Plano da Netflix com anúncios pode ser lançado até o final de 2022

A Netflix reformulando seu modelo de negócios. Mudanças que estão sendo aceleradas pelo cenário caótico que se instaurou após a divulgação que a plataforma perdeu 200 mil assinantes no primeiro trimestre, o serviço não perdia usuários há 10 anos. A previsão é que no segundo trimestre a companhia registre uma queda de 2 milhões de assinantes de sua base.

Esse panorama fez com que a empresa perdesse US$ 70 bilhões em valor de mercado.

Com este cenário, a gigante do streaming, segundo o New York Times, esta preparando para lançar até o fim do ano uma nova opção de plano. Esta nova opção de assinatura será mais barata e terá a exibição de anúncios entre os conteúdos assistidos pelo usuário. Concorrentes, como a HBO Max, já oferecem este tipo de assinatura.

A previsão é que este plano seja lançado no último trimestre de 2022, segundo a duas pessoas ouvidas pelo jornal americano. Em abril, o co-CEO da Netflix, Reed Hastings, comentou sobre o tema:

“Permitir que os consumidores que gostariam de ter um preço mais baixo e são tolerantes à publicidade consigam o que querem, faz sentido. Deu certo para a Hulu, para a HBO Max.

Em termos de potencial de lucro, o mercado de anúncios online avançou e agora você não precisa incorporar todas as informações sobre as pessoas que costumava. Podemos ficar de fora disso e realmente estar focados em nossos membros, criando essa ótima experiência.”

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A Netflix sempre foi resistente com a ideia de adotar publicidade em sua plataforma, no entanto, o mercado mudou, a concorrência em torno do streaming se transformou numa guerrra de foice, e a estabilidade serena da Netflix esta ameçada.

Outro ponto que também está ganhando tração internamente na Netfix é a alteração na forma como a plataforma lida com o compartilhamento da conta. De acordo com uma pesquisa  pela Morning Consult, 1 em cada 10 adultos usa senha de outra pessoa para acessar a Netflix. 

A Netflix fala que 100 milhões dos seus mais de 200 milhões têm contas acessadas em mais de um domicílio. Ao invés de manter livremente este trânsito no compartilhamento de senha, a plataforma já começou a testar a cobrança de uma taxa para quem compartilha a conta. Os testes já estão valendo no Chile, Costa Rica e Peru.