Adoção do 8K esta mais lento do que o esperado

A adoção de tudo que gira em torno do 8K esta mais lento do que era esperado. Essa é a conclusão de María Rua Aguete, diretora sênior de pesquisa da empresa de análise de mercado Omdia.  A executiva comentou sobre o assunto durante a sétima edição do 4KHDR Summit, realizado entre 15 e 19 de novembro.

María é taxativa em relação ao que ela entende como a setorização do 8K.  “Não acreditamos que o 8K será uma solução de entretenimento doméstico, mas um formato de desempenho que não será explorado por usuários domésticos, pelo menos não nos próximos cinco anos”. 

A expectativa da Omdia é que até 2025 as vendas anuais de TVs com resolução 8K cheguem a 1,5 milhão de unidades. Neste ano, a empresa projeta que cerca de 9 milhões de lares terão uma TV com esta resolução. A TV 8K tem uma resolução de (7680×4320 pixels), entregando até 33 milhões de pixels, o que representa 4x mais pixels que o 4K (Ultra HD).

Algumas outras análises são mais otimistas em torno da adoção do 8K. A Statista prevê que em serão 31 milhões de unidades vendidas em 2025. Novidades em torno da nova resolução continuam sendo apresentadas, como, por exemplo, o Pentonic 2000, primeiro processador para TVs fabricado sobre o processo de 7nm. Este chip da MediaTek foi projetado para alimentar telas 8K com até 120 Hz.

Samsung lidera o mercado

As vendas de TVs 8K caíram para 90.600 unidades no segundo trimestre de 2021, em comparação com 96.000 unidades no primeiro trimestre. A Samsung lidera este mercado, 70% de market share.

A escassez de conteúdo segue como o principal problema para a lentidão dessa nova transição de resolução. As principais plataformas de streaming, segmento que rege o entretenimento doméstico, ainda não oferece conteúdo em 8K. Vídeos nesta resolução podem ser encontrados apenas no Youtube e em sites com pequenos samples de vídeo para teste. Os proprietários da TVs da 8K Roku têm acesso a um canal chamado “The Explores” que conta com alguns conteúdos nesta resolução.