Introdução sorrateira do software de rastreamento da Phorm por provedores brasileiros não passa despercebida.
O acordo realizado pela empresa norte-americana Phorm com diversos provedores de acesso brasileiros (Oi,UOL. Ig, Estadão e Terra), tratado em post anterior, começa a dar mostras de que não passará desapercebido e que a reputação no mínimo duvidosa de que a empresa goza no exterior pode acompanhá-la na sua vinda ao Brasil.
O colunista Elio Gaspari, em texto publicado hoje (31/03/2010) e intitulado “A trapaça do rastreador Oi na Velox” [acesso pago], enfatiza a forma como uma ferramenta de rastreamento, que pode apresentar problemas para a privacidade dos usuários, é ativada automaticamente pela Oi para os seus clientes, que não recebem informações suficientes sobre suas características afora o habitual discurso ufanista sobre suas vantagens. Segue trecho:
"A Oi trapaceia na maneira como oferece o “Navegador”. O sujeito liga a máquina, aciona o Velox e vê uma tela que lhe apresenta a “facilidade” (em relação a quê?). A lisura recomendaria que a empresa mencionasse, de saída, a função rastreadora do “Navegador”.
Até aí, manipulam a comunicação. No lance seguinte, recorrem a uma pegadinha para capturar clientes. Quando a tela do “Navegador” aparece, o mimo é oferecido com o aviso de que ele “já está ativo”. A tela do “Navegador” permite que o consumidor desative a ferramenta, mas não é assim que se faz. Uma pessoa não pode ser obrigada a desativar algo que não solicitou."
Matéria completa: http://habeasdata.doneda.net/----------------------------------------------------------
Enquanto a grande maioria de nós se preocupa com privacidade e outros quesitos em segurança, provedores estão criando mecanismos para invadir a privacidade de seus clientes(?).
A Phorm e o Brasil. Em busca de mercados que recebam mais calorosamente seus produtos, a Phorm começou a atuar na Coréia do Sul e anunciou a parceria com os provedores brasileiros para oferecer ser produto Navegador (originalmente denominado Web Discover), que também exibe publicidade dirigida aos seus usuários através do monitoramento de seus hábitos de navegação, utilizando-se de técnicas de DPI (Deep Packet Inspection).