Plano com anúncios da Netflix deverá ter limitações além do catálogo

Plano com anúncios da Netflix deverá ter limitações além do catálogo

A Netflix pretende, em breve, lançar uma opção de plano mais barata e que contará com anúncios e propagandas no meio da transmissão para justificar o preço mais em conta. Porém, esse tipo de plano poderá ter mais limitações do que se esperava inicialmente.

Para quem espera que o plano com anúncios do serviço seja apenas uma versão da plataforma com comerciais, vai acabar se decepcionando. Isso porque, de acordo com alguns códigos encontrados no aplicativo da Netflix, a empresa também irá limitar os downloads para assistir conteúdo offline.

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Versão da Netflix com anúncios

Netflix

Em junho desse ano, o co-CEO da Netflix, Ted Sarandos, confirmou que a empresa tem planos para apresentar uma opção de assinatura com anúncios durante uma entrevista no festival de Cannes. Durante a confirmação, ele revelou que:

“Deixamos um grande segmento de clientes fora da mesa, que são as pessoas que dizem: ‘Ei, a Netflix é muito cara para mim e não me importo com publicidade’. Estamos adicionando uma camada de anúncio; não estamos adicionando anúncios à Netflix como você a conhece hoje. Estamos adicionando um nível de anúncio para pessoas que dizem: ‘Ei, quero um preço mais baixo e assistirei a anúncios.’”

Ou seja, não será uma versão gratuita do serviço de streaming e sim uma versão mais barata. Aqui no Brasil, atualmente, a Netflix oferece 3 opções de planos. A mais barata é a opção de R$ 25,90 por mês, que só dá direito a uma tela simultânea e só pode ser feito download em um aparelho.

O segundo plano é o de R$ 39,90, que aumenta o número para até 2 telas simultâneas e 2 aparelhos para ver conteúdo offline, com conteúdo HD. E o mais completo é o de R$ 55,90 por mês, que dá direito a 4 telas simultâneas e 4 aparelhos para ver download, além da qualidade Ultra HD.

A notícia de que a Netflix traria mais uma opção mais barata já estava prevista desde o começo do ano, tanto porque outro co-CEO da empresa já tinha revelado que eles estavam abertos à ideia quanto devido as perdas de usuários que a plataforma sofreu recentemente. Eles anunciaram que perderam cerca de 200.000 inscritos no primeiro trimestre de 2022 quando comparado ao último trimestre de 2021.

Ainda que ela permaneça no posto de maior serviço de streaming atualmente, a plataforma está repensando algumas ideias, e essa é uma delas.

Limitações na versão mais barata do serviço de streaming

Netflix

Já no começo do ano, Ted Sarandos tinha revelado que o plano com anúncios teria algumas limitações em comparação com os planos sem anúncios e mais caros. Uma dessas limitações será o próprio catálogo, já que ela não contará com todas as opções apresentadas nas outras versões de assinatura. Ele não deixou claro como será essa limitação, entretanto.

Porém, graças a um novo código de linguagem descoberto no aplicativo da Netflix pelo desenvolvedor Steve Moser e revelado pela Bloomberg, essa não será a única limitação. Acontece que o plano com anúncios terá mais uma desvantagem: não será possível fazer download para assistir conteúdo offline.

O código, escondido no aplicativo para iPhone, revela um texto escrito “Downloads estão disponíveis para todos os planos, exceto o com anúncios”. Provavelmente será o texto usado quando algum inscrito no plano com anúncios tentar fazer o download de um conteúdo. O código também deixa claro que não terá a opção de pular os anúncios e propagandas, como acontece com o Youtube, por exemplo.

A decisão não é exatamente uma surpresa, entretanto. Esse plano com anúncios foi feito especialmente para dar um gostinho do que a plataforma tem a oferecer e não será como uma assinatura completa. Além disso, há a dificuldade em oferecer anúncios e propagandas para conteúdo offline, que embora não seja impossível, é bem desafiador, e a empresa provavelmente não está disposta a entrar nesse caminho.

Por outro lado, os downloads para assistir conteúdo offline na Netflix não foram tratados como prioridade pela empresa. Eles só ficaram disponíveis a partir de 2016, um pouco mais tarde quando comparado a outros serviços como a Amazon Prime Video, que já permitia ver conteúdo offline há alguns anos.

Na época, Ted Sarandos revelou que o recurso para ver conteúdo offline tinha sido oferecido pensando principalmente em países emergentes, onde a Wi-Fi ainda era mais limitada.

A empresa não comentou ainda sobre essa nova limitação, mas como o plano com anúncio só será lançado daqui a alguns meses, ainda é possível que a Netflix reveja alguns dos seus planejamentos até lá.

Fonte: TheVerge

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