Estados Unidos banem 10 empresas de tecnologia, lista inclui nomes como ZTE

Os Estados Unidos, por meio da Comissão Federal de Comunicações (FCC), publicou na última sexta-feira (25) um regulamento que determinou o banimento de dez empresas de tecnologia. Na lista encontram-se nomes mundialmente conhecidos, tais como Huawei E ZTE. A chinesa Huawei já estava banida, mas o novo regulamento da FCC adicionou outras empresas chinesas.

O motivo desse banimento é “risco à segurança nacional”. Essa não é a primeira vez que empresas asiáticas são banidas da maior economia do planeta. Ainda durante o governo de Donald Trump, a Huawei passou por isso. Agora, sob a batuta de Joe Biden, o governo norte-americano reitera e amplia a sua decisão de limitar o contato com algumas empresas chinesas.

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A FCC explica que as restrições que começam a vigorar a partir desta segunda-feira (28) têm dois objetivos principais. O primeiro é melhorar o sistema de telecomunicações americano. O segundo motivo é reduzir os riscos à privacidade dos dados dos cidadãos norte-americanos.

A medida parece bem drástica. E é mesmo. Inclusive, a nova regulamentação da FCC diz que todos os aparelhos das empresas listadas devem ser destruídos. Isso inclui smartphones, roteadores e até câmeras de segurança. Os aparelhos devem ser destruídos de tal forma que impossibilite a reutilização dos componentes internos. Confira abaixo a lista com as 10 empresas banidas pela FCC:

• Huawei – fabricante chinesa de equipamentos para redes e smartphones;
• ZTE – fabricante de equipamentos para redes e smartphone;
• Hytera – fabricante de câmeras de vigilância;
• Hikvision – fabricante de equipamentos de vigilância;
• Dahua – fabricante de equipamentos de vigilância;
• Kaspersky Lab (única da Rússia) – desenvolvedora de softwares de segurança;
• China Mobile – operadora de telecomunicações;
• China Telecom – operadora de telecomunicações;
• Pacific Network / ComNet – fabricante de equipamentos para redes ópticas;
• China Unicom – operadora de telecomunicações.

Em nota enviada ao Hardware.com.br, a Kaspersky Lab ressalta que sua restrição em relação ao mercado americano se dá apenas no sentido de subsídios do governo, como também relação ao fornecimento de soluções de segurança aos órgãos públicos, mas a empresa pode seguir operando em relação a acordos B2B ou até mesmo no fornecimento de produtos ao consumidor final.

Embora esteja na lista agregada das 10 empresas, a resolução de restrição da Kaspersky data de outro momento, março de 2022, em que ficou estipulado a limitação de certos subsídios federais relacionados às telecomunicações para compra de produtos e serviços da Kaspersky.

A companhia também destaca que inaugurou um Centro de Transparência no país. “É importante ressaltar que a decisão da FCC não foi baseada em nenhuma avaliação técnica dos produtos da Kaspersky, que a empresa defende continuamente, mas sim por motivos políticos”, completa a nota. 

Mas essas empresas já não tinham sido banidas? Não exatamente. Você provavelmente está se lembrando de como o governo Trump acusou empresas de telecomunicações chinesas como Huawei, ZTE e DJI de serem ameaças à segurança nacional.

O então presidente adicionou tais empresas à “Lista de Entidades” do Departamento de Comércio. Mas, embora isso tenha consequências, na verdade não manteve seus produtos fora dos Estados Unidos. Por exemplo, qualquer pessoa poderia comprar um drone da DJI.

O que a Lista de Entidades faz é impedir que as empresas americanas exportem tecnologia para essas empresas chinesas. E não o contrário. Isso afeta, por exemplo, a disponibilidade de atualizações do Android em smartphones da Huawei, pois o desenvolvedor do Android é o Google, uma empresa americana.

O que a FCC fez agora foi proibir qualquer relação comercial com as empresas chinesas da lista.