A Apple pode enfrentar um obstáculo inesperado no lançamento de seu mais recente produto, o headset de realidade mista “Vision Pro”. A Huawei, uma das maiores empresas de tecnologia da China, registrou a marca “Vision Pro” em 2019. Isso pode forçar a Apple a mudar o nome de seu produto no mercado chinês.
Leia também
Gradiente x Apple: entenda em detalhes essa treta
Gradiente x Apple: STF interrompe julgamento que irá definir uso da marca iPhone no Brasil
Marca “Vision Pro” já é da Huawei na China
A Huawei solicitou o registro do nome “Vision Pro” em maio de 2019. Ou seja, quatro anos antes do lançamento do headset da Maçã. A patente da Huawei, que tem o número de registro 38242888, concede à empresa o direito exclusivo de usar a marca até 31 de dezembro de 2031.
A marca “Vision Pro” da Huawei pode ser usada para designar uma variedade de produtos e serviços, incluindo TVs LCD, dispositivos de realidade virtual montados na cabeça, dispositivos de rádio, entre outros.
Dado que o headset da Apple tem características semelhantes ao nome registrado pela Huawei, é provável que a empresa americana tenha que usar outra marca para seus óculos na China.
No entanto, é válido ressaltar que a Apple ainda tem a opção de negociar com a Huawei o direito de usar o nome “Vision Pro” na China, o que provavelmente envolveria o pagamento de royalties.
Apple tem dois caminhos para resolver o problema
Apesar do possível revés na China, a Apple poderá usar o nome “Vision Pro” no mercado global, uma vez que a patente da Huawei é válida apenas na China. A Huawei já vende produtos como Smart TVs e até mesmo óculos inteligentes que usam o nome “Vision” no mercado chinês, o que pode ter impedido o registro da marca em outros países.
O headset de realidade mista “Vision Pro” da Apple é um produto premium que permite aos usuários interagir com conteúdo digital de maneira semelhante ao mundo real. Ele possui um sistema de exibição de alta resolução com 23 milhões de pixels em dois displays e é alimentado por um chip personalizado da Maçã.
Ainda não está claro qual nome a Apple poderá usar na China para o seu headset de realidade mista. A empresa ainda não confirmou a disponibilidade do produto por lá, portanto, há tempo suficiente para a Apple renomeá-lo ou tentar uma negociação com a Huawei.
Apple tem problema semelhante no Brasil
Não é a primeira vez que a Apple tem problemas com nomes que já são marcas registradas de outras empresas. Aqui mesmo no Brasil a Maçã passou (e ainda passa) por esse problema.
Como você deve saber, no dia 09 de janeiro de 2007 o primeiro iPhone foi anunciado. Esse dispositivo mudaria completamente a indústria de celulares da época. Porém, sete anos antes, uma empresa brasileira já havia anunciado um celular com o mesmo nome. Foi o Gradiente iphone, lançado em abril de 2000.
Neste mesmo ano, a Gradiente entrou com o pedido de registro da marca “g gradiente iphone” no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). No entanto, o registro só foi aprovado 8 anos depois, em 2008. Ou seja, um ano depois do lançamento do badalado iPhone, da Apple.
Em 2007 a Apple tentou registrar a marca “iPhone” no Brasil, mas foi negado pelo INPI. Desde então, as duas empresas estão numa disputa judicial para saber quem tem, de fato, o direito de usar a marca no Brasil. A decisão final estava marcada para ser dada neste mês de junho, mas o STF interrompeu o julgamento e adiou a decisão para uma outra data ainda não definida.
Fonte: Huawei Central
Veja também
Sobre o Autor
Deixe seu comentário