento única.

Sobre o Autor

Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
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