Na corrida dos 10nm o mobile com o Snapdragon 835 saiu na frente

Na corrida dos 10nm o mobile com o Snapdragon 835 saiu na frente

A imagem que encabeça essa matéria mostra um slide divulgado pela Qualcomm que faz um comparativo entre a evolução da litografia dos processadores para PCs e as soluções SoCs (System on Chips) voltadas para os dispositivos moveis, liderado pelos smartphones. Nessa corrida pelo pote de ouro do arco-íris da litografia com o anuncio do Snapdragon 835 podemos colocar o mobile como o grande campeão, já que conseguiu chegar primeiro aos tão desejados 10nm. 

As CPUs para PCs ainda estão presas no processo de 14nm, a Intel, que é líder no segmento, está utilizando o processo há três gerações: Broadwell, Skylake, e os Kaby Lake, que provavelmente serão anunciados no primeiro trimestre de 2017. A companhia chegou inclusive a deixar de lado o tradicional modelo tick-tock aplicando o que ela chama agora de Processo > Arquitetura > Otimização, em que a litografia fica mais tempo no mercado, porém vai sendo aprimorada ao longo das gerações seguintes que compartilham o mesmo processo. 

O litografia de 10nm deverá fazer a estreia em processadores da Intel apenas na 8ª geração Intel Core, codinome, Cannon Lake, porém, rumores em relação a um roadmap vazado mostra que na 9ª geração, Coffe Lake, o processo de 14nm será reutilizado. A estabilização dos 10nm, deverá acontecer somente a partir da 10ª geração, codinome Tiger Lake.

Mais desempenho, baterias mais potentes e aparelhos ainda mais finos!

Voltando ao Snapdragon 835, que é fruto de uma parceria entre Qualcomm e a Samsung (que ficará com as rédeas de produção do novo chip), o patamar do mercado de smartphones high-end será elevado. Graças a esse novo processo de fabricação ,que além de ser de 10nm, é FinFET, e conta com todo o kwno-how da Samsung com a produção de chips, os aparelhos terão ainda mais desempenho, e principalmente duração da bateria. Item que ainda causa muita insatisfação nos consumidores

“Estamos satisfeitos em poder estreitar a colaboração com a Qualcomm Technologies para a produção do Snapdragon 835 com a nossa tecnologia FinFET de 10nm. Essa cooperação é uma etapa importante no desenvolvimento da Samsung como prova da confiança em nossa tecnologia de chips” – Jon  Shik Yoon, vice-presidente executivo de negócio da Samsung Electronics”

De acordo com a Qualcomm Snapdragon 835 é 30% mais eficiente em relação ao espaço ocupado. Isso significa que uma bateria de maior capacidade possa ser adotada, já que baterias mais potentes ocupam um espaço físico mais avantajado. Com essa redução da litografia, e consequentemente do espaço físico ocupado, os fabricantes também poderão lançar aparelhos ainda mais finos, item que engloba a questão do design, e que sempre é valorizado pelo consumidor no ato da compra.

Snapdragon 835 é o mais novo membro da série 800 da família Snapdragon, roubando o posto de chip mais poderoso do Snapdragon 821, anunciado em julho de 2016, e que equipa alguns modelos, como o Zenfone 3 Deluxe e o Google Pixel XLTanto o Snapdragon 820 quanto o 821 contam com a tecnologia de carregamento rápido Quick Charger em sua versão 3.0.Snapdragon 835 virá com o Quick Charger 4.0, que de acordo com a Qualcomm promete entregar 5 horas de autonomia para o smartphone com apenas 5 minutos de carga através do cabo USB do Tipo-C.

Infelizmente a Qualcomm não entrou em mais detalhes em relação ao chip, como por exemplo a quantidade de núcleos ou frequência de operação. Todas essas informações serão provavelmente reveladas durante a CES 2017, já que os primeiros aparelhos equipados com o Snapdragon 835 serão lançados no primeiro trimestre de 2017. Graças a parceria com a Samsung, esse chip deve equipar o Galaxy S8.

Em relação ao mercado brasileiro, a animação com o Snapdragon 835 não deve ser tão alta, já que além de ser voltado para modelos topo de linha, que no nosso país são cada vez mais caros, alguns fabricantes com certeza irão adotar medidas como “capar” o hardware para que o preço seja mais baixo e o dispositivo consiga vender mais por aqui. 

Esse problema aconteceu recentemente com o Snapdragon 820, que equipa o Moto Z e o LG G5, que no Brasil foi lançado como LG G5 SE. No Moto Z o Snapdragon 820 que equipa o aparelho roda com clock de 1.8 Ghz, sendo que originalmente a frequência do chip é 2.20 Ghz. No caso do LG G5 SE a situação é ainda mais tenebrosa. A versão internacional do aparelho traz o Snapdragon 820, enquanto a tal versão SE chegou ao Brasil com o Snapdragon 652. Mesmo com o chip mais fraco o preço de lançamento foi de um completo topo de linha: R$ 3.499

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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