Sistema

Complementando a seção com as opções de hardware, temos em seguida a seção com os utilitários de sistema, agrupando as opções relacionadas a particionamento, configurações de idioma, backup, configuração dos serviços e assim por diante:

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O utilitário mais importante dentro da seção é o “Serviços do Sistema“, que permite ativar e desativar serviços, assim como modificar a ordem de inicialização, em casos em que isso é necessário. O uso mais comum é simplesmente desativar serviços que você considere desnecessários, de forma a deixar o sistema mais leve ou solucionar problemas.

No “Simple Mode” você precisa se preocupar apenas em ativar ou desativar os serviços, mas ao mudar para o “Expert Mode”, você tem acesso ao modo escovador de bits, onde pode ajustar individualmente em quais runlevels o serviço será inicializado.

Na maioria dos casos, o único runlevel que interessa é o 5, que é o modo padrão no OpenSUSE, onde é carregado o ambiente gráfico. Em servidores, é comum que seja usado o runlevel 3, onde o boot é feito em modo texto, reservando os recursos da máquina para os serviços de rede propriamente ditos.

O runlevel 2 é um modo de recuperação, onde além de carregar em modo texto, o sistema aborta o carregamento de todos os serviços não essenciais (incluindo todos os servidores e a configuração da rede), enquanto o runlevel 4 fica reservado para caso você queira fazer alguma configuração exótica. Raramente você vai precisar se preocupar em ajustar os runlevels manualmente, mas, de qualquer forma, o YaST oferece a opção, seguindo a ideia de disponibilizar o maior volume de opções possíveis.

O “Backup do Sistema” é um utilitário simples de backup, que utiliza o tar e o gzip para salvar o conteúdo de uma pasta (ou de um conjunto de pastas) do sistema em um arquivo compactado. O backup pode ser agendado, de forma a ser executado automaticamente todos os dias ou uma vez por semana, por exemplo (o script usa o cron para fazer o agendamento). Um recurso interessante é que você tem a opção de fazer backups incrementais, onde são salvos apenas os arquivos que foram alterados em relação ao último backup.

Apesar de ser relativamente simples de usar, ele carece de funções mais avançadas, como a possibilidade de fazer backups incrementais via rsync, ou de fazer backups via SSH ou usando compartilhamentos de rede Windows (suportando apenas backups remotos via NFS). Naturalmente, nada impede que você salve os backups em um compartilhamento montado manualmente, mas o utilitário não oferece a opção de fazer isso para você.

Ele faz par com o “Restauração do Sistema“, que permite restaurar os backups em caso de problemas. Naturalmente, ao restaurar os backups serão recuperados apenas os arquivos incluídos e não toda a instalação do sistema. Se você deseja criar uma imagem de restauração, pode dar boot utilizando um live-CD e usar o Partimage.

Apesar da tradução ter ficado esquisita, o “Carregador de inicialização” permite alterar a configuração do gerenciador de boot. Embora o OpenSUSE utilize o grub por padrão, existe também a opção de usar o lilo, que serve como um fallback para casos específicos e para solução de problemas. Como de praxe, você pode fazer as alterações diretamente no arquivo “/boot/grub/menu.lst”, sem precisar do configurador. Se você não ativou o sincronismo automático do relógio via NTP durante a instalação, pode fazê-lo usando o “Data e Hora“.

O “Gerenciador de Perfil” permite criar perfis SCPM de configuração, incluindo diversos serviços de sistema e alternar entre eles conforme necessário. O uso mais comum para os perfis é criar diversas configurações de rede (para o escritório, para casa, etc.) e alternar entre elas conforme você se desloca.

Hoje em dia, a tarefa de alternar entre diversas redes é executada de forma mais prática pelo NetworkManager, mas o SCSPM oferece a vantagem de permitir a inclusão de mais configurações, incluindo as impressoras disponíveis, configurações de firewall ou até mesmo o uso de servidores de autenticação.

Como comentei anteriormente, o LVM permite dividir o HD em volumes lógicos, que podem ser redimensionados conforme necessário, sem que seja preciso reiniciar o sistema. Se você optou pelo uso do LVM durante a instalação, pode alterar a disposição dos volumes usando a opção “LVM“. Caso contrário, você tem acesso às opções usuais para alterar o particionamento no “Particionador“.

O OpenSUSE 11 utiliza o NTFS-3G por padrão para montar partições do Windows, de forma a montá-las em modo leitura e escrita. Uma particularidade é que em vez de montar as partições na pasta “/mnt” ou “/media”, ele usa por padrão a pasta “/windows”, montando cada partição em uma sub-pasta com a letra que ela recebe no Windows, como em “/windows/c” e “/windows/d”.

Concluindo, temos o “Editor do /etc/sysconfig” que funciona como uma espécie de editor de registro, permitindo editar um grande volume de opções e variáveis relacionadas à configuração do sistema, que são salvas em um vespeiro de arquivos dentro do diretório “/etc/sysconfig”. O editor não é muito intuitivo, se limitando a organizar as opções em forma de árvore, oferecendo uma quantidade mínima de detalhes sobre a função de cada uma:

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