Adobe lança preview do Edge, ferramenta de design para a web em HTML 5

Adobe lança preview do Edge, ferramenta de design para a web em HTML 5

A Adobe lançou um preview público do Edge, ferramenta de criação gráfica para a web em HTML 5.

O Edge foi exibido pela primeira vez na Adobe MAX 2010, e chega agora como uma versão em desenvolvimento para testes e feedback. A ferramenta permite desenhar elementos e animá-los de forma parecida com o Flash Professional, só que a saída não é um swf: são arquivos da web (HTML, CSS, Javascript) prontos para qualquer navegador moderno. Inclusive mobile.

Adobe Edge: criação para a web em HTML 5

Adobe Edge: criação para a web em HTML 5

O Edge não é o Wallaby: talvez você já tenha ouvido falar deste segundo, que é um conversor de Flash para HTML 5. O Edge é para criação mesmo, um ambiente visual de desenvolvimento do site independente do Flash.

Durante a fase de testes ele é gratuito e pode ser baixado no Adobe Labs (requer cadastro). Está disponível em versões para Windows e Mac. Para começar há alguns exemplos de projetos que podem ser alterados nele. Basicamente ele permite criar animações, transições e posicionar elementos atrativos, servindo para várias coisas que o Flash servia. Naturalmente a ferramenta tem bem menos recursos que o Flash, é injusta a comparação no momento, já que este é seu primeiro preview público. Ela deverá receber algumas atualizações e provavelmente na versão final será comercial.

O reinado do Flash não deve durar para sempre, mas ele ainda está longe de acabar já que se tornou tão popular ao longo dos anos. A dependência dele é muito grande, seja para exibir vídeos, controlar o acesso aos mesmos (DRM), mostrar animações bonitinhas em sites interativos ou simplesmente exibir publicidade. O HTML 5 precisa de mais um tempo para desenvolvimento até chegar a tudo o que o Flash pode fazer, sem contar que viveremos por mais alguns anos com navegadores razoavelmente antigos em uso por uma boa parcela dos internautas (IE 7 e 8, sem falar no 6 que é nativo do Windows XP).

Uma coisa é certa: quanto menor a dependência de formatos proprietários e empresas em geral, melhor para a web. O Flash é proprietário mas não é tão fechado assim, programas de terceiros podem gerar .swf e existem até tentativas de renderizar os swf sem depender da Adobe, só que no final, na prática, a dependência da Adobe continua. Mas claro, ele não é o melhor exemplo de software de livre implementação, continua sendo proprietário. Com frequencia há reclamações de desempenho, segurança e etc, e a responsabilidade disso fica toda para a Adobe, que nem sempre consegue corrigir os problemas. Como suporta inúmeros sistemas e plataformas, é complicado para ela, como empresa, manter compatibilidade com todos os locais possíveis. No caso do HTML 5 não: a implementação fica por conta do fabricante do sistema ou navegador. Atualizações de segurança e desempenho são específicas e não dependem de um fabricante central para resolvê-las em todas as plataformas: cada um cuida da sua, as especificações do HTML é que são as mesmas.

Uma força a mais se deve a Apple, que não quer o Flash de jeito nenhum nos seus dispositivos mobile (iPhone, iPad…), destacando o uso do HTML 5 no lugar dele. Na prática a Adobe não tem muito para onde correr senão tentar aproveitar. O fim do Flash parece algo certo para daqui alguns anos.

Com o Edge a própria está se preparando para este dia. Em vez de focar no formato do arquivo ela passará a se focar na ferramenta, afinal criar animações em HTML 5 é livre mas não é fácil. Assim designers poderão concentrar os esforços na criatividade, deixando a geração do código HTML pelo programa. Se o Edge for fácil de usar como parece, tende a ser um dos grandes programas do gênero, sendo o sucessor natural do Flash. Por um bom tempo deverá concorrer com ele, tempo esse que começa agora, com o preview público.

Nota final: o preview expira, não é de graça “para sempre”.

152 dias para testar o preview do Edge

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