Em 2014 o Ubuntu estará presente em tablets, smartphones, TVs e mais

Em 2014 o Ubuntu deverá rodar em tablets, smartphones, TVs e outros dispositivos “inteligentes” indo de equipamentos do carro à cozinha, além de conectar todos eles entre si e com a nuvem. O projeto parece ambicioso, mas será levado a sério nos próximos meses pela Canonical.

O artigo introdutório de Mark Shuttleworth não dá detalhes dos projetos, já que estão em estágio bem inicial. No entanto, a conversa com fabricantes de hardware já tem vários meses, sendo um planejamento bem estabelecido.

A interface Unity pretende literalmente “unificar” a experiência de uso do Ubuntu. Em tablets e smartphones naturalmente ela seria adaptada e passaria por uma boa evolução, mas o conceito de simplicidade está aí. Queira ou não a Canonical tem investido muito no visual do ambiente.

A expectativa da empresa é tornar o Ubuntu uma plataforma viável e livre para os fabricantes, sem tantos elementos fechados como há no Android, iOS e Windows Phone (e no futuro Windows 8). No modelo atual os fabricantes ganham muito pouco e os criadores dos sistemas saem no lucro depois, com ganhos contínuos na forma de serviços – especialmente as lojas de aplicativos. Mas ainda não há detalhes de como serão feitas as parcerias e como ficaria essa questão dos lucros contínuos.

Há um pouco mais sobre o caso numa entrevista do Mark para a Cnet. O objetivo principal do Ubuntu continuará sendo chegar a um “Linux para seres humanos”. A migração para os dispositivos mobile é uma tendência cada vez maior; o sistema basicamente acompanhará isso. No seu blog ele cita um texto de Paul Maritz da VMWare, de agosto:

“Há três anos atrás cerca de 95% dos dispositivos conectados à internet eram computadores pessoais. Daqui a três anos esse número provavelmente será menos de 20%. Mais de 80% dos dispositivos conectados à internet não serão computadores com Windows.”

Mark acrescenta que no Egito cerca de 70% dos acessos são feitos via dispositivos mobile, e mesmo nos Estados Unidos o número é expressivo, chegando a 25%. “Não se engane: assim como os números estão mudando para os fabricantes, estão mudando para as distribuições Linux”.

Como usuário e entusiasta será ótimo ver dispositivos que usam uma distro Linux de certa forma tradicional. O Android é baseado em Linux mas é bem diferente das outras distros que existem compiladas para ARM. Se o Windows dominou nos desktops, realmente tudo indica que no ramo mobile o cenário será outro, muito diferente. A começar pela já expressiva participação do Android, que dispensa comentários, além da grande marca dominada pela Apple, dois gigantes que o Windows Phone e o 8 pretendem atacar, embora estejam atrasados. Os desktops não irão acabar, mas cada vez mais pessoas terão smartphones e tablets 🙂

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