Essa sobremesa foi feita por uma impressora 3D

Essa sobremesa foi feita por uma impressora 3D

O uso de impressora 3D tem avançado de forma bem interessante, sendo utilizada hoje em dia em diversas áreas, inclusive para construir casas. Mas, surpreendentemente, parece que esse tipo de tecnologia também poderá em breve ser utilizada para algo um pouco mais rotineiro: cozinhar.

Embora ainda não seja possível declarar isso oficialmente, os primeiros passos já estão sendo dados. Um grupo de engenheiros dos Estados Unidos conseguiram imprimir uma torta do tipo cheesecake com sucesso. E sim, uma torta comestível!

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Impressora 3D utiliza ingredientes como tinta

Impressora 3D

Poucas pessoas devem ter imaginado que um dia poderiam comer algo feito em uma impressora, afinal parece até mentira. Porém, engenheiros da Universidade de Columbia em Nova York, publicaram um estudo na revista científica Nature NPK Science of Food mostrando que isso não é impossível.

Na verdade, isso sequer é algo novo! No próprio estudo eles afirmaram que alimentos já tinham sido impressos em 3D lá em 2005. Porém, mesmo assim é algo novo, já que foi feito poucas vezes, e mesmo com a evolução na tecnologia de impressão 3D, ainda existem alguns empecilhos nesse sentido. Um deles é que ainda não é possível imprimir comida utilizando ingredientes cozidos.

Mas ainda com essa limitação, é possível sim encontrar “receitas” que podem ser feitas atualmente, como é o caso da torta de cheesecake. Para isso, obviamente, a “tinta” usada na verdade são ingredientes comestíveis. No caso da torta do estudo eles utilizaram 7 tipos de ingredientes que funcionaram como “tinta”, sendo eles a manteiga de amendoim, Nutella, geleia de morango, biscoito graham, purê de banana, garoa de cereja e glacê.

Impressora 3D

Os engenheiros afirmaram que testaram a montagem dessa torta de várias formas diferentes, mas em muitas delas a estrutura acabava desabando. Até que finalmente eles encontraram uma forma de montagem onde tudo ficou devidamente em seu lugar, como é mostrado no vídeo.

Como é possível ver, eles tentaram diversos designs, mas o que deu certo foi o que eles usaram o biscoito como “proteção” ao redor para impedir que os ingredientes vazassem pelas laterais. Confira:

Para eles, esse pode ser um passo importante para discutir algumas questões sobre a produção de alimentos. O uso de uma impressora 3D pode ajudar em casos como melhor controle dessa alimentação ou até mesmo para a adaptação no caso de um tipo de nutrição personalizada. Porém, ainda conta com o empecilho de só usar ingredientes processados, o que ainda é uma pedra nesse caminho.

Outro ponto destacado por eles é que o uso da impressão 3D pode aumentar a segurança alimentar no sentido de que diminui bastante a manipulação humana, diminuindo os riscos de contaminação. Além disso, também pode ser usada por chefs para ajudar na hora de criar e experimentar novos pratos e experimentos gastronômicos.

“À medida que as tecnologias de cozimento digital se tornam mais onipresentes, é possível que a humanidade veja os méritos nutricionais e as desvantagens de ter assistentes controlados por software na cozinha. A impressão 3D de alimentos tem potencial para ser a próxima fronteira na culinária. Questões sobre custo, facilidade de uso e aceitação do consumidor provavelmente serão os principais fatores que impulsionam a trajetória dessa tecnologia. O destaque dado aos alimentos integrais versus alimentos processados ​​para uma boa saúde pode influenciar a percepção dos consumidores sobre essa tecnologia. No entanto, com o fascínio das próximas gerações não apenas por novas tecnologias, mas também pela sustentabilidade ambiental e alimentação saudável, tudo isso provavelmente influenciará a extensão da adoção. Além disso, o desenvolvimento de tecnologias culinárias concorrentes e os avanços na ciência da nutrição podem entrar em jogo. Uma indústria construída em torno desta tecnologia pode estar no horizonte, criando uma nova visão de melhor nutrição, melhor acessibilidade alimentar e palatabilidade para muitos, aumentando a segurança alimentar e adicionando arte e ciência de ponta à necessidade humana mais básica – nutrição.”

Fonte: nature

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