Monitor

Qualquer modelo de notebook trará uma tela de LCD, o famoso cristal líquido. Este tipo de monitor se revela ideal para os portáteis, pois consome pouca energia, gera um mínimo de calor, é muito fino e perfeitamente
plano.

Existem atualmente duas tecnologias de fabricação de telas de LCD, conhecidas como matriz passiva (DSTN) e matriz ativa (TFT). As telas de matriz passiva apresentam um angulo de visão mais restrito, e um tempo maior é
necessário para a imagem ser atualizada. Enquanto num monitor CRT (os com tubo de imagem, usados em desktops) um ponto demora cerca de 10 a 20 milessegundos para mudar de cor (dependendo da taxa de atualização usada), num monitor LCD de matriz passiva são
necessários entre 150 e 250 milessegundos. Por isso que é tão difícil enxergar o cursor do mouse na tela de um notebook mais antigo, ou mesmo rodar programas ou jogos que demandem mudanças rápidas de imagem de uma forma aceitável. A própria imagem nestes
monitores apresenta uma qualidade inferior, devido ao baixo contraste. Felizmente os monitores de matriz passiva são encontrados apenas em equipamentos antigos.

Os LCDs de matriz ativa, usados atualmente, já apresentam uma qualidade muito superior, com um tempo de atualização de imagem mais próximo do dos monitores CRT, entre 40 e 50 milessegundos. Isto significa entre 20 e 25
quadros por segundo, o que já é suficiente para assistir a um filme em DVD por exemplo, apesar de ainda atrapalhar um pouco nos jogos de ação, onde a imagem é alterada muito rapidamente. Os monitores de matriz ativa também um maior ângulo de visão e
contraste maiores, além de serem mais finos e leves.

A grande limitação dos monitores LCD diz respeito às resoluções suportadas. Nos monitores CRT temos à nossa disposição várias resoluções de tela diferentes, que vão desde os 320 x 200 pontos usados no MS-DOS até 1024x 768,
1200x 1024 ou até mesmo 1600x 1200, passando por várias resoluções intermediárias, como 400×300, 320×400, 320×480, 512×384, 1152×864 entre outras, sendo que em todas as resoluções temos uma imagem sem
distorções.

Os monitores de cristal líquido por sua vez são bem mais limitados neste aspecto, pois cada ponto da imagem é fisicamente representado por um conjunto de 3 pontos (verde, vermelho e azul). Num monitor LCD com resolução de
1024x 768 por exemplo tempos 3072 pontos horizontais e 768 verticais, sendo que cada conjunto de 3 pontos (verde, azul e vermelho) forma um ponto da imagem. Como não é possível alterar a disposição física dos pontos, temos a resolução máxima limitada ao
número de pontos que compõe a tela. Podemos até usar resoluções menores, usando mais de um ponto da tela para representar cada ponto da imagem, recurso chamado de fator escala, porém jamais será possível utilizar resoluções maiores.

Além do fato da tela ser de matriz ativa ou passiva, você deve levar em conta qual é a resolução de tela que ela é capaz de exibir, já que será com esta resolução que você terá que trabalhar.

Os notebooks com telas de 11 ou 12 polegadas geralmente suportam apenas 800 x 600, o que pode ser bastante desconfortável e limitante se você for trabalhar com o Corel, Photoshop, Dreanweaver ou qualquer outro editor de
imagens ou páginas Web por exemplo.

Os notebooks com telas de 13,1 ou 14 polegadas, os mais comuns atualmente, quase sempre exibem 1024 x 768, que já é uma resolução confortável para a maioria das aplicações.

Alguns laptops maiores, estão vindo com telas de 15,1 ou até mesmo 15,4 polegadas, que geralmente permite utilizar 1280 x 1024 ou até mesmo 1400 x 1050. O grande problema é que além de caros, estes modelos são muito
grandes, já que é preciso acomodar esse exagero de tela. Ou seja, são mais confortáveis de usar, porém mais incômodos na hora de transportar e, principalmente, na hora de pagar 🙂

Alguns notebooks mais antigos, com telas de 10 polegadas ou menos, assim como a maioria dos mini notebooks, suportam apenas resolução de 640 x 480, o que os torna muito desconfortáveis de trabalhar, principalmente para
surfar na Net ou usar aplicativos gráficos. Melhor evitar estes modelos.

As telas de notebooks são formadas por duas placas de vidro, por isso são bastante frágeis. É muito comum a tela trincar ou mesmo se quebrar quando o notebook cair o sofre qualquer impacto mais forte. Apesar de na maioria
dos casos a tela continuar funcionando, o trincado vai incomodar bastante.

Neste caso não existe muito o que fazer além de trocar o LCD. Os fabricantes vendem as telas separadamente, você pode importar, ou então comprar através de alguma loja especializada. O grande problema é que além das telas
já serem caras, os fabricantes não costumam fazer um preço muito camarada, não se surpreenda se a tela custar mais da metade do preço de outro notebook. É uma situação em que é melhor prevenir do que remediar.

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