Máscaras produzidas em impressoras 3D reforçam a cooperação contra o coronavírus

Máscaras produzidas em impressoras 3D reforçam a cooperação contra o coronavírus

Estamos passando por um momento realmente transformador, o impacto do novo coronavírus (COVID-19) em todo o mundo ainda está sendo avaliado, não apenas no aspecto econômico, mas em toda a infraestrutura de saúde. Estamos diante de uma pandemia numa era altamente digital e conectada, o que permite acompanhar todos os desdobramentos.

O momento atual é de cooperação, um franco alinhamento com o objetivo de beneficiar a humanidade contra essa nova batalha. Nesse sentido, a crescente cultura modder está unindo forças para dar sua contribuição aos que estão na linha de frente contra o COVID-19.

Partindo da iniciativa da cientista e pesquisadora brasileira Thabata Ganga (Universidade Federal de São Paulo), muitos usuários do universo da impressão 3D no Brasil estão auxiliando de todas as formas possíveis o fornecimento de peças impressas que poderão ser utilizadas para o tratamento com os enfermos. A cientista inclusive disponibilizou um formulário para todos os interessados que desejam contribuir com essa causa super nobre, fortalecendo essa corrente para a impressão de máscaras higiênicas e escudos faciais, para proteção contra o contágio.

A iniciativa de Thabata foi inspirada por uma ação realizada na Itália, um dos países mais impactados por essa nova pandemia. Por lá, Cristian Fracassi e Alessandro Romaioli produziram válvulas para consertar respiradores de um hospital por meio da impressão 3D.

Em seu Twitter, Thabata está atualizando a lista dos materiais mais importantes que precisam estar nesse radar dos interessados em contribuir com a impressão.

 

Ações parecidas estão sendo aplicadas em outros países, como os Estados Unidos, Inglaterra e República Theca. Em Wuhan, na China, epicentro da pandemia, uma das maiores fabricantes de impressoras 3D do mundo, a Flashforge, instalou 200 impressoras 3D para a produção de óculos de proteção e acessórios para máscaras higiênicas.

No Brasil, a FlashForge tem parceria exclusiva com a Oderço Distribuidora, que já identificou casos como estes de pessoas que se conectaram a esta tecnologia (que hoje é muito mais acessível que a alguns anos), e que podem participar desta corrente de boas ações e intenções, em prol de um bem maior.

Caio Hasegawa, especialista em produtos da Oderço Distribuidora, diz que todo esse trabalho informal e voluntário que a comunidade maker exerce dentro de suas casas ou de seus laboratórios, com suas impressoras 3D, é uma “pequena” amostra do universo de vantagens e benefícios que as novas tecnologias nos trarão.

“O fato destes produtos estarem presentes hoje no grande varejo, trará uma mudança significativa no comportamento das pessoas, na forma de se consumir, e, agora, produzir e encontrar novas soluções para os nossos problemas. Se nos colocarmos no lugar dos profissionais da saúde, que estão em campo hoje, eles provavelmente aprovarão o uso destes equipamentos não-homologados feitos por pessoas que querem contribuir nesta campanha de proteção contra o COVID-19“, frisa Hasegawa.

Vale também destacar outras ações que estão ocorrendo no Brasil a cerca desse assunto. Universidades da Santa Catarina já trabalham na produção de máscaras via impressora 3D, assim como a médica Christiane Bahia, em conjunto com seu marido e arquiteto André Bahia, que também estão contribuindo, imprimindo 12 máscaras por dia. O diretor do Hosp. Univ. de Maringá autoriza a utilização dos materiais impressos, mediante um rápido processo de higienização, feito pelos próprios funcionários.

 

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