Quais são as principais diferenças entre Realidade Virtual e Realidade Aumentada?

Quais são as principais diferenças entre Realidade Virtual e Realidade Aumentada?

Nos últimos anos, as tecnologias de realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR) tornaram-se cada vez mais populares. Elas contam com visão computacional e gráficos 3D para criar experiências imersivas para o usuário.

Porém, mesmo com alguns aspectos semelhantes, ainda existem algumas diferenças fundamentais entre as duas tecnologias. Neste artigo, vamos discutir as diferenças entre realidade virtual e realidade aumentada.

Leia também:

Óculos de realidade aumentada fornece legenda em tempo real durante conversas
Apple se prepara para entrar no mercado de Realidade Virtual, afirma Tim Cook

O que é realidade virtual?

realidade virtual

Realidade virtual (VR) é uma tecnologia que cria um ambiente simulado digitalmente, onde o usuário pode interagir e explorar. Para que isso aconteça, é preciso usar um aparelho específico chamado de headset VR, que envolve a cabeça do usuário e cobre os olhos, bloqueando completamente a visão do mundo real para aumentar a imersão.

Esses headsets VR contam com telas internas que mostram as imagens em 3D, e elas são ajustadas de acordo com os movimentos da cabeça do usuário, também para criar uma sensação de imersão.

Dessa forma, usando um headset VR e um conteúdo VR, os usuários acabam se transportando para um mundo virtual e podem interagir com objetos e personagens dentro dele em tempo real. Por isso, essa tecnologia é usada em videogames, simulações de treinamento, educação, turismo virtual e muitas outras áreas.

A VR permite ao usuário experimentar coisas que não seriam possíveis no mundo real. Por exemplo, um usuário pode explorar um ambiente completamente novo, interagir com objetos que não existem no mundo real, voar, visitar outros planetas e muito mais.

O que é realidade aumentada?

realidade aumentada

Realidade aumentada (AR) é uma tecnologia que sobrepõe informações digitais, como imagens, vídeos, sons ou outros elementos, sobre o mundo real. A AR usa a câmera de um smartphone ou tablet para visualizar o mundo real e, dessa forma, adiciona elementos digitais a essa visualização.

O nome vem daí, já que os usuários veem uma versão aumentada do mundo real através da tela de seus dispositivos. Ou seja, ele vê o mundo real e mais informações digitais que o complementam. Um exemplo disso fica claro no jogo Pokémon Go, onde é possível ver o Pokemón (informação digital) no ambiente real que a câmera aponta (informação real).

Por isso, a AR é usada em jogos, publicidade, educação, turismo, compras e outras aplicações. Nesse caso, um usuário pode usar a AR para visualizar um produto em sua casa antes de comprar, ou pode seguir um mapa virtual que sobrepõe indicações digitais ao mundo real para ajudá-lo a navegar em um ambiente desconhecido.

A AR permite que os usuários interajam com o mundo real e as informações digitais simultaneamente. No campo de turismo, um usuário pode apontar a câmera do smartphone para um objeto histórico ou construção e receber informações sobre ele, como sua história ou outras informações relevantes.

Principais diferenças entre realidade virtual e realidade aumentada

realidade virtual

Embora a VR e a AR sejam tecnologias semelhantes em alguns aspectos, há algumas diferenças importantes entre elas. Aqui estão algumas das principais diferenças entre a VR e a AR:

Interação com o ambiente e nível e imersão

A principal diferença entre realidade virtual e realidade aumentada é como os usuários interagem com o ambiente.

No caso da Realidade Virtual, o usuário fica completamente imerso em um ambiente totalmente simulado. Ele pode interagir com os objetos, pessoas e itens desse ambiente de forma livre, assim como a movimentação. Ou seja, tudo que ele vê é informação digital, não tendo nenhuma visão do mundo real a sua volta.

Já na Realidade Aumentada, não existe esse nível de imersão tão grande, já que a experiência é mista. O usuário vê o mundo real a sua volta com a adição de algumas informações digitais nele. Ele também poderá interagir com os elementos digitais, porém isso acontece em menor intensidade.

Ou seja, a realidade virtual oferece um alto nível de imersão, pois os usuários são totalmente transportados para um ambiente virtual. A realidade aumentada, por outro lado, oferece um nível mais baixo de imersão, pois os usuários ainda estão cientes do mundo físico ao seu redor.

