Criança de 12 anos morre ao fazer desafio do Tik Tok

Criança de 12 anos morre ao fazer desafio do Tik Tok

A argentina Milagros Soto, de 12 anos, morreu após fazer o “Desafio do Enforcamento”, propagado no Tik Tok. Os famosos challenges, são desafios repassados por outros usuários em plataformas de mídias sociais que são replicados e podem ter consequências devastadoras, como no caso de Soto.

Soto não é a primeira vítima do tal desafio do enforcamento, ou Hanging Challenge. Em 2021, a italiana Antonella Sicomero, de apenas 10 anos, também morreu após tentar o ato, e muitas outras tiveram o mesmo desfecho. Segundo a Bloomberg, até novembro de 2020, cerca de 17 crianças com menos de 14 anos já haviam morrido nos últimos 18 meses por conta da mesma ação.

O desafio consiste em resistir ao maior tempo possível com um cinto no pescoço. Especialistas afirmas que esse desafio viral pode causar desmaios, danos cerebrais, crises epilépticas e até a morte. Soto que replicou o Hanging Challenge foi encontrada sem vida, pendurada pelo pescoço, dentro do seu quarto na última sexta-feira (13), em uma casa na cidade de Capitán Bermúdez, na província de Santa Fé. O desafio teria sido criado em 2008, antes mesmo da criação do Tik Tok, mas voltou a ganhar popularidade com a rede social chinesa.

Segundo informações preliminares da Polícia Federal Argentina (PFA) e do Ministério Público de Acusão (MPA), o corpo de Soto estava preso por um laço improvisado que foi amarrado na outra extremidade de um móvel.  Milagros realizou o desafio em uma live para os seus amigos. Segundo amigos que estavam assistindo, ao perceber que não conseguia mais respirar, Milagros tentou remover a corda do pescoço algumas vezes, mas não conseguiu.

Larua Luque, tia da jovem, afirmou ao canal Telenueve que ela era uma garota muito esperta. “Ela sofreu muito bullying. Ela nos disse que ninguém gostava dela na escola porque diziam que ela era bonita, porque era loira e tinha olhos azuis-claros. Ela era uma pessoa feliz. Inacreditável. Excelente sobrinha, neta, filha”. Luque também usou às redes sociais para falar sobre o sofrimento da família e reforçou que os adultos monitorem as crianças e adolescentes para que novas mortes possam ser evitada. A tia também acredita que alguém incentivou a menina a fazer isso.

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Milagros Soto, infelizmente, se junta agora a lista de crianças que morreram pela prática de algumas dessas trends de redes sociais, compartilhadas a exaustão. Um encadeamento de fatores leva a desfechos tão trágicos como esse. O papel das plataformas como moderador de conteúdo, uma possível indisposição dos responsáveis em monitorar corretamente o acesso a dispositivos e a internet, e até mesmo a já amplamente debatida disposição de jovens em replicar comportamentos perigosos para se manter inseridos em grupos, ação que acaba sendo potencializada com toda a pretensa fama que as redes sociais prometem fornecer.

Fica aqui esse alerta importante para você que é o responsável por alguma criança. Exerça seu papel como monitor do comportamento desse jovem na internet, agindo para instruir, coibir, da maneira como você achar melhor, e também não deixe de lado a importância de conhecer minimamente o funcionamento dessas plataformas, ou, ao menos, os certos conteúdos que lá são inseridos.

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