O consórcio PCI-SIG realmente não perde tempo. Para você ter uma ideia, só agora a indústria de computadores começou a implementar o PCIe 5.0 nos dispositivos mais recentes. Mas em janeiro desse ano o consórcio oficializou as especificações finais do PCIe 6.0. E agora eles começaram a trabalhar na próxima versão do barramento, o PCI Express 7.0, que promete elevar as taxas de transferências para incríveis 512 GB/s (gigabytes por segundo)!
É importante ressaltar que o consórcio PCI-SIG apenas começou a desenvolver a tecnologia. E que ela vai demorar mais ou menos uns 3 anos para ser oficializada. E talvez mais algum tempo para começar a chegar aos primeiros computadores. No entanto, a organização já estabeleceu a nova meta a ser batida.
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Largura de banda dobra a cada nova versão
Desde o PCIe 1.o que o consórcio PCI-SIG dobra a velocidade de transferência do barramento nas versões seguintes. E até o momento eles não falharam nenhuma vez. Observe:
- PCIe 1.0: 8 GB/s;
- PCIe 2.0: 16 GB/s;
- PCIe 3.0: 32 GB/s;
- PCIe 4.0: 64 GB/s;
- PCie 5.0: 128 GB/s;
- PCIe 6.0: 256 GB/s;
- PCIe 7.0: 512 GB/s.
Entretanto, temos que salientar que essa incrível velocidade só será alcançada em modo full duplex, em outras palavras, com o barramento enviando e recebendo dados ao mesmo tempo. Outro detalhe é que essa velocidade só é possível com 16 vias de transmissão (x16). No caso de ser só uma via de transmissão (x1), a velocidade fica em 32 GB/s. O que não deixa de ser impressionante.
Na tabela abaixo, divulgada pela própria PCI-SIG, você confere a velocidade de cada versão do barramento de acordo com o número de vias:
O que é gigatransfer por segundo?
Olhares mais atentos devem ter observado na tabela a medida “GT/s”, ao lado do número de cada versão. Essa medida significa gigatransfers por segundo. A explicação para ela é um pouco complexa, mas tentarei simplificar. GT/s é a taxa máxima de bits transferidos por segundo sem levar em conta a codificação destes.
1 gigatransfer equivale a um bilhão de transferências de dados por segundo. Daí, a codificação transforma todos esses dados em um único pacote maior, uniformizando a transmissão. Esse sistema também contribui para uma maior assertividade na detecção de erros. Tudo isso faz com que a contagem em gigatransfers seja mais precisa do que gigabytes por segundo.
Mas enfim, você não precisa manjar de toda essa parte técnica para saber que o PCI Express 7.0 será extremamente rápido e que possibilitará placas de vídeos e SSDs ainda mais rápidos do que as opções que temos atualmente.
Um dos trunfos do consórcio PCI-SIG é a tecnologia PAM4 (Pulse-Amplitude Modulation 4). Essa tecnologia já foi usada, inclusive, no padrão PCIe 6.0. Essa tecnologia usa quatro estados elétricos para modular o sinal. Nas versões anteriores, eram apenas 2 estados elétricos. O resultado disso é uma transferência de dados mais aprimorada.
Além disso, Al Yanes, presidente do consórcio, deu uma declaração que nos leva a crer que o padrão PCIe 7.0 irá consumir menos energia que os anteriores:
“Conforme a tecnologia PCIe continua a evoluir para atender à demanda por alta largura de banda, nossos grupos de trabalho se focam em parâmetros de canal e em alcançar e melhorar a eficiência energética”.
Quando o PCIe 7.0 estará disponível?
O PCI-SIG trabalha com o prazo de finalizar as especificações técnicas até 2025. Mas é bastante provável que o novo padrão só comece a ser adotado pela indústria em 2026. Atualmente, o padrão da indústria é o PCIe 4.0, com os dispositivos mais recentes adotando o padrão PCIe 5.0. E não podemos esquecer do PCIe 6.0, que nem começou a ser adotado pela indústria ainda.