Equipamentos necessários e preço

O hardware usado para VR e AR também é diferente. A VR requer um dispositivo especializado, como um headset de VR. Esse dispositivo é caro e precisa de uma configuração de hardware poderosa para executar gráficos complexos em tempo real. O headset de VR é projetado para bloquear a visão do mundo real e oferecer uma experiência totalmente imersiva.

Já a realidade aumentada pode ser acessada por meio de smartphones e tablets que possuem câmeras e recursos de processamento suficientes para executar aplicativos de realidade aumentada. Além disso, a tecnologia de realidade aumentada também pode ser integrada a dispositivos vestíveis, como óculos inteligentes, permitindo experiências de AR sem a necessidade de um smartphone ou tablet.

Nesse caso, é muito mais acessível ter acesso a uma experiência de AR hoje em dia, já que a maioria dos smartphones são compatíveis com ela. Já para conteúdos com VR o investimento é muito mais alto.

Áreas de aplicação

Embora em muitos casos seja possível usar tanto a VR quanto a AR em setores comuns, a aplicabilidade também pode mudar em relação às duas tecnologias.

A Realidade Virtual é muito utilizada em jogos e entretenimento, mas também é usada em outras áreas, como treinamento de simulação, terapia e medicina. Por exemplo, para simular cirurgias, permitindo que os médicos treinem procedimentos complexos sem riscos para pacientes reais. Da mesma forma, a RV pode ser usada para treinar pilotos e motoristas, permitindo que eles experimentem diferentes condições de condução e situações de emergência em um ambiente virtual seguro.

Já a Realidade Aumentada tem aplicações mais amplas, desde jogos e entretenimento até publicidade, varejo, turismo, educação e indústria. Na publicidade, por exemplo, ela é usada para criar experiências interativas, permitindo que os clientes possam interagir com produtos e serviços de formas mais completas. No varejo, a RA pode ser usada para permitir que os clientes visualizem produtos em suas casas antes de comprá-los, através dos seus dispositivos móveis. Na indústria, a RA pode ser usada para melhorar a eficiência e a segurança dos trabalhadores, permitindo que eles visualizem informações críticas sobre máquinas e processos em tempo real.

Criação de conteúdo

Assim como a VR é mais cara e complexa no uso, também acontece na criação de conteúdo dedicado. Isso porque ela requer criação de todo um ambiente virtual em 3D que pode ser explorado a fundo com interações diversas. Para isso, é preciso existir a criação de todos os elementos presentes no ambiente, como objetos, personagens e paisagens. Também é necessário criar animações para simular movimentos e interações dos objetos com os usuários. Além disso, é preciso considerar questões de performance e otimização para garantir que a experiência seja fluida e não cause desconforto ou enjoo nos usuários.

Por outro lado, a criação de conteúdo para realidade aumentada (RA) é um pouco mais simples, já que envolve a superposição de elementos virtuais em um ambiente real. Isso significa que o conteúdo de RA é mais focado em informações e interações com objetos do mundo real, em vez de criar um ambiente virtual completo.

Para isso, são usadas técnicas de detecção e rastreamento de objetos do mundo real, como marcadores ou objetos físicos, para que os elementos virtuais possam ser sobrepostos corretamente. Também é necessário criar animações e interações que possam ser ativadas pelos usuários, como tocar em um objeto para obter informações adicionais.

Duração da experiência

No geral, a duração da experiência com a realidade virtual é mais longa do que com a realidade aumentada. Isso acontece porque a realidade virtual geralmente oferece uma experiência mais imersiva e envolvente, que pode ser explorada por um período mais longo de tempo sem que o usuário perca o interesse ou comece a sentir desconforto.

Por outro lado, a realidade aumentada tende a ser mais curta em duração, pois geralmente é usada para fornecer informações ou efeitos específicos em um ambiente real. Por exemplo, um aplicativo de realidade aumentada pode ser usado para fornecer informações sobre um produto ou serviço quando o usuário aponta a câmera do smartphone para um objeto específico. Essa interação é geralmente rápida e eficiente, não exigindo que o usuário permaneça no ambiente por um longo período de tempo.

Porém, isso não é uma regra. Ainda há casos que o inverso acontece, como algumas experiências de VR que são mais curtas e rápidas, enquanto outras de AR sejam mais complexas. É importante lembrar também que um longo tempo usando VR pode causar fadiga visual e sensorial.

Sobre o Autor

Redes Sociais:

Deixe seu comentário

X