AMD Ryzen 7000 chega ao Brasil; confira os preços

Nesta terça-feira (27) a AMD lançou no Brasil os seus recém-anunciados processadores Ryzen 7000. Na verdade, os novos chips da companhia foram lançados em vários mercados ao redor do mundo, incluindo o brasileiro. Além disso, desembarcam em solo brasileiro também as placas-mãe das séries X670 e X670E. Confira nos próximos parágrafos todas as novidades.

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Quatro novos processadores

A família de processadores AMD Ryzen 7000 é composta por quatro chips, a saber: Ryzen 9 7950X; Ryzen 9 7900X; Ryzen 7 7700X e Ryzen 5 7600X.

O processador mais potente é o Ryzen 9 7950X. Ele conta com 16 núcleos de processamento e 32 threads, clock base de 4,5 GHz e clock boost de até 5,7 GHz. A memória cache L2 e L3 totalizam 80 MB. Em seguida encontra-se o Ryzen 9 7900X, que traz 12 núcleos e 24 threads, clock base de 4,7 GHz e clock boost de 5,6 GHz e um cache de 76 MB.

Para o segmento intermediário a AMD reservou o Ryzen 7 7700X. Ele entrega oito núcleos de processamento, 16 threads, clock base de 4,5 GHz e clock boost de 5,4 GHz, com memória cache de 40 MB. Fechando o quarteto, há o Ryzen 5 7600X. Ele tem 6 núcleos e 12 threads, clock base de 4,7 GHz, clock boost de 5,3 GHz e uma memória cache de 38 MB.

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TDP controverso e altas temperaturas

Outra característica importante e que deve ser levada em consideração na hora de adquirir um novo processador é o TDP. Esse parâmetro diz, basicamente, qual o consumo de energia do chip e se ele pode esquentar muito ou não.

Na tabela de especificações técnicas os modelos intermediários (Ryzen 7 7700X e Ryzen 5 7600X) têm um TDP estabelecido em 105W. Já os modelos top de linha (Ryzen 9 7950X e Ryzen 9 7900X) possuem um TDP de 170W.

No entanto, é importante deixar claro que os números divulgados pela AMD não representam necessariamente o consumo real de energia. Isso porque eles usam um cálculo complexo para definir o TDP dos chips. Portanto, nestes casos, temos que nos guiar por reviews independentes. Vários deles dizem que os novos processadores da AMD podem chegar aos 250W quando em atividades mais intensas.

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Além disso, os reviews mostram que quando os chips chegam na frequência de boost, as temperaturas podem variar entre 90º e 95º. Mesmo o modelo mais modesto, o Ryzen 5. Tanto é que a AMD recomenda que os usuários instalem um cooler do tipo torre para os processadores Ryzen 5 e 7 e um sistema de resfriamento líquido para os chips top de linha (Ryzen 9 7950X e Ryzen 9 7900X).

De qulquer forma, temos que destacar o Eco Mode. Esse é um modo de funcionamento que trava o TDP dos processadores intermediários em 65 W. No caso dos chips mais potentes, o TDP é travado em 105 W quando o Eco Mode está ativado. Pode ser uma forma de manter as temperaturas mais baixas e consumir menos energia quando você não estiver fazendo tarefas muito pesadas.

Preços

Como não podia deixar de ser, no Brasil os preços dos novos processadores são bem elevados. Confira abaixo:

  • AMD Ryzen 9 7950X — R$ 4.499,00;
  • AMD Ryzen 9 7900X — R$ 4.199,00;
  • AMD Ryzen 7 7700X — R$ 2.999,00;
  • AMD Ryzen 5 7600X — R$ 2.199,00.

Quatro novas placas-mãe da série 600

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A AMD trouxe também quatro novos chipsets para as placas-mãe da série 600. São eles:

  • X670E (O “E” aqui é de Extreme);
  • X670;
  • B650E;
  • B650.

Se você já está familiarizado com as nomenclaturas dos chipsets da AMD, sabe que os começados com a letra “B” são destinados às placas intermediárias. Já o chipset começando em “X” vai embarcado nas placas premium. Elas costumam trazer um sistema de alimentação mais preciso, possibilidade de overclocking, mais conexões e pistas PCIe e uma série de outras melhorias.

Mas note que em dois modelos há o sufixo “E”. Como eu já disse, ele quer dizer Extreme. As placas equipadas com esse chipset trarão pelo menos um slot M.2 para SSDs e um slot PCIe 5.0 x16. Obviamente que ele será destinado para placas de vídeo compatíveis com o barramento PCIe 5.0.

Preço do upgrade será bem salgado

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No Brasil, algumas fabricantes já estão trabalhando com os novos chipsets da AMD. É o caso da ASRock, ASUS e Gigabyte. Os preços são bem variados, dependendo muito da construção e das opções oferecidas pelas placas-mãe. No entanto, os modelos mais baratos têm preço sugerido de R$ 2.799. Já as placas-mãe mais robustas e completas podem chegar a R$ 8.499.

Já deu pra perceber que fazer o upgrade para a nova geração da AMD vai sair bem caro, não é mesmo? E não é apenas pelos preços das novas placas-mãe e processadores. É preciso lembrar que os novos chips só são compatíveis com o soquete AM5. Sem falar que será preciso comprar kits de memória RAM DDR5. Os kits mais baratos partem de R$ 1.499.

Ou seja, a depender do modelo de processador, placa-mãe e memória RAM que você escolher, o upgrade pode sair pelo preço de um carro popular usado. Será que vale a pena trocar um Celtinha 2012 nesse setup?

Processadores Ryzen 7000 elevam o patamar da AMD

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Apesar dos preços, a nova geração de processadores da AMD coloca a empresa em um outro patamar de performance. A empresa finalmente saiu do processo de litografia de 7 nm para o de 5 nm. Desde a linha Ryzen 3000 que a AMD estava “presa” na litografia de 7 nm.

Os novos processadores também marcam a estreia da microarquitetura Zen 4. Só a título de curiosidade, a arquitetura Zen 4 faz o tráfego dos dados da memória RAM para o processador de uma forma mais eficiente. Com isso, os chips Ryzen 7000 conseguem processar até 13% mais instruções por clock que as gerações passadas.

Segundo a AMD, o desempenho por núcleo aumentou em 29% em comparação com a linha Ryzen 5000. O aumento de performance se dá tanto em jogos quanto em tarefas profissionais. Ainda de acordo com a AMD, o modelo Ryzen 5 7600X é mais rápido que o Intel Core i9-12900K. Este é nada mais nada menos que o top de linha da geração passada da gigante de Santa Clara.

A nova geração de processadores traz também uma GPU integrada com RDNA 2, compatibilidade com memórias RAM DDR5, suporte a inteligência artificial e uma série de outros recursos importantes.

Com informações: VideoCardZ

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