Esta colher poderá ser uma benção para hipertensos; ela deixa a comida mais salgada mesmo com pouco sal

Esta colher poderá ser uma benção para hipertensos; ela deixa a comida mais salgada mesmo com pouco sal

Este parece um produto das Organizações Tabajara. Eu consigo até imaginar a chamada no antigo Casseta&Planeta: “Se você não aguenta mais comer comida sem gosto! Se você não aguenta mais recusar convite pra churrasco! Se a sua vida está sem sabor… SEUS PROBLEMAS ACABARAM! Chegou a sensacional Colher elétrica de sal!“.

Pois é, o nome e a ideia do produto podem parecer coisa de esquete de humor, mas é verdade. A empresa japonesa Kirin vai lançar uma colher eletrificada que pode fazer a comida parecer mais salgada sem adicionar mais sal. Ela vai custar cerca de R$ 652 em conversão direta. A meta da empresa é vender um milhão dessas colheres pelo mundo nos próximos cinco anos.

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Como funciona a colher elétrica

Colher elétrica próxima a pratos de comida

A “Electric Salt Spoon” funciona criando um campo elétrico fraco que aumenta os íons de sódio na língua. Isso faz com que a comida pareça ter mais sal. A colher pesa uns 60 gramas e tem bateria de lítio que dá para recarregar.

Neste mês, só 200 colheres serão vendidas pela Kirin. Em junho, ela chega às lojas do Japão, mas ainda será difícil encontrar. A ideia é expandir para outros lugares em 2025 e vender um milhão até 2027.

Antes, a Kirin só fazia bebidas alcoólicas, mas agora também investe em saúde e farmácia. Meio irônico, né? Mas justamente por isso lançou essa colher, o seu primeiro produto pensando na saúde dos usuários.

Os malefícios do sódio na saúde

Pessoa colocando sal em batata frita

Comer muito sal pode ser ruim, principalmente para quem tem pressão alta ou problemas nos rins. O sódio aumenta a pressão arterial. Isso acontece porque o sal faz o corpo segurar mais água, e isso aumenta a pressão nas veias e artérias. Com o tempo, essa pressão alta pode danificar o coração e os vasos sanguíneos, levando a problemas sérios como ataques cardíacos e derrames.

Além disso, consumir muito sal também pode causar inchaço e sobrecarregar os rins, que são responsáveis por filtrar o sangue. Por isso, é importante controlar a quantidade de sal na comida.

Se a colher funcionar bem, ficará mais fácil cortar o sal da dieta. Muitos acham difícil seguir dietas com baixo teor de sal, já que ele realça o sabor dos alimentos e é comum em produtos industrializados. Reduzir o sal pode fazer a comida parecer sem graça até que o paladar se acostume com novos sabores. Mudar hábitos alimentares é um processo que exige tempo e esforço.

No Japão, as pessoas comem muito sal, cerca de 10 g por dia, o dobro do que a Organização Mundial da Saúde recomenda. Então, a “Electric Salt Spoon” poderá ajudar os japoneses inicialmente a reduzirem a quantidade de sódio na comida.

Contraindicações

A picture of the top and bottom of the Kirin Electric Salt Spoon.

Mas nem todo mundo poderá usar a colher. Quem tem marcapasso, monitor cardíaco, alergia a metal, problemas nos nervos da face, tratamento dentário ou está grávida deve evitar. Em casos como febre alta, problemas mentais e câncer, é melhor falar com um médico antes de usar.

O motivo para isso é que a “Electric Salt Spoon” gera um campo magnético que pode interferir com dispositivos médicos como marcapassos e afetar pessoas com alergia a metal. Pode também impactar nervos faciais e tratamentos odontológicos, movendo metais ou interferindo na cura. Durante a gravidez, o uso não é recomendado devido à incerteza sobre o efeito dos campos magnéticos no desenvolvimento do bebê.

A colher foi feita pela Kirin e Homei Miyashita, professor na Universidade de Meiji. Ele já tinha feito um protótipo de hashis elétricos. Miyashita e Hiromi Nakamura, que ajudaram na invenção, ganharam um prêmio Ig Nobel de Nutrição em 2023. Esse prêmio é meio de brincadeira e vai para pesquisas diferentes. Miyashita já teve outras ideias fora do comum, como uma tela que você pode lamber para sentir sabores.

Fontes: Reuters, The Verge

Sobre o Autor

Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
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